ECOO

Três hábitos simples e sustentáveis para adotar no trabalho

Geórgia Santos
9 de abril de 2017

Levar uma vida verde não é fácil, já entendi. Mas isso não significa que tudo seja difícil. A seguir, veja 3 hábitos simples e sustentáveis para adotar no trabalho – e em casa. Acredite, já é um passo enooooorme.

1 – Adote uma caneca

Fala aí, tu passas o dia inteiro tomando café pra conseguir chegar ao final de um dia de trabalho, né? Começa por aí. Em vez de utilizar copos de papel, plástico ou isopor a cada cafezinho, adote uma caneca. Beba café o dia inteiro em uma caneca só tua, é até mais gostoso.

2 – Use talheres de verdade

Cada vez mais as pessoas levam o almoço de casa em vez de almoçar fora, certo? Seja por economia ou pra manter a forma. Sem contar as telentregas que nos economizam um tempão. Aproveita essa onda e abandona os talheres descartáveis. Usar garfo e faca reutilizáveis deixam o almoço mais agradável e o planeta agradece.

3 – Utilize guardanapos de tecido

Essa é uma mudança mais radical, mas é tão simples quanto as outras duas e pode ser adotada em casa. Basta substituir os guardanapos de papel por guardanapos de pano. É mais barato, limpa melhor e, no trabalho, ainda serve de toalhinha. “Ah, mas tem que lavar!” E daí? Por acaso tu usas roupas de papel pra não ter que lavar?

E aí, vai aderir? =)

Guia de Viagem

Cartagena 2 – As praias e os sicários

Geórgia Santos
8 de abril de 2017

Já falei aqui sobre as maravilhas de Cartagena, uma das cidades mais belas e procuradas da Colômbia. Só tem um probleminha: as praias são decepcionantes. Uma vibe meio litoral gaúcho – com todo o respeito que tenho pelo litoral gaúcho. O mar é escuro, bastante agitado, areia estranha, enfim, não são praias bonitas. Mas há opções belíssimas no entorno: a Playa Blanca Baru e o Arquipelago de Rosario. E mesmo parecendo duas lombrigas pálidas que fogem do sol, Cléber e eu não perdemos a oportunidade e começamos pela Playa Blanca. Mas foi aí que tudo começou a dar errado. Óbvio.

As pessoas podem escolher ir à Playa Blanca de barco ou carro – há uma ponte que liga a ilha ao continente. Nós conversamos com a gerente do hotel em que estávamos e ela disse que se fôssemos por terra teríamos uma experiência exclusiva, digamos assim. Iríamos sozinhos e teríamos atendimento personalizado em vez de viajarmos em um barco atrolhado de gente. E foi o que fizemos. Acontece que o irmão da moça fazia isso eventualmente (ele era mecânico originalmente) e ficou de viajar conosco. Às 7h da manhã estava nos esperando com um carro limpinho, cheiroso, aguinha e umas cumbias no rádio. Muy bueno.

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“Após uma hora e alguma coisa de viagem, avistamos um grupo de oito motoqueiros parados em uma encruzilhada”

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Aos poucos fomos nos afastando de Cartagena e indo em direção a um local bastante remoto, digamos assim. Estrada de chão batido, casebres, raras pessoas no entorno e coisa e tal. Após uma hora e alguma coisa de viagem, avistamos um grupo de oito motoqueiros parados em uma encruzilhada. Todos encostados em suas motos, como se esperassem algo acontecer. Ou alguém aparecer.

Não seguimos adiante, viramos à direita. Foi a deixa para os rapazes simpáticos montarem em suas motos e acelerarem na direção do carro. Conforme avançávamos pela via estreita e coberta pelo mato, eles se aproximavam. Até que nos cercaram. Dois ultrapassaram o carro e guiavam o caminho; quatro avançavam ao nosso lado na mesma velocidade como um pequeno comboio; Outros dois nos seguiam.

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Eram sicários, eu tinha certeza. Seríamos assassinados ali

No meio do nada

Na Colômbia

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Cléber me olhou mais pálido do que o normal, com um semblante ligeiramente apavorado, agarrou minha mão e eu senti que ele havia entendido o que estava acontecendo: estávamos paranoicos de tanto assistir Narcos e El Patrón del Mal. Lógico.

Eram apenas vendedores ambulantes, todos vindos de uma vila de pescadores vizinha, esperando os turistas para achacar. Estávamos entre os primeiros a chegar à praia e, por isso, fomos seguidos. Foi colocar o pé pra fora do carro para começar a oferta de tudo o que se possa imaginar. Até massagem, veja só.

Mas passado o susto, a viagem valeu a pena. Cada minuto de sol, mojito, pescado e mar transparente compensou o medo de morrer. Até voltarmos e o motorista quase nos enfiar embaixo de um carro durante uma ultrapassagem.

 

PLAYA BLANCA

Desculpem pelos pés do Cléber, mas o cenário era esse. E aquele pontinho acima do pé direito sou eu.

Como chegar

O lugar é absoltamente incrível: uma areia branca (rá), mal azulzinho, drinques e espreguiçadeiras. Um ótimo lugar pra passar o dia. Há duas formas de chegar: barco ou carro. Os barcos saem de um porto próximo à Torre do Relógio e tem uma desvantagem: o passeio é em grupo. Ou seja, horário pra sair, pra voltar, almoço no restaurante ao estilo refeitório com bandeja. E uma galera no entorno pra infernizar. Já de carro, que me parece a melhor opção, é uma viagem privada. Os pacotes também incluem uma refeição (pescado, arroz con coco e patacones), a diferença é que o guia entrega o almocinho na espreguiçadeira e a gente finge que é rico. É só falar com a gerência do hotel em que se está hospedado e eles arranjam a viagem, seja de barco ou carro.

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O que fazer

É um dia na praia, sem preocupações e com uma água quentinha. Há, porém, algumas atividades como mergulhos, trilhas e passeios de barco. Nós, como bons preguiçosos, passamos o dia embaixo do guarda-sol, lindamente deitados e ociosos.

Cuidados

A praia é lotadassa de ambulantes. Sério. Nós, brasileiros, estamos relativamente acostumados com isso, mas lá a coisa toma outra proporção. E eles vendem de colares a mariscos. De pulseiras a…. massagens. Sim. Aliás, as minas massagistas já chegam te pegando pra cobrar depois. Eu tava deitadona lá e uma delas chegou me apalpando. Não rolou.

A recomendaçãoo é não comer nada que os ambulantes oferecem e só aceitar massagens das meninas credenciadas. Enquanto descansávamos rolou um barraco entre duas massagistas, foi massa. Rolou até tapa na cara. A nossa deixa pra sair de lá.

ISLA DEL SOL

Como chegar

Nesse caso, o barco é a única alternativa. Também parte da Torre do Relógio, mas é uma viagem bastante longa e é feita em uma espécie de lancha – não conheço barcos. Não vista nada que não possa molhar, porque vai molhar. E guarde qualquer coisa eletrônica, porque vai molhar. Confesso que detestei a viagem, me borrei toda e achei que morreríamos afogados. Mas a gente chegou e voltou e valeu a pena. O pacote inclui um belo almoço tradicional. Esse passeio também pode ser organizado pela gerência do seu hotel.

O que fazer

É uma ilha pequena e faz parte do Arquipelago de Rosario – ou seja, há outras ilhas. Mas também há passeios, trilhas e mergulhos. Nós, novamente, ficamos deitados ao sol sem fazer absolutamente nada. Há mar, piscinas naturais e piscinas artificiais. Cabanas e redes. Ócio pra que te quero…

Cuidados

Nenhum. É uma ilha privada, tudo muito seguro e as únicas pessoas no local são as pessoas com as quais se divide o barco. Mas eu me preocupei muito com os lagartos.

Geórgia Santos

Nosso muro particular – O fim do Ciência Sem Fronteiras

Geórgia Santos
4 de abril de 2017

Passamos horas debatendo o absurdo do muro que Donald Trump pretende construir para separar os Estados Unidos do México. É um tema quase querido, digamos assim, como se de estimação. Mas esquecemos do nosso pequeno muro particular. Não, Michel Temer não pretende empilhar tijolos para isolar o Brasil de qualquer vizinho que seja, mas ele está, sim, se empenhando em construir uma parede invisível que nos afasta do resto do mundo com o fim do Ciência Sem Fronteiras.

“A justificativa é falta de dinheiro, claro, como se fosse explicação para tudo”

No último final de semana foi confirmada a extinção do programa que financiava o intercâmbio de estudantes de graduação brasileiros em outros países. A justificativa é falta de dinheiro, claro, como se fosse explicação para tudo. O governo alega que o programa deixou dívidas (?) e que os alunos beneficiados não deixaram resultados expressivos em suas universidade – e aqui a vontade é de colocar um milhão de pontos de interrogação.

Há tantas perguntas que me faço ao ouvir essas pseudojustificativas. Que dívidas? Com quem? O que são resultados expressivos? Qual seria a resposta adequada dos alunos? Em quanto tempo esses resultados deveriam aparecer? Quais são esses resultados? Dinheiro? Pesquisa? Enfim. Eu passaria o dia todo fazendo perguntas. A questão é que o governo deixa claro que trata a educação como negocio e não como uma ferramenta transformadora de – preste atenção nisso – longo prazo.

Eu tenho relativa experiência com estudo no exterior. Fiz um mestrado em Portugal e agora estou como pesquisadora visitante nos Estados Unidos. Essa jornada começou em 2013, há quatro anos, quando fui uma das escolhidas pelo Instituto Ling para participar do programa Jornalista de Visão, que oferta bolsas de mestrado no exterior. Somente agora começo a devolver um pouco, muito pouco, do que me foi ofertado. Seja por meio da minha pesquisa sobre mídia, protestos e democracia no Brasil ou por meio deste que Vós fala.

O governo quer resultados imediatos? Quer retorno financeiro? Quer pesquisas que comecem e terminem em meses? Bom, isso não existe.

O muro invisível de Temer isola jovens ansiosos e brilhantes. Evita o crescimento que só o diferente pode nos ofertar. Impede que alunos curiosos evoluam fora de sua bolha a menos que tenham condições financeiras para tal – e sabemos que a maioria dos brasileiros não tem.

Digo isso, no entanto: tenha certeza, senhor Doutor Michel Temer, que os “resultados expressivos” aparecerão em alguns anos. O conhecimento daqueles que foram o senhor não pode extinguir.

 

 

 

ECOO

Sim, é difícil ser ecologicamente correta

Geórgia Santos
2 de abril de 2017

Nesta semana eu sofri a minha primeira derrota ecológica desde que iniciei uma jornada para recobrar a consciência ambiental que eu nunca tive. Não pensei que fosse fácil. Ao contrário, sei da dificuldade que envolve ir contra o fluxo. Ainda assim, acho que é a primeira vez que eu digo: é difícil ser ecologicamente correta. Muito difícil.

“Conforme avanço, deparo com obstáculos cada vez maiores”

 

Não me entendam mal, não pretendo desistir. Inclusive fiz progressos importantes ao longo dos meses, especialmente com a rotina da casa e cosméticos, uma jornada que divido com vocês aos poucos. Mas conforme avanço, deparo com obstáculos cada vez maiores e mais frustrantes.

Este post deveria ser sobre minha transiçãoo para um xampu sólido e natural. Ou seja, um produto que não polui, não agride meu corpo e ainda dispensa embalagem. Uma sequencia dos cuidados capilares que venho mostrando aqui com a hidratação e leave-in. Mas não rolou.

No último mês, testei três produtos diferentes e nenhum me deixou satisfeita. E não, não testei só uma vez, testei várias. Cada um deles. Todos deixaram meu cabelo empapado, oleoso e com aspecto de sujo. Fiquei muito frustrada.

Eu resolvi dividir isso com vocês porque parte da minha frustração vem do fato de que a maioria das blogueiras que escrevem sobre o assunto falam maravilhas desses produtos. É verdade que elas falam da dificuldade, mas nenhuma testou três produtos e os três deram resultados péssimos. O lance é que eu parecia um personagem do Mágico de OZ – e não era nem a Dorothy nem o Homem de Lata.

Eu não vou desistir. Fiquei feliz que o terceiro xampu funcionou melhor do que o segundo. Ou seja, houve uma evolução. Ainda preciso descobrir se o produto é ruim, se eu não estou lavando direito ou se não estou removendo o cosmético adequadamente – por isso não vou falar quais as marcas. Nesse meio tempo, encontrei um produto com o mínimo de química possível e tá tudo bem.

Um dia eu consigo.

ECOO

Gel de linhaça – Cachos perfeitos

Geórgia Santos
19 de março de 2017

Nessa vibe de ser ecologicamente correta, a gente enfrenta algumas dificuldades e complicações. É uma vida toda na comodidade de usar os produtinhos que estão na prateleira do supermercado ou da farmácia e era isso. Agora, surge o gel de linhaça.

Não serei ingrata, os cosméticos tradicionais me salvaram a vida. Quando eu era criança e adolescente, não tinha esse lance de creme para pentear, modeladores de cachos e muito menos os leave-in. Fala sério, no máximo um Neutrox amarelinho. Ou seja, se já não tinha finalizador tradicional, imagina se eu ia ter acesso aos que não prejudicam o ambiente e a saúde. Eu nem sabia que existiam. Mas isso mudou.

Há uns meses, descobri o melhor finalizador DA VIDA para os cabelos, especialmente para cabelos ondulados, cacheados ou crespos: o gel de linhaça. Ele deixa o cabelo macio, sedoso e modelado ao mesmo tempo. Os cachos ficam lindos, leves e soltos. E tem INÚMERAS vantagens

É natural;

Fácil de fazer;

Barato;

Saboroso;

Light;

Hein? Mas é de passar no cabelo ou de comer? Os dois!

MODELADOR DE CACHOS – QUE, DE QUEBRA, DÁ PRA COMER

 

Ingredientes

½ xícara de linhaça dourada

2 xícaras de água

folhas de gaze

1 pote de vidro

Modo de fazer

  • Misture a linhaça e a água em uma panela, leve ao fogo e mexa até que forme um gel;

  • Coe o gel com a gaze, espremendo até que o gel saia limpo;
  • Acondicione em um pote de vidro e guarde na geladeira;

Se quiser potencializar o efeito, pode misturar com babosa, especialmente se o seu cabelo for O produto dura cerca de um mês na geladeira, mas além de passar no cabelo, ele pode virar uma geleia light e delicinha. É só misturar o gel com uma xícara de purê de qualquer (prefiro de morangos) fruta e passar no pão. Super nutritivo, docinho, gostoso e light. Nham =)

Tão série

Mês das Mulheres – The Good Wife

Geórgia Santos
18 de março de 2017

 

O nome não parece ter a ver com empoderamento feminino, afinal, a premissa da “boa esposa” é herança da sociedade machista. Mas The Good Wife é o oposto disso. Ao longo de sete temporadas, a advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) se afasta daquilo que todos esperam dela: o estereótipo de bela, recatada e do lar.

Evolução da “boa esposa”

No primeiro episódio da primeira temporada, vemos uma Alicia pálida, mal vestida e com cara de dona de casa suburbana. Vemos uma esposa humilhada enquanto fica ao lado do marido, o procurador-geral que teve um caso com outra mulher e se envolveu em um escândalo de corrupção. Isso faz com que ela precise/queira mudar sua vida: ela volta a advogar e toma as rédeas da própria vida. Encontra um antigo amor dos tempos de faculdade, começa a trabalhar no escritório do bonitão e está armada a cama. Só precisamos deitar.

A trama tem tudo que a gente precisa pra não desgrudar os olhos da televisão: crimes, política, intrigas, sexo, affairs, mentiras, traições, mais crimes, mais intrigas e mais crimes. E sexo. E mentiras. E mais traições.

 

Com o passar do tempo, Alicia e a série amadurecem o suficiente para que fiquemos viciados na história dessa mulher poderosa que é uma mãe-dona-de-casa-que-trabalha-fora-e-é-casada-mas-não-é-e-ama-dois-caras-ao-mesmo-tempo-mas-não-tem-certeza-e-está-crescendo-profissionalmente-mas-talvez-não-saiba-lidar-bem-com-isso-ou-saiba. Ufa. Eu sei que ficou grande, mas na série também é assim, tudo ao mesmo tempo agora.

Mulheres poderosas

E não é somente Alicia. Temos Diane Lockhart (Christine Baranski), uma advogada fodona e Democrata até a alma, constantemente lutando contra os conservadores e pelos direitos da mulher, como regularização do aborto. Temos Kalinda Sharma (Archie Panjabi), uma mulher misteriosa e independente que não deixa que ninguém diga como viver a vida.

Então, se tu ainda não viu, corre pra assistir The Good Wife. A série está disponível no Netflix e vale cada clicada. É uma história de empoderamento e emancipação, uma história crua e real sobre os degraus que a mulher precisa subir ou escalar para conseguir ser vista. Eu não vou dar spoiler, mas se tu não te importa com isso, dá uma olhada neste texto da Time sobre o último episódio da série e entenda a evolução de uma personagem que estava em busca de si.

A série acabou, mas o nosso amor, não. Dá uma olhada no recap da primeira temporada e me diz se não é de viciar?

Guia de Viagem

Bruxelas – O tombo

Geórgia Santos
17 de março de 2017

Quando eu era uma jovenzinha e fiz um mochilão sozinha pela Europa, passei de trem pela Bélgica e fiquei encantada com o que vi pela janelinha. Pensava em quando voltaria a ver aquele lugar tão austero e caloroso ao mesmo tempo. Sentia, de fato, algo especial ali. Anos depois, a oportunidade surgiu e, em 2014, conheci Bruxelas.

Eu vivia em Lisboa em função de um mestrado e o instituto no qual eu estudava organizou um seminário de três dias no Parlamento Europeu – phynos. Era a oportunidade perfeita para mim, que mesclava estudo, política e turismo. Ou seja, meu pequeno paraíso particular.

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Bruxelas é cosmopolita, cheia de imigrantes e uma variação enorme de idiomas que transforma o cinza do inferno

em um arco-íris

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Partimos, então, em pleno inverno. O grupo relativamente grande foi instruído a usar roupas adequadas ao Parlamento, obviamente. Ou seja, nada de calça jeans e tênis. Vesti um belo vestido envelope com cara de executiva, meia calça e sapatos de salto alto, combinados com um trench coat e um cachecol. Chiquérrima e empolgadíssima para meu dia de cientista política famosa. Nem as belas cervejas belgas acompanhadas de um delicioso waffle me empolgariam tanto quanto o roteiro intelectual que me esperava. Com uma leve garoa, nos apressávamos para atravessar a praça em frente ao prédio do Parlamento quando … POFT.

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Caí. Assim, do nada, simplesmente desabei. De joelhos. De quatro. No meio da rua.

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A linda, maravilhosa e chiquérrima executiva/politóloga – também conhecida como eu – estava espatifada no meio da rua com a bunda pra cima e embaixo de chuva. Olho pra baixo e noto que, além da dor absurda que eu sentia, minha meia estava rasgada e meu joelho sangrava. Havia uma parte da pele esfolada e, ao lado, um corte bastante feio. Meu dia começou bem.

Parlamento Europeu

Chegamos ao Parlamento Europeu e lá eu fui informada que não havia quem pudesse limpar meu ferimento. Eles sequer me ofereceram um band-aid. Nadica de nada. Lavei com água e sabão no banheiro, mesmo, e uma alma caridosa me deu um curativo que mal tapava o corte gigante que minha perna ostentava. Quanto à meia, não tive tempo de ir ao hotel trocar de roupa, fiquei com a peça rasgada, mesmo. Estava muito frio, não poderia tirar.

Empinei o nariz e saí andando como se nada fosse. Chiquérrima com a meia rasgada. Eu mencionei que o dia terminou com um jantar no Parlamento, no mesmo lugar em que são recebidos os chefes de estado? E eu com a meia rasgada

 

Mas não é um tombinho (?) que vai estragar uma viagem dessas, não é mesmo? Bruxelas merece um crédito e valeu muito a pena. Conheci até a OTAN – mas lá não apenas não podíamos tirar fotografias como era “expressamente discutir política”, como anunciava uma placa. Tenso.

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Lugares para ver

Bruxelas, apesar de ser a capital da União Europeia, é uma cidade relativamente pequena, mas tem muito pra ver. Aliás, acho melhor dizer que tem muito para curtir. A vantagem é que muitas das atrações estão no que chamam de Petite Ceinture, o pequeno centro.

Grand Place

A Grand Place, ou Grote Markt, é Patrimônio Histórico da Humanidade. Os prédios datam dos séculos 14 a 17 e serviam como espaço para os mercados da cidade. Hoje, recebe uma série de atrações, entre elas a feira de natal.

Manneken Pis

Basicamente, é menininho fazendo xixi. A estátua está ali desde 1619 e é bastante interessante. Já houve inúmeras tentativas de furto e, em datas especiais, recebe roupinhas comemorativas. Tem uma versão feminina, que é menos popular, chamada Janneken Pis, que fica escondida na mesma rua do Delirium Café.

Place de la Bourse

A praça comporta o prédio em que funcionava a bolsa de valores. É o local em que os cidadãos costumam se reunir em eventos importantes, como eleições, protestos etc. Bem pertinho, dá pra ir caminhando até a Place Sainte-Catherine, onde há  restaurantes e galerias.

Jardins do Monts de Arts

Há belos jardins e um mirante de tirar o fôlego. Sem contar que as ruelas do entorno são bem charmosinhas e abrigam o Museu Real de Belas-Artes da Bélgica e o Museu de Instrumentos Musicais.

Palácio Real de Bruxelas

É o local em que mora e trabalha o Rei da Bélgica, apenas. A visitação só é aberta durante o verão, entre 22 de julho a 4 de setembro.

Distrito Europeu

É o bairro em que ficam todos os prédios das Comissões Europeias e o Parlamento. Para quem tem interesse em conhecer um pouco mais sobre o funcionamento da União Europeia, há um espaço aberto a visitação, o Parlamentarium. É uma exposição interativa, com um tour pela história da UE que dura cerca de 90 minutos. Fica aberto todos os dias da semana e a entrada é gratuita.

Museus

Para os amantes das artes, há paradas obrigatórias: o Museu René Magritte e o Museu Horta apresentam o que há de melhor dos dois artistas.

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Onde comer/beber

Há três coisas cujo consumo é obrigatório na Bélgica: waffle, chocolate e cerveja. Não tem como fugir. Com relação ao chocolate, é possível encontrar os mais famosos como o Godiva Neuhaus, e outros mais populares como Côte D’or. São todos absolutamente deliciosos.

Chez Leon

A especialidade da casa é, justamente, a culinária típica: moules (mexilhões), peixes, carbonnades flamandes (carne cozida na cerveja escura), stoemp (purê de batatas com uma série de ingredientes), waterzooi (um tipo de sopa de frango). Fica bem pertinho do Delirium.

Delirium

É o mais famoso, nem por isso é ruim ou “muito turístico”. Ao contrário, é parada obrigatória. Para se ter uma ideia, está no Guiness por conta dos mais de 2mil rótulos diferentes de cerveja que a casa oferece. São três andares cheios desse líquido dos deuses.

Brasserie Georges 

É um dos favoritos entre os turistas que visitam Bruxelas. As porções são ótimas e os preços são amigos. E, claro, deliciosos.

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Onde ficar

Lamento, mas essa vou ficar devendo pra vocês. Fiquei hospedada em um ótimo hotel, mas não lembro o nome e sequer fiz a reserva. Lamento. Mas vale a pena ficar em local próximo do centro para poder aproveitar a cidade caminhando.

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Como se movimentar

Como Bruxelas é pequena, o ideal é se movimentar a pé. Mas também é possível andar de metrô, que funciona super bem.

Guia de Viagem

Cartagena – O calor e o mosquito

Geórgia Santos
10 de março de 2017

Lua de mel é daqueles momentos que a gente espera com certa ansiedade, por uma série de motivos bastante óbvios, e planeja minuciosamente. Quando era criança, eu dizia a todos que viajaria para as ilhas gregas após a celebração de meu matrimônio. Não rolou.

Por uma grata surpresa do destino e uma combinação de conveniência e curiosidade, Cléber e eu resolvemos passar nossa lua de mel em Cartagena de Indias, na Colômbia. E que bela decisão. Fomos de Porto Alegre ao Panamá e, rapidinho, chegamos ao nosso destino final.

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No aeroporto, estavam nos esperando a gerente do hotel em que nos hospedamos, um calor infernal de 57 graus e uma horda de mosquitos

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Ao longo do trajeto, já deu pra sentir a vibe da cidade. Um lugar diferente, em que o antigo e o novo conversam em meio a uma explosão de cores, luzes e som. Era janeiro e o verão estava na pele das pessoas, que passeavam pelas ruas da cidade. Livres. Tudo naquela cidade transpirava liberdade, calor e movimento.

Estávamos cansados e resolvemos dormir, mas só depois de bebermos um espumante rosé em temperatura perfeita sobre as flores espalhadas pela cama. Phynos. Acordamos cheios de energia e bem cedo para aproveitar o café da manhã e a piscina do hotel.

O calor e os mosquitos

Era 7h da manhã e a temperatura era de 32 graus. Delícia. Estávamos de férias, mesmo, e uma aguinha nos aguardava – não todo aquele concreto da capital gaúcha. Dei uma mordida em um patacón e o primeiro mosquito atacou. Sem problemas, já estou acostumada. Um gole no suco de abacaxi e o segundo avançou, também nas pernas. Foi colocar a granola na boca e o terceiro veio sem dó nem piedade.

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Foi aí que me deu um estalo. Cedo da manhã, calor, mosquitos aos montes, voando baixo e picando nas pernas e pés. Isso tem nome e é nome de rico: Aedes Aegypti

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Sim, a nossa viagem à Cartagena foi durante o surto de Zyka que acometeu o Brasil e, também, a Colômbia.

A partir daí eu fiquei completamente paranoica, especialmente ao lembrar que não havia levado repelente. Eu empacotei laxante mas esqueci do repelente (se bobear tinha até supositório). Fomos à piscina – que ficava no terraço do hotel – e tudo o que eu fiz foi obcecar com insetos que boiavam bem belos e faceiros. Eu olhava cada mosquito, um por um, procurando por patas compridas e listradas. A cada suspeita, eu pirava. Só descansei depois de umas 13 picadas, uma coceira infernal e a compra de um repelente.

Depois disso, aí sim, eu pude aproveitar Cartagena do jeito que a cidade de Gabo merece: com atenção, dedicação e deleite. E valeu cada minutinho. Cada picadinha. Ah, e Zyka free.

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Lugares para ver

Por mais que Cartagena fique no litoral colombiano, não espere praias bonitas. É um lance meio litoral gaúcho, nada de marzinho verde e coisa e tal. Porém, há ilhas e praias próximas à cidade como o Arquipélago de Rosário e Playa Blanca. Mas pra isso vale outro post. Quanto à Cartagena, é um lugar histórico, colorido e com uma culinária maravilhosa.

Cidade Amuralhada

Cartagena é a cidade amuralhada. As Muralhas de Cartagena tem 11 km de extensão e foram construídas para proteger a região dos piratas e outros invasores no século 16. Dentro das muralhas estão muitos dos principais pontos turísticos da cidade. Ela pode ser visitada por dentro e por cima, ou seja, é possível caminhar por ela ou simplesmente sentar para apreciar o por-do-sol. Dentro das muralhas estão as melhores lojas, restaurantes e passeios. Vale bater perna, mesmo, e explorar cada cantinho.

Torre do relógio

É uma das entradas da cidade murada. O melhor: há um sebo com livros incríveis e diversos exemplares de livros de Gabriel García Márquez. Inclusive primeiras edições. Eu garanti um exemplar da primeira edição de O Amor Nos Tempos do Cólera, que está devidamente protegido por uma caixa de vidro em minha estante.

Portal de los Dulces

Em frente à torre há um caminho de bancas de doces com as coisas mais deliciosas do mundo. Cocadas de todos os tipos e sabores e uma variedade interessante de doces de leite. Como essas cabeças de bonecas bizarras e docinhas.

Palácio da Inquisição

Dentro dos muros também fica o Palácio da Inquisição. A inquisição espanhola instalada em Cartagena em 1610 foi das mais sangrentas e não terminou até 1821. É possível ver alguns dos instrumentos de tortura utilizados, listas de livros proibidos e de pessoas perseguidas e assassinadas como forma de controle da população e fixação do poder da Igreja Católica. É um ambiente tenso e assustador, mas fundamental para entendermos um pouco de nossa história. Funciona de segunda a sábado das 09h às 18h e aos domingos das 10h às 16h. A entrada custa 16mil COPS, cerca de R$20,00.

Castelo San Felipe de Barajas

É a maior obra militar do novo mundo construída pela coroa espanhola. É uma construção imponente que oferece uma vista incrível da cidade. No caminho, é bacana parar para uma foto com os Sapatos Velhos, feito em homenagem ao poeta local Luis Carlos López, autor do poema “A mi ciudad nativa”. Na obra, ele compara a cidade com um par de sapatos velhos, pelo carinho que inspiram. O monument, criado em 1946, é obra de Héctor Lombana Piñeres.

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Onde comer/beber

La Cevicheria

Impossível viajar àquela região e não experimentar uma das iguarias mais apreciadas, o ceviche. Em La Cevicheira, é possível experimentar um dos melhores da cidade. Recomendo pedir o trio, em que é possível provar de três preparações diferentes. O ambiente tem temática marítima e mesas na calçada. Um charme.

Cl. 39 #7 14, Cartagena, Bolívar, Colombia

La Casa de Socorro

Um restaurante com comida típica colombiana, em que se prova um bom peixe, patacones e arroz con coco. O preço é acessível e fica próximo à cidade murada. Parada obrigatório para conhecer o sabor de Cartagena.

Cl. 25 #8B-112, Cartagena, Bolívar, Colombia

La Cocina de Pepina

Serve a cozinha colombiana tradicional e revisitada. Os preços são um pouco mais salgados, mas vale a visita. Os pratos são sofisticados e cheios de sabor.

Cl. 25 #10B-6, Cartagena, Bolívar, Colombia

Bazurto Social Club

O lugar ideal para bons drinques e ouvir uma bela música. Mas o charme especial fica por conta do passado: era o bar favorito de Gabo.

Getsemaní, Av. del Centenario, Cra 9 #30-42.

Teléfono: +57 (5) 664 3124 / +57 317 648 1183

info@bazurtosocialclub.com

Cafe Havana

Uma das casas mais tradicionais da cidade serve bebidas e oferece ótima música cubana ao vivo. Salsa até dizer chega. O ambiente é incrível, como se fosse uma volta ao passado, já que fica em um autêntico clube de jazz dos anos 50. Mas os preços são bastante salgados. Só aguentamos um drinque e umas cervejas. Bem carinho.

ESQUINA, Cra. 10, Cartagena, Getsemaní, Colombia

La Casa del Habano

É uma charuteria. Basicamente um cubículo em que enrolam e vendem charutos cubanos. Mas, meus amigos, serve o melhor mojito de Cartagena e uns sanduíches dos deuses. O Ropa Vieja vale cada mordida. Mas assim, eu andei lendo que há outra (ao menos o endereço é diferente do que eu vi) e que é fake e tal, ou seja, não é parte da franquia a que diz fazer parte e que os charutos são falsificados. Não entrei lá pelos charutos, apesar de ter fumado, então tá de boa. De qualquer maneira, o botequinho em que entramos era perto do Cafe Havana e serviu um almocinho delícia.

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Onde ficar

Hotel Boutique Santa Ana

Além de charmoso, ofrece um café da manhã dos deuses e personalizado. O serviço é impecável e feito sob medida para casais. O hotel conta com piscina no terraço, redes e tem ótima localização. Próximo à Praça da Santíssima Trindade, local de efervescencia cultural. Além disso, é possível ir até a cidade murada a pé. Perfeito.

Calle del Carretero (29) No. 10B – 34 · Getsemaní · Cartagena · Colombia

Teléfono: (+575) 643 6125 · (+575) 643 6451

Móvil: (+57310) 586 1393 · (+57312) 584 8511 Solo Whatsapp

Email: info@casasantaana.net · infousa@casasantaana.net

Geórgia Santos

Feminismo versus Machismo

Geórgia Santos
8 de março de 2017

Dia Internacional da Mulher. Um dia escolhido para celebrar a força das mulheres e homenageá-las e parabenizá-las e exaltá-las. Mais do que isso, um dia escolhido para lembrar a luta que cada mulher trava todos os dias para conquistar seus direitos e espaços em uma sociedade em que o machismo é tão enraizado que sequer percebemos os padrões que reproduzimos.

Hoje pela manhã, cometi a asneira (que é quase sadismo) de das uma espiada no que estava sendo dito nos comentários de sites de notícia. Abri uma matéria do G1 sobre os desafios do Gênero em 2017 e dei de cara com isso:

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“Tem que proibir aborto sim. Não quer filhos, fecha as pernas” (Fernando)

“O Problema é que essas feminazis querem dar sem limites” (Daniel)

“Quando percebo que a cidadã é feminista eu me afasto, por que sei que tem a cabeça pequena, eu gosto de mulher feminina.” (Anônimo)

“Abriu as pernas tem que assumer (sic)” (Celso)

“Pra finalizar, criticar um machista, sendo feminista, é igual a criticar um bandido por roubar e fazer a mesma coisa…..” (Anônimo)

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São apenas cinco comentários, mas os problemas contextuais são tantos que mal sei por onde começar. Mas acho importante usar esse espaço pra debater algumas coisas.

O assunto em questão era o aborto. Eu entendo que não seja um tema que se restrinja à agenda feminista, afinal, envolve o conceito de onde começa a vida, a chamada bioética, a religião e mais uma série de variáveis. Eu, particularmente, sou a favor da regularização do aborto, mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso são alguns absurdos saltam aos olhos:

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  1. 1. Os comentários responsabilizam única e exclusivamente a mulher pela ocorrência da gravidez;
  1. 2. Comparam feministas, que nada mais são que mulheres que lutam por direitos iguais, com nazistas;
  1. 3. Falam de feministas como mulheres masculinizadas, exclusivamente. Feminista também pode usar batom vermelho, saia rodada e salto alto. E também pode ser masculina se quiser, ninguém tem nada com isso;
  1. 4. Mesclam a luta pela regularização do aborto a um dos mais antigos estereótipos a que as mulheres livres sexualmente são associadas: putas;
  1. 5. Por fim, o maior de todos os problemas, achar que feminismo é o mesmo que machismo.

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Diferença entre machismo e feminismo

Machismo é um conceito que se baseia na supervalorização do homem em detrimento da mulher. Machismo é quando uma mulher é desvalorizada ou prejudicada ou preterida pelo simples fato de ser mulher. Quando alguém comenta que uma mulher não serve pra determinada função, é machismo.

Feminismo é um movimento social e político que nasceu no final do século XIX com o objetivo de conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres. Quando alguém fala que uma mulher deveria ganhar o mesmo salario que o homem que exerce a mesma função, é feminismo.

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Percebe a diferença? O machista acha que o homem é melhor que a mulher, a feminista quer que homens e mulheres sejam tratados da mesma forma

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Sociedade machista

Somos tão machistas que temos a ousadia de manchar o feminismo com o sufixo “nazi”, uma expressão que lembra o pior da espécie humana. Somos tão machistas que temos a audácia de responsabilizar a mulher por uma gravidez. Somos tão machistas que temos a cara de pau de pagar 30% a menos às mulheres, pelo simples fato de falta de pênis. Somos tão machistas que odiamos a namorada do nosso amigo só porque ela existe pra ele. Somos tão machistas que acreditamos no fato de que mulher gordinha não presta. Somos tão machistas que levamos adiante a história de que mulher bem sucedida deu pra alguém. Somos tão machistas que nem percebemos que somos machistas.

Mas deu, né.

ECOO

Cabelo tonhonhóin, lindo e consciente – como hidratar os cabelos de maneira natural

Geórgia Santos
5 de março de 2017

 

Eu já falei aqui que resolvi encarar o desafio de mudar meus hábitos de consumo e passei a utilizar cosméticos naturais no meu corpo. E comecei pelos cabelos. Saí do comodismo dos cosméticos tradicionais para ser mais consciente – cuidar mais de mim e da terrinha ao evitar petrolatos e sulfatos. Pra mim é especialmente difícil porque meus cabelos são crespos e descoloridos (coisa que não faço mais), duplamente mais difíceis de cuidar (domar) do que fios lisos.

Para fazer essa transição, o indicado é começar de trás pra frente. Ou seja, primeiro substituir as máscaras de hidratação, depois os modeladores, o condicionador e então substituir o xampu químico por um natural – e de preferencia sólido para evitar a embalagem.

De cara, descobri A MELHOR MÁSCARA HIDRATANTE PARA CABELOS CRESPOS do mundo. Adivinha: óleo de oliva.

“Isso mesmo, azeite é melhor do que qualquer produto que eu tenha usado. E acredite, eu já usei muitos, caros e baratos, nacionais e importados”

Na verdade, o de oliva foi o que melhor funcionou para o meu tipo de cabelo, mas a ideia é utilizar óleos vegetais para hidratação capilar no lugar de produtos caros e cheios de química. E, pasmem, funciona inclusive para quem tem cabelo oleoso.

A técnica se chama umectação e consiste, basicamente, em aquecer o óleo e passar nos cabelos. Abaixo, veja como recuperar os seus cabelos de maneira natural, sustentável e cheirosa, sem agredir o meio ambiente e o nosso corpo.

MÁSCARA HIDRATANTE PARA CABELOS

½ xícara de óleo vegetal de sua preferência (só!)

  • Aqueça o óleo em banho maria até que ele esteja morno;
  • Divida o cabelo em mechas e aplique o óleo nas pontas ressecadas. Se o seu cabelo for seco, pode aplicar em todo o comprimento, apenas evite a raiz;
  • Massageie levemente enquanto aplica o óleo, para que o produto penetre nos fios;
  • Cubra com uma touca ou uma toalha morna e deixe agir por uma hora – se tiver tempo, pode deixar até duas, mas tome cuidado para não deixar o cabelo pesado. Melhor não arriscar se o seu cabelo for oleoso;
  • Depois é só lavar e ser linda =)

Há vários tipos de óleo vegetal que podem ser usados para hidratar o cabelo. Abaixo, uma listinha com as propriedade de cada um 😉

ÓLEO DE OLIVA

Ideal para cabelos cacheados. É rico em antioxidantes como vitaminas A e E. Nutre e repara o couro cabeludo, ajuda no combate à caspa e promove o crescimento do cabelo. Também tem propriedades anti-inflamatórias e hidrófilas, que ajudam na formação de uma camada protetora, além de intensa nutrição. Reduz o ressecamento dos cabelos danificados e reduz as pontas duplas e o frizz;

ÓLEO DE COCO

Ideal para cabelos secos e danificados. Rico em vitaminas E e K, além de ácidos graxos. Consegue penetrar profundamente nos fios, combate o ressecamento, pontas duplas e reduz o frizz. Promove restauração capilar e é um bom aliado no combate à caspa e coceiras;

ÓLEO DE JOJOBA

Ideal para cabelos oleosos. Por ter uma composição parecida a do óleo produzido pela pele humana, desintoxica o couro cabeludo e reduz o excesso de sebo. A região fica limpa além de estimular a circulação sanguínea. Mas verifique se óleo é realmente puro antes de usar no couro cabeludo;

 

ÓLEO DE RÍCINO

Ideal para cabelos finos e com intensa queda. Poderoso aliado contra a queda e quebra dos fios. Rico em vitamina E e sais minerais, estimula o crescimento do cabelo ao ser aplicado no couro cabeludo, além de auxiliar no tratamento da calvície. Também previne pontas duplas;