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O Retrato da Miséria

Geórgia Santos
14 de outubro de 2021

O Brasil de 2021 é um país miserável. E não é um jogo de palavras, é uma realidade dura amparada por dados que mostram que mais de 116 milhões de brasileiros não têm acesso pleno e permanente a alimentos. Mas como chegamos até aqui? Por que o Brasil voltou ao mapa da fome? Nós explicamos esse caminho no documentário em áudio O Retrato da Miséria.

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O retrato da miséria é aquela foto em tom rosado em que pessoas famintas catam carcaças com restos de carne

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É aquela foto que resulta da combinação perigosa de desemprego, queda na renda e aumento no preço dos alimentos. E esse retrato mostra que a escalada da miséria e da fome durante a pandemia não é responsabilidade do coronavírus, mas de escolhas, de negação, negligência e ausência de medidas que protejam a população mais vulnerável.

OUÇA

Uma produção do Vós

Apresentação: Geórgia Santos e Tércio Saccol

Produção: Flávia Cunha, Geórgia Santos, Raquel Grabauska e Tércio Saccol

Trilha sonora original*: Gustavo Finkler

Roteiro e edição: Geórgia Santos

*Além da trilha original, também foram utilizadas melodias de domínio público

Foto original: Domingos Peixoto/ O Globo

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BSV Especial Coronavírus #74 As mentiras de Bolsonaro na ONU

Geórgia Santos
22 de setembro de 2021

Nesta semana, uma série de vergonha: as mentiras de Bolsonaro na ONU e o machismo escancarado na CPI da Covid

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O presidente Jair Bolsonaro foi responsável pelo discurso de abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Ele foi responsável, também, pela vergonha que os brasileiros passaram no evento.

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Afinal, ele mentiu. Mentiu muito

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Mentiu sobre não haver corrupção no governo, mentiu sobre o Brasil ter estado á beira do socialismo, mentiu sobre a política ambiental, mentiu sobre a economia, sobre o auxílio emergencial, mentiu sobre a pandemia, mentiu que as manifestações do 7 de setembro foram as maiores da história. E como se não bastasse, reforçou a negação da ciência ao defender o mentiroso tratamento precoce contra a Covid-19.

E a vergonha só aumenta, porque o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está quarentenado em Nova York porque testou positivo para Covid. Isso mesmo.

Por aqui, um depoente da CPI da Covid se encarregou da vergonha. O ministro Wagner do Rosário, da Controladoria-Geral da União, chamou a senadora Simonte Tebet (MDB-MS) de “descontrolada”.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

 

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BSV Especial Coronavírus #62 Motociata, Whitney Houston na CPI e tudo muito caro

Geórgia Santos
16 de junho de 2021

Nesta semana, o recorde fake da motociata, máscara como guardanapo, Whitney Houston na CPI da Covid e tudo muito caro.

No último final de semana, ocorreu uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em São Paulo. Era uma manifestação de pessoas que estavam montados em motocicletas. A tal da motociata. Circulou nas redes sociais uma mensagem afirmando que a tal da motociata reuniu 1,3 milhão de veículos e entrou para o Guinness Book. Obviamente, é fake. É falso.

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Vídeo divulgado nesta segunda-feira indica que a mobilização liderada por Jair Bolsonaro reuniu pouco mais de 6mil motos
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É bastante, mas longe de um milhão. O vídeo foi disponibilizado pelo canal “Análise de vídeos”, que estudou imagens da Marginal Pinheiros por 16 minutos e indicou, inclusive a metodologia. Deu ruim.

Pra dar seguimento ao ridículo, em cerimonia no inicio da semana, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro-chefe da casa civil, Luiz Eduardo Ramos, decidiram tirar a máscara logo após o hino nacional. Ramos então deu uma nova utilidade ao acessório e o usou como um guardanapo.

Mas esta semana está demais, ainda tem o ex-governador Wilson Witzel na CPI da Covid, espalhando coisa linda no ventilador. Também conhecido como Whitney Houston, ele complicou Sérgio Moro e trouxe as milícias para o rolo da pandemia.

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O senador Flávio Bolsonaro, também conhecido por 01, não gostou
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Pensou que acabou? Não. Tem a Fundação Palmares, que se desfez de exemplares raros e mais de 5 mil livros do acervo.E ainda vamos falar na queda da renda dos brasileiros e porque o gás, a luz, a comida e tudo está tão caro.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

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Imagem original: Alan Santos/PR
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BSV Especial Coronavírus #61 Tudo é político, até o futebol

Geórgia Santos
9 de junho de 2021

Nesta semana, a gente fala de futebol, porque tudo é político, de Copa América, CPI da Covid e eleições no Peru.

Após disputas internas na CBF, está confirmada a realização da Copa América no Basil. Jogadores levantaram a voz, o técnico foi ameaçado e o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ofereceu a cabeça de Tite ao presidente Jair Bolsonaro. O vice, General Hamilton Mourão, também meteu o bedelho. Mas nada disso aconteceu. Caboclo foi afastado por uma denúncia de assédio, mas foi o posicionamento dos jogadores que o derrubou.

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Não são jogadores revolucionários, longe disso, mas se posicionaram
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O governo federal também se posicionou, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que é um evento pequeno e que não oferece risco ADICIONAL.  Ele disse isso em novo depoimento à CPI da Covid. Enquanto isso, Bolsonaro continua mentindo a respeito da COVID, dizendo que não morreu tanta gente assim e usando dados falsamente atribuídos ao Tribunal de Contas da União. O TCU desmentiu a lorota em seguida e o presidente precisou admitir o engodo.

E ainda, as eleições no Peru. A legítima filhote de ditador, Keiko Fujimoi, foi derrotada por Pedro Castillo.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

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BSV Especial Coronavírus #60 Fora Bolsonaro

Geórgia Santos
2 de junho de 2021

Nesta semana, as manifestações contra Bolsonaro, a Copa América e o PIB.

No último sábado, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro. Milhares de pessoas que chegaram à conclusão de que ele é mais perigoso que o vírus. Milhares de pessoas que lamentam a morte de quase 500 mil outras pessoas e a destruição de quase 500 mil famílias.

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Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a inoperância e irresponsabilidade de um governo negacionista, que tem projeto de morte
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O presidente Jair Bolsonaro, em resposta, disse que as manifestações foram pequenas e ironizou. Pra citar uma figurinha de WhatsApp da qual eu gosto muito, banhou-se nas águas do equívoco.Bolsonaro tanto se banha nas águas do equívoco que está disposto a oferecer o Brasil para sediar a Copa América, às vésperas de uma terceira onda e do novo pior momento da pandemia no país. Copa América ou Cova América, ou Cepa América…

E ainda vamos falar do porque não podemos ficar otimistas com a alta do PIB no primeiro trimestre.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

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Imagem: montagem a partir de foto de Marcos Corrêa/PR
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BSV Especial Coronavírus #58 O depoimento mentiroso de Pazuello

Geórgia Santos
20 de maio de 2021

No episódio desta semana, o depoimento mentiroso de Pazuello na CPI da Covid. E a gente não esqueceu de Ricardo Salles.

O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello prestou depoimento ao longo de quarta e quinta-feira na CPI da Covid, no Senado. Ele foi questionado sobre recomendações para o uso da cloroquina, sobre a demora do Brasil em adquirir doses de vacinas contra a Covid-19, sobre a falta de oxigênio no Amazonas, sobre não ter usado máscara em passeio no shopping, sobre não defender distanciamento, sobre as posturas dele mesmo e do presidente Jair Bolsonaro. E mentiu.

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Pazuello mentiu, mentiu e mentiu
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Alguns questionaram as contradições e mentiras, como o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas. Outros questionaram a competência, como o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia. Outros, questionaram a palavra de Bolsonaro, como o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá. E agora estamos aqui, para destrinchar as mentiras e as repercussões do depoimento de Eduardo Pazuello.

Sem esquecer que a Polícia Federal deflagrou, na última quarta-feira (19) uma operação que teve como alvo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suspeitas de exportação ilegal de madeira.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

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BSV Especial Coronavírus #57 Tratoraço e CPI

Geórgia Santos
12 de maio de 2021

Nesta semana, o tratoraço, a CPI e o STF. Reportagem do jornal Estado de São Paulo revelou um esquema montado pelo governo para conquistar apoio por meio de um orçamento secreto. No ano passado, o governo destinou R$ 3 bilhões em emendas para parlamentares do Centrão. Esses parlamentares puderam escolher onde os recursos de emendas de relator seriam aplicados. E foram aplicados inclusive na compra de tratores superfaturados. O caso foi apelidado de “tratoraço” nas redes sociais.

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Jair Bolsonaro reagiu xingando jornalistas, por isso a gente resolveu fazer um bingo de respostas prontas do presidente
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Mas como desgraça pouca é bobagem, em depoimento à CPI da Covid, o diretor presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, confirmou que houve, sim, uma tentativa de se alterar a bula da cloroquina, conforme havia alertado o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

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Falando em CPI, ainda tem as mentiras no depoimento de Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação do Governo Federal, que quase saiu preso da reunião de quarta-feira
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E como se não bastasse, a Polícia Federal pediu ao STF a abertura de inquérito para investigar suspeita de pagamentos ao ministro Dias Toffoli por venda de decisões. O pedido tem como base o acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral. E ainda tem o jornalista colombiano Daniel Guarín, que vai explicar alguns paralelos entre Brasil e Colômbia nessa crise decorrente da pandemia.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #57 Tratoraço e CPI
Imagem: Arquivo / Agência Pública
Voos Literários

Paulo Gustavo, presente!

Flávia Cunha
10 de maio de 2021

A morte do humorista Paulo Gustavo contribuiu para entristecer ainda mais o já doloroso luto coletivo vivenciado há mais de 1 ano no Brasil. Ao morrer, aos 42 anos, de uma doença para a qual já existe vacina, Paulo Gustavo se tornou um símbolo do absurdo da pandemia brasileira. Ao não resistir a complicações da covid-19, sua perda também gera um alerta aos ainda negacionistas: o de que não é preciso ter comorbidades ou ser idoso para estar em risco. Sua perda pode ser, ainda, um necessário aviso aos mais ricos, que muitas vezes se acham imunes ao coronavírus, por terem garantido o acesso a atendimento hospitalar. 

Após a comoção gerada por sua morte, uma das perguntas que ficam é se o ator ainda estaria vivo caso tivesse sido vacinado. Para este questionamento, não há resposta. Mas, certamente, milhares de vidas teriam sido poupadas se a ação do governo  federal frente à pandemia fosse diferente. O próprio humorista, em suas redes sociais, lamentou diversas vezes a falta de vacinas para a população brasileira.

Luta contra o preconceito

Depois da imensa repercussão nacional e internacional da perda de Paulo Gustavo, precisamos agora reverenciar seus legados. Entre eles, a contribuição à luta contra o preconceito através de seu trabalho. É o caso de Dona Hermínia, seu personagem mais famoso. O fato de ser um ator abertamente homossexual vestindo-se de mulher para dar vida a uma mãe poderia provocar revolta entre os mais conservadores. Contrariando essa expectativa, Dona Hermínia foi um sucesso de público tanto no cinema como nos palcos. 

Humor político

Além disso, o comediante criou personagens com camadas de crítica social, mostrando que o humor de qualidade tem por característica ser político.

É o caso da esquete Senhora dos Absurdos, do programa 220 Volts. Nesse quadro, o ator mostrava o ridículo da elite carioca (e brasileira), de forma caricatural mas extremamente real. 

Atuação beneficente sem alardes

Afora seu legado artístico, Paulo Gustavo também deixa como inspiração a atuação beneficente. Fez a doação de oxigênio para hospitais em Manaus e destinou recursos para diversos projetos filantrópicos. Também ajudou financeiramente muitos colegas de profissão impactados pela pandemia. Uma comprovação, na prática, de que ser da elite econômica não significa ser egoísta ou alienado da realidade.

Paulo Gustavo em livro

Infelizmente, a incursão do ator no mundo dos livros é breve. Publicou, em 2015, Minha mãe é uma peça,  com histórias inéditas de Dona Hermínia. Na obra, a personagem dá suas opiniões ácidas sobre assuntos variados, que vão de religião a sexo. Dentre os projetos não concluídos pelo comediante, estava o de lançar um livro sobre sua trajetória. O amigo Giovanni Bianco, diretor de videoclipes de estrelas como Madonna e Anitta, promete levar a proposta adiante, como uma forma de homenagear o humorista. 

O riso como resistência

Prosseguindo as homenagens a Paulo Gustavo, que dizia que “rir é um ato de resistência”, a coluna Voos Literários vai fazer um resgate do humor político brasileiro. Serão duas postagens relembrando escritores, cartunistas e comediantes que incomodaram os poderosos da política nacional, em diferentes períodos históricos.     

Imagens: TV Globo e Multishow / Reprodução

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BSV Especial Coronavírus #56 O sangue nas mãos de Bolsonaro

Geórgia Santos
5 de maio de 2021

No episódio desta semana, Paulo Gustavo, o sangue nas mãos de Jair Bolsonaro e a CPI da Covid. O Brasil amanheceu ainda mais triste na quarta-feira (5), com a notícia da morte de Paulo Gustavo, alguém que sempre nos fez rir. O ator morreu em função de sequelas da Covid-19, aos 42 anos. Um homem jovem, saudável, que deixa o marido e dois filhos. O presidente Jair Bolsonaro escreveu no Twitter que lamenta. Será?

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Pois a partir dos depoimentos dos ex-ministros da saúde na CPI da Covid, fica difícil acreditar que ele lamente de verdade
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O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta expôs um projeto de governo baseado no negacionismo e na mentira, em que o governo tentou, inclusive, alterar a bula da cloroquina. Mandetta ainda responsabilizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que já mostrou que não se preocupa com a vida de ninguém além da dele, e citou a participação de um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, em reuniões do governo federal. Já o ex-ministro Nelson Teich deixou claro que saiu porque percebeu que não teria autonomia e, também, divergia com relação à cloroquina.

Enquanto a isso, o ex-ministro Eduardo Pazuello foge. Depois de passear sem máscara por um shopping no Amazonas, alegou suspeita de Covid para não depor à CPI nesta semana.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

 

Vós Pessoas no Plural · BSV Especial Coronavírus #56 O sangue nas mãos de Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa / PR
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BSV Especial Coronavírus #52 O povo morrendo e Bolsonaro derretendo

Geórgia Santos
7 de abril de 2021

No Brasil em que morrem mais de quatro mil pessoas por dia em função da Covid-19, o presidente da República, Jair Bolsonaro, faz graça. No Brasil em que morrem mais de quatro mil pessoas por dia em função da Covid-19, o presidente da República, Jair Bolsonaro, diz que não vai ter lockdown.

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Mas o Brasil em que morrem mais de quatro mil pessoas por dia em função da Covid-19, temos  os primeiros sinais de que Jair Bolsonaro pode estar derretendo, abrindo espaço para o centrão e implorando para não ser abandonado pelos fascistóides que o apoiaram até aqui
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Alguns indícios apontam para esta tendência.  As já discutidas trocas nos ministérios, o fato de que Bolsonaro está atrás de Lula nas pesquisas eleitorais, os novos ministros da Saúde e das Relações Exteriores falando “coisas normais”, e o imbróglio do orçamento, em que ele precisa agradar o Centrão. O problema é que tem santo demais pra pouca missa. E não esqueçamos que Paulo Guedes pode cair.

Tudo isso no país em que morrem mais de quatro mil pessoas por dia e a preocupação do governo é que os empresários possam furar a fila e conseguirem vacina antes dos grupos prioritários.

Participam os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no SpotifyItunes e Castbox

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