PodCasts

Todo Dia Oito #4 Luciana, a feminista do século 19

Geórgia Santos
8 de junho de 2021
Todo dia Oito. Todo dia oito, uma história. Todo dia oito, uma mulher
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No quarto episódio do podcast, Luciana, a feminista do século 19. Achou que o feminismo tinha sido inventado no Twitter? Pois Luciana de Abreu já defendia a equidade de gênero nos idos de 1870, em Porto Alegre. O direito ao estudo e ao trabalho. Ela defendia a independência das mulheres em tribunas e na prática.

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QUEM FAZ

Produção: Vós

Pesquisa: Flávia Cunha

Roteiro: Geórgia Santos e Flávia Cunha

Direção Artística: Raquel Grabauska

Apresentação e edição: Geórgia Santos

Locução:

Raquel Grabauska como Luciana de Abreu,

Andrea Almeida como a mãe de Luciana;

Participação especial de Mirna Spritzer, Juçara Gaspar e Boina Galli

Trilha sonora original: Gustavo Finkler

PodCasts

Todo dia Oito #1 Carolina, a escritora que adorava valsas vienenses

Geórgia Santos
8 de março de 2021
Todo dia Oito. Todo dia oito, uma história. Todo dia oito, uma mulher
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No primeiro episódio do podcast, Carolina, a escritora que adorava valsas vienenses. Carolina Maria de Jesus era uma mulher negra, favelada, mãe solo de três, escritora brilhante, publicada e traduzida em 14 idiomas. A mulher alta, de pele escura, sorriso quase desconfiado e lenço na cabeça que ousou revelar a realidade do racismo e da desigualdade no Brasil.

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QUEM FAZ

Pesquisa: Flávia Cunha

Roteiro: Geórgia Santos e Flávia Cunha

Direção Artística: Raquel Grabauska

Apresentação e edição: Geórgia Santos

Locução: Andrea Almeida, como Carolina Maria de Jesus;

Raquel Grabauska, como Clarice Lispector;

Participação especial de Cléber Grabauska como Paulo Mendes Campos

Trilha sonora original: Gustavo Finkler

 

PodCasts

OUÇA Bendita Sois Vós #49 Mulheres no país do Messias, dólar em alta e a tal fraude

Geórgia Santos
10 de março de 2020
No episódio de hoje, mulheres. Mulheres e os obstáculos constantes, especialmente em um país governado por um presidente misógino e machista.

A ideia de um Dia da Mulher surgiu no início do século 20, entre movimentos socialistas e operários, justamente no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito ao voto. Em 1975, o 8 de março foi adotado como Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidos principalmente para lembrar o quanto ainda precisamos lutar. E aqui estamos nós, em 2020 – e dadas as devidas proporções – lutando por melhores condições de vida e trabalho.

Também hoje, a queda no preço do petróleo, o colapso da Bolsa e a disparada do dólar. E a mais nova tentativa de Bolsonaro de enfraquecer as instituições. Segundo ele, a eleição em que ele foi escolhido presidente foi fraudada.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol.Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox.

Geórgia Santos

Guardem as flores, meninos – estejam ao nosso lado

Geórgia Santos
8 de março de 2018

Dia 8 de março é um dia poderoso e um tanto curioso. Mulheres são mimadas, paparicadas. Recebemos flores, um carinho aqui e acolá, um chocolatinho no restaurante, um abraço dos colegas de trabalho, mensagenzinhas pré-fabricadas e poeminhas medíocres espalham-se pelo Facebook. Obrigada. É gentil. Mas parem, não tem mais graça.

Não, não estou mal-humorada, apenas cansada. Exausta, eu diria. O Dia Internacional da Mulher não é uma data para celebrar nossa sensibilidade, nosso cuidado, nosso amor inato; não é uma data para celebrar nossa beleza, nossa vaidade, nossa feminilidade; não é uma data para agradecer a quem cuida da casa, dos filhos, da louça, da roupa, das plantas.

A ideia de um Dia da Mulher surgiu entre o final do século 19 e início do século 20, entre movimentos socialistas e operários, justamente no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito ao voto. Em 1975, o 8 de março foi adotado como Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidos com o objetivo de celebrar conquistas sociais, políticas e econômicas. Mas principalmente para lembrar o quanto ainda precisamos lutar. E aqui estamos nós, em 2018 e dadas as devidas proporções, lutando por melhores condições de vida e trabalho.

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Por isso, meninos, guardem as flores por hoje e estejam ao nosso lado

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Homens e mulheres são diferentes, sim, mas possuem as mesmas capacidades e habilidades. Homens não são superiores. Mulheres não são superiores. Homens e mulheres são equivalentes e precisam ser tratados como tal. O feminismo busca isso e tem espaço para todos os gêneros nesse movimento que, mesmo múltiplo e com muitas vertentes, luta por justiça e igualdade. E unidade é particularmente importante em um mundo em que as pessoas acreditam que ser feminista é sinônimo de recalque.

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“Feminismo é discurso de mulher macho recalcada, que fica se fazendo de vítima. Mulher tem as mesmas oportunidades que os homens e essas feministas ficam querendo botar as mulheres contra os homens”, dizia um comentário infame na nossa rede social favorita

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Vamos aos fatos

Dados do Fórum Econômico Mundial indicam que, no ritmo atual, precisará de um século para acabar com a disparidade entre homens e mulheres. Levará cem anos para que alcançar a igualdade de gênero tanto nas tarefas domésticas quanto no trabalho ou política. Precisa de mais motivos?

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres tem nível de escolaridade mais alto, mesmo assim, recebem salários menores. Em média, 76,5% do salário dos homens. Ainda não se convenceu?

A cada dez minutos uma mulher é assassinada pelo parceiro (ou ex) no mundo. No Brasil, uma mulher é assassinada a cada duas horas apenas por ser mulher.

Então não, não estou mal-humorada, apenas cansada. Exausta, eu diria. O Dia Internacional da Mulher não é uma data para celebrar futilidades, é um dia para lembrar de todas as mulheres que sobreviveram à invisibilidade e foram rebeldes e desobedientes o suficiente para mostrar ao mundo que nós podemos fazer qualquer coisa. Porque nós podemos.

 

Foto: Pixabay

Tão série

Mês das Mulheres – The Good Wife

Geórgia Santos
18 de março de 2017

 

O nome não parece ter a ver com empoderamento feminino, afinal, a premissa da “boa esposa” é herança da sociedade machista. Mas The Good Wife é o oposto disso. Ao longo de sete temporadas, a advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) se afasta daquilo que todos esperam dela: o estereótipo de bela, recatada e do lar.

Evolução da “boa esposa”

No primeiro episódio da primeira temporada, vemos uma Alicia pálida, mal vestida e com cara de dona de casa suburbana. Vemos uma esposa humilhada enquanto fica ao lado do marido, o procurador-geral que teve um caso com outra mulher e se envolveu em um escândalo de corrupção. Isso faz com que ela precise/queira mudar sua vida: ela volta a advogar e toma as rédeas da própria vida. Encontra um antigo amor dos tempos de faculdade, começa a trabalhar no escritório do bonitão e está armada a cama. Só precisamos deitar.

A trama tem tudo que a gente precisa pra não desgrudar os olhos da televisão: crimes, política, intrigas, sexo, affairs, mentiras, traições, mais crimes, mais intrigas e mais crimes. E sexo. E mentiras. E mais traições.

 

Com o passar do tempo, Alicia e a série amadurecem o suficiente para que fiquemos viciados na história dessa mulher poderosa que é uma mãe-dona-de-casa-que-trabalha-fora-e-é-casada-mas-não-é-e-ama-dois-caras-ao-mesmo-tempo-mas-não-tem-certeza-e-está-crescendo-profissionalmente-mas-talvez-não-saiba-lidar-bem-com-isso-ou-saiba. Ufa. Eu sei que ficou grande, mas na série também é assim, tudo ao mesmo tempo agora.

Mulheres poderosas

E não é somente Alicia. Temos Diane Lockhart (Christine Baranski), uma advogada fodona e Democrata até a alma, constantemente lutando contra os conservadores e pelos direitos da mulher, como regularização do aborto. Temos Kalinda Sharma (Archie Panjabi), uma mulher misteriosa e independente que não deixa que ninguém diga como viver a vida.

Então, se tu ainda não viu, corre pra assistir The Good Wife. A série está disponível no Netflix e vale cada clicada. É uma história de empoderamento e emancipação, uma história crua e real sobre os degraus que a mulher precisa subir ou escalar para conseguir ser vista. Eu não vou dar spoiler, mas se tu não te importa com isso, dá uma olhada neste texto da Time sobre o último episódio da série e entenda a evolução de uma personagem que estava em busca de si.

A série acabou, mas o nosso amor, não. Dá uma olhada no recap da primeira temporada e me diz se não é de viciar?

Samir Oliveira

Precisamos repetir o óbvio: ser gay não te impede de ser machista

Samir Oliveira
9 de março de 2017
Foto: Adria Meira

Nesta semana marcada pelo Dia Internacional da Mulher, o assunto desta coluna não poderia ser outro que não o machismo perpetuado por homens gays. Trata-se de algo tão intrínseco em nossa própria sociabilidade que pode ser difícil para alguns identificar determinados comportamentos e discursos como integrantes de uma cultura machista. Façamos, então, um esforço radical de compreensão.

Eu aprendi muito com minhas amigas. Especialmente com minhas amigas lésbicas. À medida em que passei a conviver mais com as outras letras da população LGBT, fui percebendo o quanto o segmento “G”, ao qual pertenço, está na vanguarda do atraso quando olhamos para o conjunto de nossa comunidade. Não me refiro apenas ao movimento gay enquanto um corpo político – justamente apontado como centralizador de toda causa LGBT, valendo-se de privilégios que lésbicas, bissexuais e transexuais não possuem. Refiro-me aos indivíduos gays enquanto sujeitos, suas dinâmicas internas de convivência e linguagem.

Ao deixar de me relacionar apenas com amigos heterossexuais passei a me libertar de diversas formas ao estabelecer vínculos com outros sujeitos como eu. Outros homens gays. Mas hoje percebo que, no que diz respeito ao machismo, apenas transitei do convívio com comportamentos machistas heterossexuais para o convívio com comportamentos machistas vindos de homossexuais.

Ainda é muito comum, em círculos de amizade formados por homens gays, ouvir absurdos misóginos

Ouvir expressões que humilham mulheres, que expressam a ideia de que homens gays possuem nojo da genitália feminina. Também não são raras as vezes em que homens gays se apropriam de elementos socialmente tidos como “femininos” como forma de rebaixamento, ecoando a noção de que tudo que é associado a uma ideia de “feminino” é inferior. Esses comportamentos, muitas vezes, não são reproduzidos de maneira a constituir conscientemente uma ação machista. Mas oprimem da mesma forma. Não me custa nada entender por que minhas amigas lésbicas preferem sair com meninas lésbicas, interagir com outras mulheres. Elas se sentem mais seguras e acolhidas, a salvo de comentários de seus amigos gays que, mesmo de forma inconsciente, reproduzem machismo e até mesmo lesbofobia.

Isso para não falar das mulheres transexuais e travestis. Estas estão sujeitas a toda forma duvidosa e opressora de humor por parte de homens gays. O tempo inteiro.

Ainda hoje é preciso repetir o óbvio: que ser gay não significa portar um passe livre para a reprodução de outras opressões. Que ser gay não te impede de ser machista. A força da luta das mulheres despertou em mim um alerta permanente a este tipo de conduta. Eu preciso do feminismo para ser viado. Porque homofobia e machismo andam de mãos dadas, massacrando juntas tudo que é associado a conceitos socialmente construídos de “feminilidade”. Porque durante toda a minha infância eu fui ensinado a entender que ser “mulherzinha” era ser inferior. Que não havia “xingamento” pior para um menino do que ser chamado de menina. Que eu não podia usar canetas coloridas na escola, porque isso “era coisa de bichinha”. Que eu não podia lavar louça em casa, porque “isso é coisa de mulher”. Que se eu não “andasse como um homem” poderia ser insultado nas ruas. A maioria dos ataques e insultos homofóbicos tem suas raízes cravadas no ódio a qualquer ideia socialmente associada ao feminino. É inaceitável que homens gays, vítimas desses mecanismos perversos de opressão sistêmica, também reproduzam a lógica das engrenagens que os sufocam.

Foto: Adria Meira

Geórgia Santos

Feminismo versus Machismo

Geórgia Santos
8 de março de 2017

Dia Internacional da Mulher. Um dia escolhido para celebrar a força das mulheres e homenageá-las e parabenizá-las e exaltá-las. Mais do que isso, um dia escolhido para lembrar a luta que cada mulher trava todos os dias para conquistar seus direitos e espaços em uma sociedade em que o machismo é tão enraizado que sequer percebemos os padrões que reproduzimos.

Hoje pela manhã, cometi a asneira (que é quase sadismo) de das uma espiada no que estava sendo dito nos comentários de sites de notícia. Abri uma matéria do G1 sobre os desafios do Gênero em 2017 e dei de cara com isso:

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“Tem que proibir aborto sim. Não quer filhos, fecha as pernas” (Fernando)

“O Problema é que essas feminazis querem dar sem limites” (Daniel)

“Quando percebo que a cidadã é feminista eu me afasto, por que sei que tem a cabeça pequena, eu gosto de mulher feminina.” (Anônimo)

“Abriu as pernas tem que assumer (sic)” (Celso)

“Pra finalizar, criticar um machista, sendo feminista, é igual a criticar um bandido por roubar e fazer a mesma coisa…..” (Anônimo)

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São apenas cinco comentários, mas os problemas contextuais são tantos que mal sei por onde começar. Mas acho importante usar esse espaço pra debater algumas coisas.

O assunto em questão era o aborto. Eu entendo que não seja um tema que se restrinja à agenda feminista, afinal, envolve o conceito de onde começa a vida, a chamada bioética, a religião e mais uma série de variáveis. Eu, particularmente, sou a favor da regularização do aborto, mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso são alguns absurdos saltam aos olhos:

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  1. 1. Os comentários responsabilizam única e exclusivamente a mulher pela ocorrência da gravidez;
  1. 2. Comparam feministas, que nada mais são que mulheres que lutam por direitos iguais, com nazistas;
  1. 3. Falam de feministas como mulheres masculinizadas, exclusivamente. Feminista também pode usar batom vermelho, saia rodada e salto alto. E também pode ser masculina se quiser, ninguém tem nada com isso;
  1. 4. Mesclam a luta pela regularização do aborto a um dos mais antigos estereótipos a que as mulheres livres sexualmente são associadas: putas;
  1. 5. Por fim, o maior de todos os problemas, achar que feminismo é o mesmo que machismo.

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Diferença entre machismo e feminismo

Machismo é um conceito que se baseia na supervalorização do homem em detrimento da mulher. Machismo é quando uma mulher é desvalorizada ou prejudicada ou preterida pelo simples fato de ser mulher. Quando alguém comenta que uma mulher não serve pra determinada função, é machismo.

Feminismo é um movimento social e político que nasceu no final do século XIX com o objetivo de conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres. Quando alguém fala que uma mulher deveria ganhar o mesmo salario que o homem que exerce a mesma função, é feminismo.

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Percebe a diferença? O machista acha que o homem é melhor que a mulher, a feminista quer que homens e mulheres sejam tratados da mesma forma

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Sociedade machista

Somos tão machistas que temos a ousadia de manchar o feminismo com o sufixo “nazi”, uma expressão que lembra o pior da espécie humana. Somos tão machistas que temos a audácia de responsabilizar a mulher por uma gravidez. Somos tão machistas que temos a cara de pau de pagar 30% a menos às mulheres, pelo simples fato de falta de pênis. Somos tão machistas que odiamos a namorada do nosso amigo só porque ela existe pra ele. Somos tão machistas que acreditamos no fato de que mulher gordinha não presta. Somos tão machistas que levamos adiante a história de que mulher bem sucedida deu pra alguém. Somos tão machistas que nem percebemos que somos machistas.

Mas deu, né.

Reporteando

Sobre ser mulher no jornalismo

Renata Colombo
7 de março de 2017

Não é fácil ser mulher no jornalismo, por mais que a gente queira acreditar que não há diferenças de tratamento, de salários e coisa e tal. Especialmente quando se chega ao assunto do assédio a que somos submetidas constantemente.

Qual de nós, repórteres, nunca ouviu uma daquelas piadas infames na redação?

“Que espetáculo, hein fulaninha”

Quem nunca teve que conviver com a preferência da fonte pela jornalista mulher?

“Se é pra ela, eu conto tudo”

Quem nunca levou cantada de entrevistado e teve que sair de uma saia justa?

“Da próxima vez, em vez de um café te levo para tomar um vinho”

Falemos um pouco, verdadeiramente, sobre como é ser mulher em mais um universo machista e masculino. E aí não me refiro só ao ambiente jornalístico, a redação em si, mas a todos por onde a profissão transita, com destaque para o político e policial.

“Tua missão passa a ser não somente acompanhar os flagrantes, entrevistar e gravar, mas também tentar ser invisível”

Não existe coisa mais constrangedora do que repórter chegando em operação policial ou delegacia. Tua missão passa a ser não somente acompanhar os flagrantes, entrevistar e gravar, mas também tentar ser invisível. Sério, a gente se sente das duas uma: um ET ou um bife daqueles bem suculentos. Não é nem um pouco confortável. E olha que cobrir operação, perseguição, pode ser bastante interessante, principalmente para quem está em início de carreira.

Mulheres e o poder

Mas vamos, neste dia da mulher, à situação “mais mais” dentre as constrangedoras: ser repórter em Brasília. Político em Brasília se acha Deus – ou melhor, tem certeza que é. E nesta condição, a maioria daqueles homens, com todo aquele poder, pensa que pode olhar ou falar o que quiser e da maneira que quiser para as repórteres que circulam pelos corredores do poder. Não é raro ministros, senadores e deputados convidarem jornalistas para sair. Não é raro agirem como quem tem a resposta que tu queres e, por isso, acreditam que podem pedir o que quiserem em troca.

Só sei que em tempos de empoderamento feminino vale sempre lembrar que podemos, sim, responder e dizer não.

E aproveitando o gancho, neste dia 8 de março vai rolar um tuitaço de um grupo muito legal de jornalistas que luta contra essas “gracinhas” ridículas da profissão. Procura lá #jornalistascontraoassedio que tu vai encontrar reflexões bem interessantes.

Na minha modesta opinião, o problema não é receber flores nesta data, mas elas não serem entregues diariamente.