OUÇA Bendita Sois Vós #14 Por que precisamos de cultura?
Geórgia Santos
21 de dezembro de 2018
Neste ano, a classe artística foi tirada pra Cristo, como se diz na linguagem popular. Mas depois da crucificação, só mais pregos. E no Brasil de Bolsonaro que se desenha, a classe artística precisa resistir. Por que precisamos de cultura? É isso que a gente pergunta no Bendita Sois Vós desta semana.
O programa foi itinerante, gravado no Mondo Cane, o Bar do Fantaspoa. Geórgia Santos e Flávia Cunha conversam com Raquel Grabauska, Camila Toledo e Graziela Ferst sobre os desafios na área do teatro, música e cinema. Os desafios para quem faz arte.
Nos Sobre Nós, O Vizinho, de Rainier Rilke. Porque a arte não deixa ninguém só.
OUÇA Bendita Sois Vós #13 Quem são os ministros de Bolsonaro?
Geórgia Santos
14 de dezembro de 2018
O governo de Jair Bolsonaro já está desenhado. O presidente eleito pretendia ter 15 ministérios, deve ficar com 22 – mas o Ministério do Trabalho foi extinto.Entre os ministros, sete militares, o mesmo número de militares que ocuparam ministérios no governo do General Costa e Silva. Mas quem são os ministros de Bolsonaro? E o que essas escolhas representam em termos de tendência?
Os jornalistas Geórgia Santos, Tércio Saccol e Igor Natusch discutem os nomes do novo governo e entrevistam o sociólogo Fernando Cotanda, coordenador do curso de Pós-Graduação em Relações do Trabalho da UFRGS. Ele fala sobre a extinção do Ministério do Trabalho. Evelin Argenta conversa com Carlo Rittl, secretário -executivo do Observatório do Clima, sobre a indicação controversa para o Ministério do Meio Ambiente. Ele falou ao Vós diretamente da COP24, na Polônia.
No Sobre Nós, Raquel Grabauska e Angelo Primon trazem “A Fuga”, de Clarice Lispector, como uma provocação a algumas das ideias ventiladas no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Maurem Kayna . O Conto da Aia e a distopia presente
Flávia Cunha
11 de dezembro de 2018
O Brasil atual e OConto da Aia guardam semelhanças assustadoras. A declaração de uma futura ministra de que “as mulheres nasceram para serem mães” é o símbolo do retrocesso que vivemos diariamente e conferimos nos noticiários.
A pedido da coluna Voos Literários, a escritora Maurem Kayna fez uma poderosa reflexão sobre o livro da escritora canadense Margaret Atwood. O Conto da Aia também pode ser conferido em formato de série, sucesso de público e crítica. A segunda temporada estreou no segundo semestre de 2018 no Brasil.
Maurem define-se como “sempre curiosa, em geral um tanto perplexa com o mundo, permanece convicta de que a Literatura tem o poder de abastecer a Vida e mover rumos”. Para saber mais sobre a autora, acessem seu site.
Mas vamos ao texto. Boa leitura!
“Uma distopia presente”
A diferença entre distopias e utopias não tem a ver apenas com o caráter negativo de um em oposição às expectativas positivas do outro. Tampouco com a suposta distância à frente no tempo. O mais aterrador é a diferença de probabilidade. Os fatos têm mostrado que as chances de concretização das distopias é bem maior que o das utopias, pelo menos até esse ponto da história.
Se pensarmos no tanto que há de 1984 (George Orwell), Admirável Mundo Novo (Aldoux Huxley) e 1985 (Anthony Burgess) no nosso cotidiano, o Conto da Aia fica ainda mais assustador. Aliás, ele é tão estarrecedor não porque suscita o temor de que as situações narradas nos assolem em um futuro indefinido, mas porque muitos dos absurdos vivenciados pela protagonista e por todas as mulheres do livro já acontecem hoje em alguma medida. Ditaduras vinculadas a correntes religiosas existem, países onde mulheres não tem nenhum direito também existem, a crueldade de mulheres com outras que vivem uma condição distinta da sua também existe, e nem precisamos cruzar fronteiras para ver isso acontecendo. Se tudo no livro parecer exagerado, é bom prestar atenção a um trecho dos primeiros capítulos:
As matérias de jornais eram como sonhos para nós, sonhos ruins sonhados por outros. Que horror, dizíamos, e eram, mas eram horrores sem ser críveis. Eram demasiado melodramáticas, tinham uma dimensão que não era a dimensão de nossas vidas.
Éramos as pessoas que não estavam nos jornais. Vivíamos nos espaços brancos não preenchidos nas margens da matéria impressa. Isso nos dava mais liberdade.
Vivíamos nas lacunas entre as matérias.
Muito provavelmente a maior parte das leitoras (e digo assim no feminino porque mesmo que os leitores homens se sensibilizem com as desventuras das mulheres da narrativa, terão dificuldade de entender o que é sentir na pele algumas das situações narradas) enfrentará uma leitura entrecortada de pausas e angústia. O livro todo é devastador, não porque apresente um cenário sanguinário – ainda que haja algumas cenas de violência. A fonte de agonia do leitor é mais pulsante nos trechos onde o silêncio imposto molda os movimentos e decisões das personagens.
A aia, cujo nome não saberemos porque todas as aias perderam o direito a um nome próprio para serem referidas como uma propriedade de seus comandantes, é quieta e passa pela patrulha moral que qualquer mulher em nossa sociedade enfrenta.
Evito olhar para baixo, para meu corpo, não tanto porque seja vergonhoso ou impudico mas porque não quero vê-lo. Não quero olhar para alguma coisa que me determine tão completamente.
Há um ponto da narrativa que me tocou fundo. Quando a aia recorda o momento chave em que as perdas de direito das mulheres se estabeleceu, a reação do seu parceiro é muito significativa. Ele lhe pede calma e promete cuidar dela, enquanto ela reconhece estar sendo tratada como criança, ao mesmo tempo em que se recrimina, acusando a si mesma de paranoica por sentir o desconforto que sente.
Houve passeatas, é claro, muitas mulheres e alguns homens. Mas foram menores do que se teria imaginado. […]
Ele não se importa com isso, pensei. Não se importa nem um pouco. Talvez até goste disso. Não somos mais um do outro, não mais. Em vez disso, eu sou dele.
Os dois lampejos de esperança do livro, porém, tem a ver com o poder da amizade e com as várias e sutis resistências à norma vigente. A força que o afeto por alguém pode nos insuflar é um alento. Seja a amizade, seja o afeto que se entrelaça no corpo por conta da atração sexual. A aia tem uma amiga indócil e deseja que ela não desista, que não se submeta, que consiga salvar a própria pele ao mesmo tempo que deseja na amiga uma bravura que não consegue localizar em si mesma.
Sob o tecido coeso da tirania, também há o bálsamo de uma rede de solidariedade, a forma mais robusta de resistir, que requer, algumas vezes, uma coragem quase.
Uma simbologia interessante do livro é que dos dezesseis capítulos, sete tem “Noite” como título. São tempos escuros esses narrados por Atwood. E depois de tanta escuridão, temos um epílogo cuja função talvez seja nos fazer suportar a história pela certeza da sucessão dos regimes, uma maneira de nos assegurar que o passar do tempo sempre desacomoda qualquer regime – para o bem e para o mal.
Quando terminei a leitura do Conto da Aia, estava em uma cidade com muitas muçulmanas e a cada uma que encontrava envolta em véus e aquilo que minha vivência ocidental só consegue nomear como aceitação, sentia recrudescer a angústia da leitura. E ao revisitar os trechos sublinhados novas perguntas e novas esperanças me invadem.
Tenho o pão suficiente de cada dia, então não perderei tempo com isso. Não é o problema principal. O problema é engoli-lo sem sufocar com ele.
OUÇA Bendita Sois Vós #12 A bancada evangélica ameaça o estado laico?
Geórgia Santos
7 de dezembro de 2018
Mesmo antes da eleição já se notava a forte presença da igreja evangélica na política, com a bancada na Câmara dando o tom de discussões sobre gênero, por exemplo. Durante o pleito, os evangélicos comandaram a narrativa. E agora, na transição para o novo governo, dão as cartas inclusive na escolha de ministros. Diante disso, resta a dúvida: a bancada evangélica ameaça o estado laico? Participam do programa os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol.
O antropólogo Eduardo Dullo, coordenador do Núcleo de Estudos da Religião da UFRGS, explica como e quando o Brasil se tornou um Estado laico e se o é, de fato, e de que forma as igrejas Católica e Evangélica participam da política nacional. Evelin Argenta ainda conversa com o sociólogo Edin Abumanssur, da PUC-SP, que explica a atuação da bancada evangélica no Congresso.
No Sobre Nós, Raquel Grabauska e Angelo Primon trazem o texto “O que é religião”, de Rubem Alves.
Como ser oposição ao presidente eleito e seus ideais conservadores sem cair em discursos de ódio ou em utopias inalcançáveis?
O termo resistência, utilizado com o objetivo de unir os opositores ao futuro governo, independente de partidos políticos, enfrenta críticas dos eleitores de Bolsonaro. Mas desde quando resistir é algo pejorativo? Ou violento?
Um exemplo de que é possível reagir a momentos difíceis de maneira positiva encontra-se no livro A Resistência, do celebrado escritor argentino Ernesto Sabato, falecido aos 99 anos, em 2011. A obra, lançada em 2000, constitui-se de cartas com alentos e conselhos aos leitore, com um teor extremamente atual.
Na carta intitulada A Resistência, o escritor pondera como ter uma postura combativa em meio aos compromissos impostos pela vida cotidiana:
Acredito que é preciso resistir: esse tem sido meu lema. Hoje, contudo, muitas vezes me pergunto como encarnar essa palavra. Antes, quando a vida era menos dura, eu teria entendido por resistência um ato heróico, como negar-se a continuar sobre este trem que nos leva à loucura e ao infortúnio. Mas pode-se pedir às pessoas tomadas pela vertigem que se rebelem? Pode-se pedir aos homens e às mulheres do meu país que se neguem a pertencer a esse capitalismo selvagem, quando eles têm de sustentar os filhos e os pais? Se eles carregam tal responsabilidade, como poderiam abandonar essa vida?”
No trecho final da carta A Resistência, Ernesto Sabato aconselha a resistir por meio de pequenos atos e também dos afetos:
Os homens encontram nas próprias crises a força para sua superação. Assim o demonstraram tantos homens e mulheres que, contando apenas com sua tenacidade e sua valentia, lutaram e venceram as sangrentas tiranias do nosso continente. O ser humano sabe fazer dos obstáculos novos caminhos, porque à vida basta o espaço de uma fresta para renascer. […] Não deixarmos desperdiçar a graça dos pequenos momentos de liberdade de que podemos desfrutar: uma mesa compartilhada com pessoas que amamos, umas criaturas que amparemos, uma caminhada entre as árvores, a gratidão de um abraço. Gestos de coragem como saltar de uma casa em chamas. Não são atos racionais, mas isso não importa: nós nos salvaremos pelos afetos.
O mundo nada pode contra um homem que canta na miséria.”
E é com muita esperança e afeto que convido a todos que estiverem em Porto Alegre (RS) no dia 17 de dezembro, às 20h, a comparecerem ao evento Resistência Cultural em Debate. Serei a mediadora da conversa entre três mulheres atuantes no meio cultural da cidade e do Estado: a cantora e jornalista Camila Toledo, a produtora-executiva de cinema Graziella Ferst e a atriz, diretora e produtora teatral Raquel Grabauska.
A ideia é fazer uma roda de conversa não apenas de produtores culturais e artistas, mas de todos aqueles que querem apoiar a Arte e a Cultura no Brasil.
O momento é de união, reflexão e apoio mútuo. Compareçam.
Mesmo com maior representatividade, percentual de mulheres no Congresso está abaixo da média da população
Évelin Argenta
4 de dezembro de 2018
Brasilia DF 11 07 2018-Sessão do Congresso Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada a deliberação da Lei de Diretrizees Orçamentárias (LDO) e créditos suplementares (projetos de Lei do Congresso Nacional nºs 13, 9, 10 e 2 de 2018).Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
As eleições de 2018 mostraram um avanço das mulheres na Câmara dos Deputados. Em 2019 teremos 50% mais mulheres na Casa Legislativa do que havia em 2015, quando as eleitas em 2014 tomaram posse. No pleito de 07 de outubro foram eleitas 77 deputadas federais, 26 a mais do que em 2014. Isso quer dizer que a nova Câmara vai ter 15% de mulheres na sua composição.
Mesmo com a melhoria na representatividade feminina de forma geral no legislativo, a proporção de mulheres segue abaixo do encontrado na população brasileira. No país, de acordo com dados do IBGE, a cada 10 pessoas, pelo menos 5 são do gênero feminino.
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Mulheres da Câmara Federal
Segundo dados colhidos pelo Vós junto ao Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), apesar do aumento no número de deputadas federais, três estados não elegeram nenhuma mulher para o cargo: Amazonas, Maranhão e Sergipe.
No caso das Assembleias estaduais, em 2018 foram eleitas 161 deputadas, aumento de 35% em relação a 2014. São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados que mais elegeram mulheres para a Câmara. O estado paulista terá 18 representantes mulheres, sete a mais do que no último pleito. Já o estado fluminense elegeu 12 mulheres. Em São Paulo está a deputada federal mais votada no país. A jornalista Joyce Hasselmann, do PSL – partido do presidente eleito Jair Bolsonaro – recebeu mais de um milhão de votos.
Ainda na Câmara dos Deputados, aumentou o número de negras: de 10 para 13 e de brancas: 41 para 63. Em 2019 também teremos a primeira mulher indígena no Congresso Nacional: Joenia Wapichana, da Rede, foi eleita por Roraima.
Dentro dos partidos
O PT (Partido dos Trabalhadores), que ficou com a maior bancada na Câmara, também foi o que mais elegeu mulheres: são 10 deputadas entre as 56 cadeiras que o partido conquistou. Em seguida vem o PSL (Partido Social Liberal), do candidato presidencial Jair Bolsonaro. Com nove mulheres, o PSL tem a segunda maior bancada na casa, com 52 parlamentares. Depois deles, o PSDB aparece em terceiro com maior número de mulheres na Câmara: serão oito deputadas entre os 29 eleitos.
O único partido que conquistou a paridade entre homens e mulheres foi o PSOL. O partido elegeu 10 parlamentares, cinco homens e cinco mulheres. O PTC também tem uma divisão de 50% entre os gêneros na bancada, mas elegeu apenas dois parlamentares e não atingiu a cláusula de barreira. O PCdoB, que também não atingiu a cláusula, chegou perto da paridade: cinco homens e quatro mulheres.
Família ê, família á…
Ainda segundo o Diap, pelo menos oito parlamentares eleitas em 2018 chegaram ao posto possuindo parentesco com políticos tradicionais. No Distrito Federal, por exemplo, a campeã de votos Flávia Arruda (PR) é mulher do ex-governador José Roberto Arruda. Do Espírito Santo, retornará à Câmara Federal, a empresária e música, Lauriete Rodrigues (PR), esposa do senador não reeleito Magno Malta. No Paraná, foi eleita a deputada mais jovem: Luisa Canziani (PR), que tem 22 anos. A estudante é filha do deputado Alex Canziani,que não foi eleito para o Senado Federal neste ano. No Rio de Janeiro, foi eleita Daniela do Waguinho (MDB-RJ), mulher do prefeito de Berlfor Roxo.
Outra deputada que chegará à Câmara com sobrenome tradicional na política é a advogada e empresária Jaqueline Cassol (PP), irmã do senador por Rondônia, Ivo Cassol. Entre as atuais deputadas, renovaram os mandatos: Clarissa Garotinho (Pros-RJ), filha do ex-governador Anthony Garotinho; Soraya Santos (PR), que é casada com o ex-deputado federal Alexandre Santos; e Rejane Dias (PT), a campeã de votos no Piauí (138.800), que é mulher do governador reeleito Wellington Dias.
Mulheres no Senado
Já no Senado, os dados do Diap mostram que a bancada de mulheres para os próximos quatro anos será menor do que a atual, apesar do número recorde de candidaturas no pleito. Conforme dados do Supremo Tribunal Federal, ao todo, 62 candidatas se cadastraram para tentar ocupar as 54 cadeiras. Com sete senadoras eleitas e uma vaga de suplente assumida, a Casa terá doze senadoras, uma a menos do que o grupo atual.
As sete novas senadoras que tomarão posse em 2019 são: Leila do Vôlei (PSB-DF), Eliziane Gama (PPS-MA), Soraya Thronicke (PSL-MS), Juíza Selma Arruda (PSL-MT), Daniella Ribeiro (PP-PB), Drª Zenaide Maia (PHS-RN) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
BANCADA FEMININA *
PARLAMENTAR
PARTIDO
UF
MANDATOS
VOTAÇÃO 2018
IDADE
SITUAÇÃO
PROFISSÃO
Jéssica Sales
MDB
AC
2º
28.717
38
Reeleita
Médica
Perpetua Almeida
PCdoB
AC
4º
18.374
54
Nova
Professora e Bancária
Mara Rocha
PSDB
AC
1º
40.047
45
Nova
Empresária
Drª Vanda Milani
SDD
AC
1º
22.219
65
Nova
Magistrada
Teresa Nelma
MDB
AL
1º
44.207
61
Nova
Professora
Leda Sadala
Avante
AP
1º
11.301
52
Nova
Contadora
Professora Marcivânia
PCdoB
AP
3º
14.196
45
Reeleita
Professora de Ensino Médio
Aline Gurgel
PRB
AP
1º
16.519
38
Nova
Advogada
Alice Portugal
PCdoB
BA
5º
126.595
59
Reeleita
Química Industrial e Farmacêutica Bioquímica
Lídice da Mata
PSB
BA
3º
104.348
62
Nova
Economista
Profª Dayane Pimentel
PSL
BA
1º
136.742
32
Nova
Professora de ensino superior
Luizianne
PT
CE
2º
173.777
50
Reeleita
Jornalista e Professora de Ensino Superior
Celina Leão
PP
DF
1º
31.610
41
Nova
Administradora
Paula Belmonte
PPS
DF
1º
46.069
45
Nova
Empresária
Flavia Arruda
PR
DF
1º
121.340
38
Nova
Empresária e professora
Bia Kicis
PRP
DF
1º
86.415
57
Nova
Advogada
Érika Kokay
PT
DF
3º
89.986
61
Reeleita
Bancária
Norma Ayub
DEM
ES
2º
57.156
59
Reeleita
Servidora Pública Estadual
Lauriete
PR
ES
2º
51.983
48
Nova
Empresária e Música
Dra. Soraya Manato
PSL
ES
1º
57.741
57
Nova
Médica
Flávia Morais
PDT
GO
3º
169.774
49
Reeleita
Professora de Educação Física
Magda Mofatto
PR
GO
3º
88.894
70
Reeleita
Empresária
Greyce Elias
Avante
MG
1º
37.620
37
Nova
Advogada
Alê Silva
PSL
MG
1º
48.043
44
Nova
Advogada
Aurea Carolina
PSol
MG
1º
162.740
35
Nova
Socióloga e Cientista Política
Margarida Salomão
PT
MG
3º
89.378
68
Reeleita
Professora Universitária e Escritora
Tereza Cristina
DEM
MS
2º
75.068
64
Reeleita
Engenheira Agrônoma e Empresária
Rose Modesto
PSDB
MS
1º
120.901
40
Nova
Servidor Público Estadual
Professora Rosa Neide
PT
MT
1º
51.015
55
Nova
Professora
Elcione Barbalho
MDB
PA
6º
165.202
74
Reeleita
Empresária
Edna Henrique
PSDB
PB
1º
69.935
60
Nova
Delegada
Marília Arraes
PT
PE
1º
193.108
34
Nova
Advogada
Iracema Portella
PP
PI
3º
96.277
52
Reeleita
Empresária
Margarete Coelho
PP
PI
1º
76.338
57
Nova
Servidora Pública do Estado
Rejane Dias
PT
PI
2º
138.800
46
Reeleita
Administradora
Dra. Marina
PTC
PI
1º
70.828
38
Nova
Médica
Christiane de Souza Yared
PR
PR
2º
107.636
58
Reeleita
Empresária e Pastora
Aline Sleutjes
PSL
PR
1º
33.628
39
Nova
Agente Administrativo
Gleisi Lula
PT
PR
1º
212.513
53
Nova
Advogada
Luisa Canziani
PTB
PR
1º
90.249
22
Nova
Estudante
Leandre
PV
PR
2º
123.958
43
Reeleita
Engenheira
Daniela do Waguinho
MDB
RJ
1º
136.286
42
Nova
Professora
Jandira Feghali
PCdoB
RJ
7º
71.646
61
Reeleita
Médica e Música
Soraya Santos
PR
RJ
2º
48.328
60
Reeleita
Advogada
Rosângela Gomes
PRB
RJ
2º
63.952
52
Reeleita
Bacharel em Direito
Clarissa Garotinho
PROS
RJ
2º
35.131
36
Reeleita
Jornalista
Flordelis
PSD
RJ
1º
196.959
57
Nova
Administradora
Chris Tonietto
PSL
RJ
1º
38.525
27
Nova
Advogada
Major Fabiana
PSL
RJ
1º
57.611
38
Nova
Policial Militar
Talíria Petrone
PSol
RJ
1º
107.317
33
Nova
Professora
Benedita da Silva
PT
RJ
5º
44.804
76
Reeleita
Assistente Social
Natalia Bonavides
PT
RN
1º
112.998
30
Nova
Advogada
Silvia Cristina
PDT
RO
1º
33.038
44
Nova
Jornalista
Jaqueline Cassol
PP
RO
1º
34.193
44
Nova
Advogada
Mariana Carvalho
PSDB
RO
2º
38.776
32
Reeleita
Médica e Música
Shéridan
PSDB
RR
2º
12.129
34
Reeleita
Psicóloga
Joenia Wapichana
Rede
RR
1º
8.491
45
Nova
Advogada
Liziane Bayer
PSB
RS
1º
52.977
37
Nova
Pastora
Fernanda Melchionna
PSOL
RS
1º
114.302
34
Nova
Bancária e Bibliotecária
Maria do Rosário
PT
RS
5º
97.303
52
Reeleita
Professora
Angela Amin
PP
SC
2º
86.189
65
Nova
Professora
Carmem Zanotto
PPS
SC
3º
84.703
56
Reeleita
Enfermeira
Geovania de Sá
PSDB
SC
2º
101.937
46
Reeleita
Administradora
Caroline de Toni
PSL
SC
1º
109.363
32
Nova
Advogada
Adriana Ventura
NOVO
SP
1º
64.341
49
Nova
Administradora
Tabata Amaral
PDT
SP
1º
264.450
25
Nova
Cientista Política e Astrofísica
Renata Abreu
PODE
SP
2º
161.239
36
Reeleita
Empresária e Advogada
Policial Katia Sastre
PR
SP
1º
264.013
42
Nova
Policial Militar
Maria Rosas
PRB
SP
1º
71.745
53
Nova
Administradora
Rosana Valle
PSB
SP
1º
106.100
49
Nova
Jornalista
Bruna Furlan
PSDB
SP
3º
126.847
35
Reeleita
Bacharel em Direito e Empresária
Carla Zambelli
PSL
SP
1º
76.306
38
Nova
Gerente
Joice Hasselmann
PSL
SP
1º
1.078.666
40
Nova
Jornalista
Luiza Erundina
PSOL
SP
6º
176.883
84
Reeleita
Assistente Social
Sâmia Bomfim
PSOL
sp
1º
249.887
29
Nova
Servidora Pública Municipal
Professora Dorinha Seabra Rezende
DEM
TO
3º
48.008
54
Reeleita
Empresária e Professora Universitária
Dulce Miranda
MDB
TO
2º
40.719
55
Reeleita
Graduada em Direito
*A tabela acima foi organizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar e pode ser acessado através do site http://www.diap.org.br/
OUÇA Bendita Sois Vós #11 Quais os efeitos do discurso de Bolsonaro na segurança?
Geórgia Santos
3 de dezembro de 2018
No episódio 11 do podcast Bendita Sois Vós, o tema é segurança. Provavelmente, um dos temas que mais aflige os brasileiros e que mais foi debatido ao longo das eleições – e depois dela. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, soube usar isso muito bem, com um discurso enérgico de endurecimento das leis. E para completar, nomeou uma estrela para o ministério, o agora ex-juiz Sérgio Moro.
Com essa premissa, os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol perguntam: o discurso da segurança pública de Bolsonaro pode ser implementado na prática?
O sociólogo e pesquisador Rodrigo Azevedo, especialista em Segurança Pública, explica as nuances do problema no Brasil e alerta para as medidas de populismo punitivo do novo governo, que podem piorar o problema. Evelin Argenta ainda conversa com o promotor Lincoln Gakiya, especialista em Primeiro Comando da Capital, o PCC.
No quadro Sobre Nós, com Raquel Grabauska e Angelo Primon, o medo paralisante do Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago.
No episódio 11 do Sobre Nós, Raquel Grabauska e Angelo Primon trazem o Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago. Cada vez que nos fechamos por medo, temendo a falta de segurança, mergulhamos também em uma cegueira. Cada vez que mergulhamos em nossa cegueira, nos distanciamos da realidade.
OUÇA Bendita Sois Vós #10 Existe política externa sem ideologia?
Geórgia Santos
28 de novembro de 2018
Jair Bolsonaro ainda não assumiu, mas algumas decisões do novo presidente já tem efeito prático na sociedade brasileira. Especialmente na área da política externa, que prometeu ampliar “sem conotação ideológica” e aproximar o Brasil de outros países que, segundo ele, foram desprezados pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Por isso, os jornalistas Geórgia Santos, Tércio Saccol e Igor Natusch perguntam: existe política externa sem ideologia?
Ainda uma entrevista com Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional e host podcast Petit Journal. Ele fala sobre decisões políticas e comerciais e sobre o histórico do novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, como tendência.
Evelin Argenta entrevista Mauro Junqueira, Presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que entende que Cuba pode ter se precipitado ao retirar os médicos do Brasil.
No Sobre Nós, com Raquel Grabauska e Angelo Primon, uma reflexão sobre como seria se os tubarões fossem homens pelas palavras de Bertold Brecht.
No décimo episódio do Sobre Nós , com Raquel Grabauska e Angelo Primon, uma reflexão sobre como seria se os tubarões fossem homens pelas palavras de Bertold Brecht.