Voos Literários

Diário da Pandemia

Flávia Cunha
8 de agosto de 2020
Nessa semana, fui convidada para contribuir com um texto no Diário da Pandemia. O projeto, que começou no início do isolamento social, publica, a cada dia, as impressões de uma pessoa diferente sobre esse momento triste e estranho que vivemos.
QUERIDO DIÁRIO

Optei por escrever em um estilo bem confessional, como se estivesse desabafando em um caderninho, como muito fiz na infância e adolescência. Só que os tempos são duros e as reflexões acabam sendo muito relacionados à disseminação do coronavírus e suas graves consequências. O texto foi publicado nesse sábado no Diário da Pandemia e começa assim:

“Querido diário, falo do futuro. Não por ter conseguido fabricar alguma máquina do tempo. Mas é para os dias que ainda estão por vir que me remeto, quando fico mais triste nessa quarentena interminável. Me projeto mentalmente para algum momento de 2021 no qual a vida de todos esteja um pouco menos cinzenta, sem a sombra de um balanço diário de mortes por um vírus que desestabilizou o planeta.”  Leia o texto completo aqui.
FÉ E PANDEMIA

Por coincidência, a editora-chefe do Vós, Geórgia Santos também foi convidada nesta semana a participar do projeto. O texto da Geórgia faz uma relação entre a fé e a pandemia. Nesse trecho, quase no final do relato, ela reflete a forma como o momento atual acabou mudando sua forma de lidar com a religiosidade (e não vou  revelar a maneira exata como a Geórgia faz isso porque a leitura do texto inteiro vale muito):

[…] eu resolvi fazer as pazes com a religião como uma forma de lidar com a ansiedade, a dor e a raiva que essa pandemia me traz. Resolvi fazer as pazes com a Igreja Católica para tentar espantar o ódio por quem coloca a vida dos outros em risco, a frustração por não ter um governo inteiro, o medo de perder alguém querido, a tristeza por quem já precisou passar por isso.”  Leia o texto completo aqui.
DIÁRIO COLETIVO

O projeto foi criado pela escritora Julia Dantas, a partir do desejo de ter um diário coletivo em uma forma de registrar os anseios e agonias do período atual, por meio do que pode ser considerado como micro-história. Na estreia do Diário da Pandemia, em 18 de março, Julia comenta: 

“As coisas às vezes parecem muito normais, às vezes muito estranhas, e essa oscilação já é, em si, um estranhamento gigante.
Esse diário começa hoje.”

Os relatos são em formatos diversos e já ultrapassam 140 dias (e pessoas envolvidas). Parabéns, a Julia Dantas e ao Felipe Franke, organizadores da iniciativa. Que o Diário da Pandemia siga nos amparando nesses dias tão difíceis. 

*  PS: Enquanto escrevia esse texto, foi noticiada a triste marca de 100 mil mortos no registro oficial de vítimas do coronavírus no Brasil. Todo o meu respeito aos mortos e minha solidariedade às famílias das vítimas.

Imagem: Skeeze/Pixabay

PodCasts

BSV Especial Coronavírus #19 Aglomerações, centrão e a nota de 200

Geórgia Santos
4 de agosto de 2020

O Brasil está em um momento bastante delicado. Já passamos do 90 mil mortos em função do novo coronavírus, mas o presidente Jair Bolsonaro, que há algumas semanas testou positivo, parece não se preocupar, afinal, está em viagem pelo Brasil, provocando aglomerações, cumprimentando as pessoas e, é claro, removendo a máscara.

.
Foi o que ele fez no Piauí, por exemplo, descumprindo TODOS os protocolos de segurança
.

Bem, Ele pode não estar preocupado com a pandemia, mas há uma movimentação de bastidores que deve estar tirando o sono de Jair Bolsonaro. O racha do BLOCÃO. O Blocão da Câmara é um grupo de partidos formado, basicamente, por grande parte do Centrão e por deputados da base aliada do governo. Já o Centrão é o grupo informal de partidos que costumam buscar proximidade com o governo em troca de vantagens, sem muita solidez ideológica. O que acontece agora é que partidos que fazem parte do centrão como MDB, DEM, PTB e PROS estão desembarcando do blocão e isso pode ser um pepino enorme para o governo.

.
Mas isso levanta uma questão maior. É possível governar sem o Centrão?
.

Ah, não podemos deixar de falar, ainda, na nova nota de 200 reais. Que estampará o Lobo-Guará, embora o lugar de honra seja, nos nossos corações, da querida ema.

Participam Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #19 Aglomerações, centrão e a nota de 200
PodCasts

Democracia infectada

Geórgia Santos
31 de julho de 2020
A eleição de Jair Bolsonaro infectou a democracia brasileira com um vírus antigo
O vírus do autoritarismo
.

Desde 2013 testemunhamos a fragilização do regime democrático no Brasil. No começo de tudo, as manifestações, depois um derrotado que não admite o resultado das eleições, o que leva a mais manifestações e um golpe institucional. Depois a preferência por um candidato autoritário. Até que chegamos à militarização do governo, mesmo conhecendo a experiência da Ditadura. Tudo isso levou a uma constante perda de direitos, aumento da já profunda desigualdade social e um crescimento da radicalização política no país. Como se não bastasse, em 2020, o mundo é assolado por um vírus novo. O novo coronavírus, que no caso do Brasil acentua os problemas gerados pelo vírus antigo e hoje temos milhares de mortos por completa inaptidão de um governo autoritário e militarizado.

.
Vivemos, hoje, em uma democracia infectada
.

Produção: Geórgia Santos e Raquel Grabauska. Texto, apresentação e edição: Geórgia Santos. Direção artística e locução: Raquel Grabauska. Trilha Sonora: Gustavo Finkler

Voos Literários

A distopia da ficção e da vida real

Flávia Cunha
31 de julho de 2020
O BRASIL ATUAL É UMA DISTOPIA?

Escrevo esse texto enquanto se aproxima mais um final de semana de distanciamento social devido à pandemia do coronavírus. Sei que nem todo mundo tem o privilégio do home office como eu, que muitos trabalham na linha de frente do combate à doença ou em profissões que exigem a saída às ruas. Porém, considero imprudente e difícil de compreender o comportamento de quem nega a gravidade do atual momento e frequenta praças, parques, beira-mar ou a casa de amigos e familiares nos dias de folga. 

Às vezes, me parece que o que enfrentamos no Brasil atual é o enredo de uma distopia, e não a vida real. Com essa ideia em mente, pesquisei obras nacionais com essa temática para tentar entender a cegueira seletiva dos brasileiros em relação ao risco de contaminação pela Covid-19.

E SE AS PESSOAS PUDESSEM ENXERGAR O PROBLEMA?

Na distopia A Torre Acima do Véu, de Roberta Splinder, lançado em 2015, a causa da contaminação é visível: uma inexplicável neblina tóxica. Mesmo com a névoa sendo perceptível a olho nu, as autoridades tentam minimizar o problema:

“O homem engoliu em seco, mas não recuou. Ficar dentro da névoa não era uma opção. Se num único dia a situação já se encontrava daquele jeito, com pessoas saindo às ruas e pregando o fim do mundo, a tendência era só piorar. Além disso, os boatos dos efeitos da névoa o assustavam demais. Seu apartamento pertencia a um prédio mais baixo, construção antiga que foi engolida pela neblina, não queria ficar ali e acabar morrendo envenenado. Tinha que subir, sair daquelas brumas cinzentas de qualquer jeito. Cerrou os punhos, pronto para um inevitável embate. 
– Você não pode nos deixar aqui fora – gritou. – Por favor, tem gente sufocando com a névoa. É perigoso.
– Ninguém sufocou. As transmissões não falaram nada disso – o segurança atalhou depressa, trocando olhares nervosos com seus outros companheiros. Nenhum deles usava máscara de gás. Se a névoa fizesse mal à saúde, estavam tão condenados quanto as pessoas que intimidavam.” 
E COMO SERIA SE A CORRUPÇÃO FOSSE A CAUSA DE UMA EPIDEMIA?

Esse é um dos destaques do romance Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela, de Ignácio Loyola Brandão, lançado em 2018. O autor, que ocupa a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras desde março de 2019, já escreveu outras obras dentro do gênero da distopia, como Zero e Não Haverá País Nenhum. Dessa vez, o escritor cria um futuro em que os brasileiros são vigiados desde o nascimento por tornozeleiras eletrônicas e o país enfrenta diferentes contaminações, entre elas a Corruptela Pestífera:

“A população se habituou a carregar máscaras, usadas quando caravanas fecham cruzamentos. Nas laterais, adesivos gigantescos:
Esta caravana é um empreendimento do governo para o bem?estar da população. 
Impacientes, as pessoas buzinam, as caravanas demoram.  A marcha é lenta, nada pode interrompê?la. Até quando vamos suportar esses trens? Pior são as composições especiais que transportam os mortos pela Corruptela Pestifera. A epidemia ocasionada pela corrupção dos parlamentos, do Judiciário, dos ministérios, das secretarias, das confrarias de lobistas, dos doleiros, dos empresários que negociavam leis, provocou uma doença incurável, pior do que o câncer, a gripe espanhola, a peste negra, a aids. Morrem milhares.”
O BRASIL 2020 É UMA DISTOPIA?

Voltando à nossa realidade, causa cada vez mais espanto a quem acredita na Ciência a tranquilidade de quem usa máscara no queixo, promove aglomerações e está em um clima festivo quando ultrapassamos a triste marca oficial de 90 mil mortos. Será que se existisse a Corruptela Pestífera imaginada pelo genial Ignácio de Loyola Brandão haveria tamanha negação da realidade por parte dos governantes? Teríamos tanto descaso por uma parcela cada vez maior da população, composta por inconsequentes de diferentes faixas etárias e classes sociais?

UM PS NECESSÁRIO:

Não tenho síndrome de vira-lata e observo essa falta de consciência e empatia não apenas no povo brasileiro. Basta lembrarmos das imagens dos pubs londrinos lotados logo após a quarentena e da segunda onda de contaminação que já atinge alguns países europeus. 

A mim, só resta lamentar essa triste realidade, escrever textos de alerta e seguir confinada. Aos companheiros de isolamento social, desejo persistência.
#vaipassar 

Imagem: Capa do disco Dystopia, da banda Megadeth/ Reprodução

PodCasts

BSV Especial Coronavírus #18 “Você sabe com quem está falando?”

Geórgia Santos
27 de julho de 2020

Nós estamos preocupados com os rumos do Brasil e da pandemia do novo coronavírus. Mas nem todo mundo está. Há quem esteja mais preocupado em manter o status, seja lá o que isso significa. O brasileiro sem conviveu com o famigerado, “Você sabe com quem está falando?” Mas agora essa estupidez elitista foi transplantada para a pandemia. Inclusive oficialmente. Élcio Franco Filho, secretário executivo do Ministério da Saúde, não se constrangeu em destratar um garçom que seria água durante uma reunião. 

.
E a coisa continua nas ruas
.

No Rio de Janeiro, um homem disse que pagava o salário dos fiscais sanitário e sua companheira foi rápida em dizer aos servidores que ele não era um cidadão, mas um engenheiro civil, “muito melhor do que você”. Em Santos, São Paulo, desde o dia primeiro de maio é obrigatório o uso de máscaras na cidade. Mas o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Eduardo Siqueira resolveu não usar. E ainda agrediu verbalmente os guardas municipais que estavam cumprindo sua função, chamando-os de analfabetos.

.
Esse país é construído sobre a percepção do status. E isso é doente
.

E por mais ridículo que seja, esse elitismo aparece em todos os cantos. Até na reportagem em que uma mulher que não usava máscara aparece dizendo que não usaria a proteção e que era advogada, “meu amor”. Em Porto Alegre, empresários decidem se haverá lockdown ou não, uma questão de saúde pública. Enfim, há muitas pessoas que se acham acima da pandemia. Ricos, doutores, professores, jornalistas, intelectuais que querem acabar com o novo coronavírus por decreto. 

Para falar sobre a cultura do “você sabe com quem está falando?” e as diversas formas em que isso afeta a pandemia, participam do programa os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

 

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #18 “Você sabe com quem está falando?”
PodCasts

BSV Especial Coronavírus #17 Bolsonaro testou positivo, “e daí?”

Geórgia Santos
13 de julho de 2020

Nesta edição, falamos da epítome da pauta que une coronavírus e política. O presidente da República Federativa do Brasil, senhor Jair Messias Bolsonaro, disse que testou positivo para o novo coronavírus. Após esconder os testes há alguns meses, ele convocou uma entrevista coletiva PRESENCIAL para dizer que está infectado.

.
Bolsonaro ainda prestou o desserviço de retirar a máscara ao final da entrevista, colocando em risco os repórteres que estavam no local. E, é claro, reafirmou a eficácia da cloroquina no tratamento contra a Covid-19, mesmo sem eficácia comprovada cientificamente
.

Desinformação à parte – ou não – a declaração do presidente gerou muita suspeita, afinal, ninguém nunca sabe se o que Bolsonaro diz é verdade ou mentira. De todo modo, isso ainda tem inúmeras implicações tanto no combate ao Covid-19 quanto na política brasileira. Depois de ele confirmar que está infectado, vimos pessoas torcendo pra que ele morra; outras dizendo que essa torcida é falta empatia; notamos o nítido enfraquecimento da popularidade de Bolsonaro; e, é claro, testemunhamos o presidente da República virando garoto-propaganda de um remédio que ele estocou sem respaldo cientifico e agora não tem onde desovar.

Participam do programa os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #17 Bolsonaro testou positivo, “e daí?”
PodCasts

BSV Especial Coronavírus #16 Fake News em tempos de pandemia

Geórgia Santos
9 de julho de 2020

Desde março, os jornalistas do BSV discutem os diversos aspectos da pandemia e da política brasileira. Hoje, eles falam sobre as Fake News, que não só bagunçaram e bagunçam a política como já são um problema para quem quer se informar a respeito do coronavírus.

Uma pesquisa realizada pela Avaaz, uma comunidade de mobilização online que leva a voz da sociedade civil para os espaços de tomada de decisão em todo o mundo, indica que as Fake News sobre a pandemia atingem 110 milhões de pessoas no Brasil.  E o estudo mostra que sete em cada 10 brasileiros acreditam em pelo menos uma notícia falsa sobre o coronavírus.

.

E qual a resposta institucional? Aprovar, às escuras e às pressas, o PL das Fake News

.

Parece bom, um projeto de lei que visa combater a desinformação, mas o buraco é mais embaixo. Apesar de ter sido submetido a mudanças, o texto aprovador pelo Senado no dia 30 de junho implica em sérios riscos à privacidade, à liberdade de expressão, abre caminho para a autocensura e para a perseguição a jornalistas.

O convidado desta semana é o jornalista Marcelo Trasel, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), uma das entidades que mais criticou o fato de o projeto ter sido aprovado sem discussão com a sociedade civil e com sérios problemas. Participam os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #16 Fake News em tempos de pandemia
PodCasts

BSV Especial Coronavírus #14 Bolsonaro subindo no telhado

Geórgia Santos
20 de junho de 2020

Abraham Weintraub não é mais Ministro da Educação, para felicidade geral da nação e daqueles que, segundo ele, não tem Deus no coração. Mas muita água rolou nesta semana antes da saída de Weintraub. Muita.

Na segunda-feira, 15, a extremista bolsonarista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal (PF) em função de sua participação em manifestações antidemocráticas. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Na terça-feira, 16, como parte do mesmo inquérito que investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento desses grupos suspeitos da prática de atos antidemocráticos, a PF bateu à porta de aliados de Jair Bolsonaro. A polícia cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão solicitados pela PGR. A ação atingiu parlamentares como o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e influenciadores como o blogueiro Allan dos Santos. Fernando Lisboa, outro alvo, outro blogueiro, até chorou.

Na quarta, 17, o pleno do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um pedido para fazer um levantamento do número de militares da ativa e da reserva nos últimos três governos. E, é claro, fazer um levantamento especialmente sobre os militares no governo Bolsonaro. A ideia é verificar se há uma militarização excessiva do serviço público. ?Mas o TCU seguiu dando o que falar na quinta-feira, 18, já que o Ministério Público (MP) solicitou que se investigue uma suspeita de compra superfaturada de cloroquina pelo exército.

.
Mas a quinta-feira não acabou por aí
.

Fabricio Queiroz foi preso. O Queiroz. O próprio. Acusado de gerenciar as rachadinhas dos salários de servidores dos gabinetes da família Bolsonaro, em especial o senador Flávio Bolsonaro. Ele também é apontado como uma das conexões do clã com milicianos e com o Escritório do Crime, no Rio. Queiroz foi preso em Atibaia (SP), em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro. O próprio.

Bolsonaro fez questão de defender Queiroz publicamente, dizendo que foi uma prisão espetaculosa, como se ele fosse o pior bandido da face da terra. Bolsonaro ainda fez questão de dizer que ele não estava foragido e que não havia mandado de prisão impetrado contra ele.

Mas a quinta-feira ainda não acabou. Foi justamente na quinta-feira que os brasileiros se despediram do inadequado Abraham Weintraub do Ministério da Educação e testemunharam o abraço mais estranho de todos os tempos, como mostra a foto de capa. Aliás, bizarro e, assim como o ministro, inadequado em tempos de pandemia.

Na sexta-feira, 19, o nosso país, governado por um grupo criminoso e altamente disfuncional, atinge o número de um milhão de casos de coronavírus e quase 50 mil mortes.

Para fazer uma análise sobre o impacto de todos esses fatos no governo Bolsonaro, participam os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #14 Bolsonaro subindo no telhado
PodCasts

BSV Especial Coronavírus #13 Sobre protesto, violência e quem pode ter a carteirinha de antifa

Geórgia Santos
5 de junho de 2020

Há mais de uma semana, multidões estão nas ruas de algumas das principais cidades dos Estados Unidos em protesto contra o assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco em Mineappolis. O racismo emerge, então, como uma das questões centrais do nosso tempo e a luta antirracista ganha uma nova força com os movimentos que se articulam inclusive no Brasil.

Mas a presença de Jair Bolsonaro na presidência da República impõe também outros debates. Porque ao mesmo tempo em que há uma mobilização antirracista, um grupo de racistas, sim racistas, fez uma caminhada com tochas em Brasília. Os 300 do Brasil.

E como consequência, vemos uma crescente mobilização também do movimento antifascista – Antifa. Que o presidente Bolsonaro, a exemplo do seu muso Donald Trump, diz que é coisa de terrorista.

E cá estamos nós pra tentar compreender como esse movimento pode se sustentar por aqui e de que forma ele pode ajudar a restaurar a democracia. Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #13 Sobre protesto, violência e quem pode ter a carteirinha de antifa
PodCasts

OUÇA BSV Especial Coronavírus #12 “Acabou, porra”

Geórgia Santos
29 de maio de 2020

Nós pensávamos que o assunto dominante seria o avanço da Covid-19 pelo Brasil, mas não é. O assunto dominante continua sendo Jair Bolsonaro, que está em guerra declarada contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

.
Bolsonaro afirma que o STF age contra a liberdade de expressão. Logo ele, que espantou a imprensa do Planalto. Pela primeira vez no período democrático, parte dos veículos da mídia tradicional se recusa a fazer cobertura por falta de segurança
.

Esses defensores da liberdade de expressão que acham normal uma ameaça de morte. Como disse Eduardo Bolsonaro em entrevista ao jornalista José Luís Datena, na intimidade, até um pais pode dizer que quer matar o filho.

Que coronavírus, que nada, nem Ministro da Saúde temos. Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #12 “Acabou, porra”