Raquel Grabauska

Papai noel existe?

Raquel Grabauska
21 de dezembro de 2018

Duas coisas me chocaram muito quando era pequena: descobrir como se faz um bebê e descobrir que o Papai Noel não existe. Ops. Espero que nenhuma criança esteja lendo. Sobre a primeira, falaremos outra hora…

A gente sempre acaba sabendo de uma história triste sobre a descoberta da não existência do bom velhinho. Essa semana mesmo ouvi uma.

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“Minha mãe fica sequeladada quando tá com sono. Quando era pequena, perguntei pra ela, que tava quase dormindo: Mãe, é verdade que papai noel não existe? E ela: Sim, é verdade. Segui: Nem a Fada do Dente? Nem. E o Coelhinho da Páscoa? Também não.” A mãe com sono contou TODA a verdade para a filha de cinco anos.

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Hoje mesmo meu filho me viu com dois presentes na mão. Comprei para meu irmão e cunhada. Ele perguntou para quem era. Eu respondi imediatamente: pro tio e pra tia. Ele: porquê? Eu respondi imediatamente: presente de Natal, ué? Ele: mas não é o Papai Noel quem dá? Eu: …

Ele tem sete anos. Sei que é o último Natal em que vai acreditar no Noel. E daí é certo que o de 4 também vai descobrir. Nunca fomos entusiastas do Natal, mas é divertido ver a fantasia que isso gera. Na nossa família, o Natal tem sido uma data em que nos reunimos para ficar juntos, e é bem bom. Somos uma família pequena, escolhemos passar essa data juntos. E é um dos dias mais bonitos do ano. Eu, que nunca gostei do Natal, agora espero esse dia numa ansiedade quase igual à das crianças que esperam o tão sonhado presente.

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Mas explicar para os filhos o porquê de pedir que eles doem brinquedos para as crianças que não têm presentes, sendo que o Papai Noel traz pra eles, é uma coisa que me faz querer fugir. A mistura das emoções que essa época e o cansaço do ano nos trazem.

 

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Faz uns anos que vi esse vídeo onde a Elke Maravilha conta sobre a origem do Natal. Sempre me emociona.

E dia desses vi um post em que a mãe consegue transformar a descoberta da inexistência do Papai Noel em um momento lindo com o filho.

 

Raquel Grabauska

Pra quem fazemos cultura?

Raquel Grabauska
14 de dezembro de 2018

Das primeiras coisas que lembro da infância, era minha mãe cantando pra eu dormir. Meus irmãos cantando pra eu crescer. Os livros que fui aprendendo a amar. Os quadros que eu não saberia pintar. Tem um filme que se chama Um dia sem mexicanos. Todos os mexicanos desaparecem de uma cidade americana, na Califórnia, e não há quem faça o trabalho pesado. Pensa num dia sem arte. Tua vida sem música, sem filme, sem, sem, sem…

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A arte está em tudo, o tempo todo. E porque não se valoriza isso? Porque sempre se acha o ingresso caro? Porque se pergunta se criança paga um ingresso em um espetáculo infantil? Porque acusam artista de vagabundo?

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Segundo dados atuais do IBGE, o orçamento da Lei Rouanet representa apenas  0,3% da renúncia fiscal da união, produzindo 400% de retorno e incremento pra cadeia produtiva. As atividades culturais e criativas já representam 2,6 do PIB do país. Vagabundos?

Ontem estava olhando um Edital da Petrobrás, em que pretendo inscrever um trabalho. Esse projeto vai ser para os teus filhos, para os filhos dos outros, para os filhos de quem não conhecemos. E li um comentário (nunca leio comentários, mas ontem, idiotamente eu li). O super mega inteligente e sensível escreveu: pra que arte? Outro: e continuamos pagando R$ 5,00 a gasolina. E outro: enquanto os hospitais estão sem recursos, essa bobagem…

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Sério que a arte faz todo esse mal?
Não seria o contrário? Tenta. Tenta ficar sem arte. 

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Essa semana lançamos um projeto no Catarse, sistema de financiamento coletivo. Não estamos esperando o governo ou um milagre. Contamos com nós mesmos e com quem aprecia e respeita a arte. Se puder, colabora. Senão puder colaborar, compartilha. E seguimos!

Raquel Grabauska

Banho de chuva

Raquel Grabauska
7 de dezembro de 2018

Das lembranças mais fortes que tenho da infância, os banhos de chuva sempre ganham

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Minha mãe era refugiada de guerra. O barulho de trovão remetia às bombas. Mal o tempo começava a nublar, se meu pai não estava em casa, ela nos fazia pular o muro da vizinha para nos refugiarmos. Banho de chuva era só quando o pai tava em casa. A mãe se escondia e o pai parava na porta, nos cuidando, permitindo, zelando. Ele nunca tomava banho de chuva conosco. Mas era visível o tanto que ele gostava de nos ver ali.

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Família humilde, o banho de chuva era uma diversão garantida, democrática

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Morávamos numa casa. O pátio era nosso navio, nosso castelo, o que coubesse na imaginação daquele dia. Com filhos numa cidade grande, os banhos de chuva me são mais raros do que gostaria. Hoje isso se desfez. Almoçamos com amigos queridos num lugar ao ar livre. Uma chuva repentina e intensa nos deixou atrapalhados. A ideia de brincar na praça foi pro brejo. Meu filho mais velho começou a brincar nas goteiras das calhas, de leve. Tentamos conversar de que não era o melhor momento. Pais ponderando. Todas as crianças se recolheram. Ele foi. Tão feliz. Com cara de que sabia que tava aprontando. E tão feliz! Saímos na chuva, os dois. Pisamos em poças, rimos, brincamos, lavamos as almas.

Lembrei da criança que eu fui. Me emocionei com a criança que ele é. Por mais banhos de chuva. Muito mais!

Raquel Grabauska

Chantagem – quem nunca?

Raquel Grabauska
30 de novembro de 2018

Eu nunca gostei de condicionar as coisas aqui em casa. Tipo: se não te comportar, não ganha… Pra mim sempre foi crucial combinar, explicar, dialogar. Como é lindo o mundo das mães na teoria. E quando tu tá atrasada pra uma reunião e o filho não consegue decidir qual brinquedo ele vai levar pra passear? E quando tá tudo pronto e ele toma um gole de água e um micro pingo na roupa é motivo de choro, escândalo, olhar sinistro dos vizinhos que pensam em te denunciar pro conselho tutelar? E quando tu conseguiu deixar tudo bem e do nada fica tudo ruim? E? E? E?

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Nada como uma boa psicologia do desespero. Daí a gente faz o que é possível. Conversa, negocia, tenta, tenta, tenta. E apela.
Bah, apelar é necessário. Quem nunca?
Se atirar a primeira pedra, é certo que só o fez por não ter filho

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Nessas horas em que já tentamos até o impossível, pensamos em mil soluções. Uma delas, claro, é a chantagem. Evita-se ao máximo. Mas tem vezes…

Essa semana meu filho mais velho queria fazer algo, nem lembro mais o que era. Eu não permiti. Ele ficou chateado. Mas mais chateado ficou o irmão mais novo, o defensor do mano. Eles insistiram. Eu mantive a negativa. Depois de argumentos, contra-argumentos, réplica, tréplica e o escambau, o mais novo diz:

(antes disso é importante citar que dia desses ele achou um creme meu e com a desculpa de me fazer massagem, desfez-se da metade do conteúdo)

– Mamãe, tu quer um creme novo? Pensa bem, mamãe, tu pode ganhar um creme novo.
– Porque, filho?
– Deixa o mano fazer o que ele quer.
– Não dá, filho.
– Mamãe, tu que sabe… Tu que decide se quer o creme ou não…

Ai do discípulo que não supere o mestre.

Raquel Grabauska

Meu filho (quase) fugiu de casa

Raquel Grabauska
23 de novembro de 2018

Meu filho mais novo tentou ir embora de casa pela primeira vez

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Estavam os dois irmãos mega brincando. Brincando de um jeito comovente. Até tentei entrar na brincadeira e me deram uma excluída. Fiquei na minha, deixa eles, é o espaço deles, blá,blá, blá. Mãe tentando ser madura. O mais velho cansou da brincadeira. O mais novo continuou. O mais velho pediu para parar. O mais novo continuou. Um pedia para parar, o outro continuava. E assim foi por um bom tempo.

O mais velho se irritou. Muito. Foi dar um chute no irmão. Não um chute qualquer. Eu vi que a mira era no rosto. Peguei o pé no ar.  Proferi um sermão da montanha. Os dois silenciaram. Depois do discurso voltei a respirar. Me dei conta do risco que havíamos corrido. Passou, pronto, passou…

Quando o mundo parou de girar, olhei para as duas crianças. O mais novo com cara de susto e o mais velho com cara de mais susto. Imaginei a minha cara de susto também. Percebemos os três que estava tudo bem. O mais novo começou uma manha. Expliquei que o que o mano tinha feito não era aceitável, mas que ele deveria ter parado quando foi pedido. Que ele deveria ter ouvido o não. Respeito.

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Nisso, vi que ele foi para perto da porta. Calçou os crocs, me olhou profundamente e girou a maçaneta

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Perguntei para onde ele ia e ele disse que precisava ir embora até eu querer ser uma boa mãe. O mais velho pediu pra ele não ir. Eu aproveitei a deixa e fiz aquela chantagem básica: "Ué, tu queria chutar o mano.” Horrível, eu sei. O mais novo assistindo a nossa conversa, com aquela cara. Daí disse: "O mano que escolhe se eu fico ou vou!"

Resumindo, os dois se abraçaram, foram juntos brincar  de novo. E eu fiquei assistindo.

Meu filho mais novo tentou ir embora de casa pela primeira vez

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Estavam os dois irmãos mega brincando. Brincando de um jeito comovente. Até tentei entrar na brincadeira e me deram uma excluída. Fiquei na minha, deixa eles, é o espaço deles, blá,blá, blá. Mãe tentando ser madura. O mais velho cansou da brincadeira. O mais novo continuou. O mais velho pediu para parar. O mais novo continuou. Um pedia para parar, o outro continuava. E assim foi por um bom tempo.

O mais velho se irritou. Muito. Foi dar um chute no irmão. Não um chute qualquer. Eu vi que a mira era no rosto. Peguei o pé no ar.  Proferi um sermão da montanha. Os dois silenciaram. Depois do discurso voltei a respirar. Me dei conta do risco que havíamos corrido. Passou, pronto, passou…

Quando o mundo parou de girar, olhei para as duas crianças. O mais novo com cara de susto e o mais velho com cara de mais susto. Imaginei a minha cara de susto também. Percebemos os três que estava tudo bem. O mais novo começou uma manha. Expliquei que o que o mano tinha feito não era aceitável, mas que ele deveria ter parado quando foi pedido. Que ele deveria ter ouvido o não. Respeito.

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Nisso, vi que ele foi para perto da porta. Calçou os crocs, me olhou profundamente e girou a maçaneta

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Perguntei para onde ele ia e ele disse que precisava ir embora até eu querer ser uma boa mãe. O mais velho pediu pra ele não ir. Eu aproveitei a deixa e fiz aquela chantagem básica: “Ué, tu queria chutar o mano.” Horrível, eu sei. O mais novo assistindo a nossa conversa, com aquela cara. Daí disse: “O mano que escolhe se eu fico ou vou!”

Resumindo, os dois se abraçaram, foram juntos brincar  de novo. E eu fiquei assistindo.

Raquel Grabauska

Dois dentes moles

Geórgia Santos
16 de novembro de 2018

Eu escrevi semana passada sobre o terror que foi levar meus filhos ao teatro. Escrevi esses tempos sobre a fada do dente. Nesta semana, tudo se misturou. Benjamim, meu filho mais velho, tem 7 anos. Para seu desespero, nunca teve um dente mole. Precisou arrancar dois, pois os permanentes nasceram antes de caírem os de leite.

Todos os colegas com os dentes moles, banguelinhas. Menos ele. Mil perguntas dele sobre o porquê disso. Mil explicações nossas sobre a diferença das pessoas (e aí a mãe já aproveita para dar todos os discursos sobre respeito, diversidade… pobre criança!). Pois bem, amoleceu o primeiro dente, finalmente. E o segundo. E amoleci eu. E ele. Amolecemos todos. Isso nos aproximou de um jeito que nem pensei que podia, pois já tinha sentido todo o amor do mundo, não sei como pode caber mais ainda.

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Sete anos. Dente mole. Outra fase. Ele está crescendo

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Depois do chilique no teatro na semana passada, fiquei pensando no que significava minha profissão. Se meu modo de apresentar as coisas para meus filhos era acertado. Aquelas dúvidas que a gente tem por não existir manual para criar filhos. Pois bem…

No dia do primeiro dente mole, fui ficar com ele na hora de dormir. Já estava bem emocionada, vendo ele deitado, meu bebê que cresceu, que está crescendo, que vai crescer mais e sair de casa, e… (disfarça as lágrimas pra não ter que explicar todo esse pensamento pra ele). Ele me diz: tu pode fazer uma música da fada do dente? E um pouco depois: e uma peça também?

Pronto. Amoleci, derreti, desintegrei de amor. Claro que posso, filho. Todas as minhas dúvidas sumiram naquele instante. Me dei conta de que tá tudo bem. Que teremos fases, as dele e as minhas. E as nossas. E tá tudo bem se ele não quiser ir no teatro.

Raquel Grabauska

O drama da Feira do Livro

Raquel Grabauska
9 de novembro de 2018

Desde que foram concebidos os guris estiveram no palco. Criei espetáculos com eles na barriga, apresentei até 15 dias antes do parto, voltei a apresentar quando tinham três meses. Crianças de cochia. Familiarizados com a arte, com o palco, com a movimentação do ofício da mãe.

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Agora, tenta ir numa peça com eles!!!!!

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Fui na Feira do Livro. Para convencer a entrar no auditório, quase rolou chantagem. Da minha parte, é claro. Quando o espetáculo começou, os ouvidos doíam que iam explodir. Sendo que o era no mínimo mil vezes mais baixo do que qualquer grito deles.

O mais velho tinha um livro nas mãos. Isso foi ajudando. Um pouco olhava o livro, um pouco a peça. Lá pelas tantas, via algo bem legal no livro e eu tinha que fazer um delicado “psssssst!” para os mil comentários sobre o que ele tinha visto. O mais novo teve a ideia genial de levar um boneco de Lego.

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Claro, quando o mais velho estava concentrado na peça, o boneco maldito caiu arquibancada abaixo. Mas não todo o boneco. Só o capacete. Preto. No paralelepípedo. Embaixo da arquibancada.

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Adivinhem quantos dois segundos demorou para o choro? O pai das crianças já estava embaixo da arquibancada procurando. Eu tentando manter alguma dignidade. A peça lá no palco. Aí mais velho fala: “mamãe, o papai não pode ir ali! Eles avisaram que não podia ir! Se caísse algo era pra chamar alguém de azul!” E explica pra ele. O pai embaixo. O irmão chorando. A peça acabou.

Alguns bons samaritanos do público, entendendo o drama, ajudaram a procurar. A equipe de produção TODA ajudou a procurar. Quando as lágrimas já estavam secas e ele quase conformado, nós já indo embora, o pai achou. Super pai, super herói. Me deu vontade de acender fogos de artifício.

Enquanto isso,  filha da minha amiga que não é do teatro, depois de assistir a peça toda, estava olhando os livros.

Raquel Grabauska

Um dia depois do primeiro turno

Raquel Grabauska
26 de outubro de 2018

Acordar triste e ter que explicar para o meu filho de sete anos os resultados das eleições. Eu estava até indo bem. Ele me fez umas 3500 perguntas. Quando expliquei que um dos motivos para não aceitar Bolsonaro era o fato de ele acreditar que mulher deve receber um salário menor por causa da gravidez, ele me disse:

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Mamãe, isso é um absurdo! A mulher engravida para dar vida para os homens!

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Eu deixei ele no colégio, dei tchau, andei 100 metros, desliguei o carro e chorei. Quero um mundo em que meu filho de sete anos não tenha que pensar nisso. Nem o teu filho. Nem o de ninguém. Que nenhuma criança ou adulto sofra por ser o que for. Cor, sexo, corpo, tamanho. Somos todos. Nossa diferença nos torna únicos. Por um mundo em que todos os iguais possam ser diferentes. É o que desejo para os meus filhos. Para os teus. Para os nossos.

Raquel Grabauska

O monstro da fome

Raquel Grabauska
19 de outubro de 2018

Eu sempre tentei ser uma pessoa legal. Claro, tem vezes que a gente não consegue. Daí é a hora de ser legal com a gente, se perdoar, seguir em frente e tentar não cair no mesmo buraco outra vez. Quando temos filho, acerto e erro são, por vezes, desesperadores. A pressão que se cria é algo quase possível de entender ou sentir.

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Ver os filhos cometendo os teus mesmos erros, explicitando os teus próprios defeitos é um exercício difícil de amadurecimento, para todos

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Meu filho mais velho fica mega furioso quando está com fome. Normalmente ele é bastante calmo, mas vira uma fera, respondão, intratável, irracional. Igual a mim antes de ter ele. I-G-U-A-L! Hoje ele teve um mega ataque de fome: “vocês vão me matar de foooomeee!” E dizendo isso de verdade, sentindo de verdade. Eu sei. Eu era igual, igual, igual.  Quando deu a primeira garfada, o monstro desapareceu e ele voltou a sorrir e conversar normalmente.

Expliquei pra ele que era assim comigo também antes dele. Ele ficou surpreso: “como tu fez pra melhorar”. Eu ri e expliquei que quando nasce um filho, a gente esquece, muitas vezes, da gente, porque nosso instinto se volta todo para a cria. Expliquei que não entendia muito como, mas que tinha mudado. E ele: então sou teu milagre!

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Sim, meu milagre. Indescritível enxergar o meu humor nele. O sorriso. As caretas. Indescritível me enxergar nele. Isso sim é o verdadeiro milagre

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E depois de escrever, fui fazê-lo dormir. Do nada: mamãe, sabia que eu tenho uma marca de nascença que tu me deu? Eu já tava emocionada e perguntei: qual? Ele: a imaginação. A criatividade. Meu milagre. Meu milagre.

Raquel Grabauska

Dia das Crianças . O que elas fariam na presidência da República?

Geórgia Santos
12 de outubro de 2018

“Fazia tudo ficar mais barato. O Macdonalds viraria uma loja de brinquedos. E proibiria comida com agrotóxico no mundo todo. Eu quero ser presidente do mundo. “
Benjamin, 7 anos

Eu decretaria “o dia da bagunça!”
Tom, 4 anos

“Se eu fosse presidente eu ia tratar as pessoas bem e as meninas, mulheres iam ganhar a mesma coisa que meninos, homens. Também ia deixar as pessoas casarem com quem elas quisessem. Eu também vou dar dinheiro para as pessoa pobres”
Anita, 5 anos

“Se eu fosse o presidente,  eu iria investir em tecnologia nacional de extração e transformação de matérias primas,  além de computadores e softwares, também nacionais,  para não termos que pagar um centavo pro exterior nessa área.  E também eu iria investir na educação,  para ter mão de obra para fazer isso.”
Samuel, 13 anos

“Eu só faria coisas importantes para as pessoas. Água, comida e brincadeiras”
Nicolas, 4 anos

“Eu não roubaria dinheiro da merenda das crianças, eu acabaria com a pobreza, reforçaria a polícia, faria justiça, eu pagaria o salário dos trabalhadores, eu mandaria mais pessoas taparem os buracos das ruas, defenderia os direitos dos gays, dos negros e das mulheres, pararia o tráfico de drogas e investiria na educação e na cultura.”
Franco, 10 anos

“Eu melhoria a economia primeiro, cortando os salários de todos os políticos e depois iria pensar em causas sociais.”
Lucca, 13 anos

“Eu queria um país que não tivesse tênis de cadarço, porque eu não gosto de amarrar cadarço. E depois, eu ia acabar com essas brigas que um fica falando que um é ruim, que o outro não é bom pro Brasil. Eu ia chegar e falar assim, ó: olha aqui, agora eu sou a presidente do Brasil, vamos acabar com essa briga, porque isso aqui é só pra diversão.”
Alice, 7 anos

“ Eu ia tocar violão”
Peterson, 5 anos

“Eu ia fazer todo o bem pras pessoas.”
Gabriel, 7 anos

“Eu faria um país melhor. Sem falta de emprego, emprego pra todo mundo, digno. E comida pra todo mundo.”
Gabriela, 9 anos

“Quem poluísse o planeta, iria pra cadeia, porque não pode poluir. Deveria ser assim. Não pode poluir. Porque se polui, tu acaba te matando e mata todo mundo, porque uma hora acabam as coisas. E também acharia um jeito de criar meios de transporte que não gaste nada de energia elétrica e nem nada de poluir o planeta, porque energia elétrica vem da água, da natureza. ”
Arthur, 8 anos

“Ia ter sorvete grátis!”
Duda, 4 anos