Voos Literários

Mulheres na política

Flávia Cunha
14 de novembro de 2020
QUEM É POLÍTICO NO BRASIL?

Confesso que eu, durante muito tempo, associei política a homens brancos, heteros e ricos, vestindo terno e gravata. Tanto que cheguei a escrever, há muitos anos, uma espécie de conto transformando em prosa a genial letra de Candidato Caô Caô, de Bezerra da Silva. 

Esses candidatos que remetem à música do sambista ainda estão por aí, espalhados pelas periferias das grandes cidades, buscando o voto dos mais vulneráveis economicamente e fazendo promessas que jamais cumprirão. O que precisa ficar evidente, cada vez mais, é que a política não precisa ser feita por esse tipo de pessoa. Mas, para isso, é preciso que os eleitores se disponham a mudar seu voto.

MULHERES NA POLÍTICA

Para começar, que tal escolher candidatas para o pleito deste domingo? Assim, conseguiremos reverter conjunturas como a do Congresso Nacional, onde as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras. Em nível municipal, a média nacional varia entre 10% a 15% de vereadoras. Por outro lado, mais de 50% da população brasileira é do sexo feminino. o que torna óbvia a falta de presença efetiva das mulheres na política.

REPRESENTATIVIDADE IMPORTA

Outra forma de conscientizar os eleitores sobre a importância da representatividade feminina na política brasileira é através de bons livros. Um deles é Mulheres no Poder – trajetórias na política a partir da luta das sufragistas no Brasil, de Shuma Schumaher e Antonia Ceva. A obra é para consulta constante, por ser uma publicação com mais de 500 páginas, com diversas informações relevantes sobre o tema.

NÃO BASTA SER MULHER

Porém, para que realmente aconteçam modificações relevantes na política e nas estruturas sociais, precisamos de prefeitas e vereadoras dispostas a lutar pelos direitos das mulheres.  Por isso, é urgente votar em mulheres feministas, negras e trans. 

INSPIRAÇÃO

Esse texto foi criado após assistir ao vídeo Vote em Mulheres!, do canal Seus Dados, da professora de jornalismo e doutora em Comunicação Marlise Brenol. A especialista estuda o uso e a apropriação de dados pelo jornalismo, Estado, iniciativa privada e terceiro setor, além de suas repercussões, significados e visibilidade no debate público.

PARA SABER MAIS

Marlise recomenda aos interessados em se aprofundar no tema mulheres na política, os materiais divulgados pela Gênero e Número. Trata-se da  primeira organização de mídia no Brasil orientada por dados, com o objetivo de qualificar o debate sobre equidade de gênero. 

POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE

Vote com consciência!!

Imagem: Arte sobre foto/Agência Senado

Do seu gênero

Mulheres também sabem, sabia?

Évelin Argenta
11 de janeiro de 2019

Como as mulheres estão presentes na mídia? Foi para ter uma resposta para essa pergunta que comecei uma pesquisa em busca de trabalhos que retratem como a mulher aparece na imprensa. Trabalho com produção diária de notícias há quase 10 anos (eita!) e foi somente nos últimos dois que comecei a questionar a presença de mulheres como FONTE de informação.

A prevalência masculina nas agendas jornalísticas nem precisa de pesquisa para ser comprovada. Você, amigo jornalista, faça um teste. Pense em uma fonte para falar sobre o discurso do presidente Jair Bolsonaro nas relações internacionais do governo, por exemplo. Se o primeiro nome que veio a sua mente foi um nome feminino, parabéns! É de gente como você que a difusão de conhecimento precisa.

As mulheres são maioria em todos os níveis de ensino e nas bolsas de iniciação científica e mestrado do CNPq. Olhando os dados do próprio CNPq e do Inep percebi que as mulheres representam 57% do público nos cursos de graduação, 55% dos cursos de iniciação científica, 52% dos programas de mestrado e 50% no doutorado. A curva começa a inverter quando o caminho traçado é a docência.

Apesar de serem minoria durante todo o caminho acadêmico, os homens chegam à docência universitária e têm o reconhecimento à pesquisa em menos tempo. Eles lideram 53% dos grupos de pesquisa. Cinquenta e quatro por cento dos professores universitários são homens e 64% das bolsas de produtividade em pesquisa são destinadas aos homens.

Em 2018 eles chegaram ao topo da vida acadêmica aos 50 anos. Elas, aos 55. E a maternidade é apontada como uma das causas do “atraso”. Há uns dois anos, produzindo uma reportagem para retratar o número cada vez maior de mulheres que não queriam ter filhos no Brasil, conversei com a presidente da ONG Artemis, Raquel Marques. Se quiser ouvir a reportagem, ela está aqui 

Depois de uma longa conversa sobre os fatores que levam as mulheres e quererem menos filhos, ela me fez refletir sobre algo que, apesar de óbvio, ainda não tinha aparecido no meu raciocínio. Raquel disse que, normalmente, o ápice profissional das mulheres coincide com o limite biológico para gerar filhos. É que muitas de nós, aos 40 anos, estamos com a seguinte pergunta em mente: “ser a teta das galáxias na minha área ou desacelerar e ter um filho?”

Se a resposta for a primeira, você vai ser julgada como insensível e irresponsável. A Previdência precisa de seus úteros, meninas! Se você escolher a segunda opção, prepare-se. Quando você voltar ao trabalho, precisará concorrer com o seu colega que, na mesma idade que você, não terá que “deixar o trabalho” eventualmente para cuidar da cria. Ah, sim…mesmo que ele seja pai.

É por esse motivo que muitas mulheres são “esquecidas” em suas áreas de trabalho. A ideia de conhecimento foi social e culturalmente ligada ao gênero masculino.  É por isso que as agendas jornalísticas (onde estão as fontes para qualquer assunto) são predominantemente masculinas. Tem dúvida? Então olha só esse estudo feito pelo Global Media Monitoring Project (GMMP), em 2015. O Grupo de Monitoramento Global da Mídia (ufa!) analisou 22.136 relatos transmitidos jornalistas de 2.030 veículos de comunicação em 114 países. É o estudo mundial desse tipo mais recente. O resultado:

  • somente 24% das matérias de rádio, TV ou jornal de 2015 contaram com mulheres como fontes;
  • quando o assunto foi política ou economia, as mulheres representaram apenas 16% das fontes;
  • apenas 35% das notas informativas ou programas diários de televisão retrataram mulheres em 2015;
  • a seleção das fontes para o jornalismo em 2015 se concentrou nos homens. O estudo mostra que a escolha é inclinada à masculinidade ao selecionar personagens e fontes para opinião “especializada” e “testemunhos comuns”;
  • as mulheres mostram suas opiniões em três casos: como mães/donas de casa (13%), quando são apenas moradoras de uma localidade (22%) ou quando são descritas como estudantes (17%);
  • somente 4% das matérias produzidas em 2015 questionaram os estereótipos de gênero;
  • a proporção de mulheres noticiando fatos ficou muito abaixo da paridade nas editorias de política e economia. Somente 31% das notícias que abordam política e 39% das que falam de economia foram produzidas por mulheres;
  • nos noticiários de televisão, as mulheres predominam quando jovens e, conforme a idade aumenta, elas são substituídas por homens. Na faixa dos 65 anos, as mulheres desaparecem totalmente da ancoragem e da reportagem. Os homens continuam.

O estudo, como podem imaginar, é bem mais complexo e proporciona uma série de outros cruzamentos. Se você ficou curioso pode clicar nesse link e ver o levantamento na íntegra. O original é em inglês, mas existe uma versão em espanhol também.

Para contribuir com a discussão, deixo aqui um site que tenho usado muito como referência quando estou buscando uma fonte para falar de determinado assunto. É uma lista organizada por cientistas sociais, comunicadoras, historiadoras e filósofas para mostrar que #MulheresTambémSabem. O banco de dados é super acessível e colaborativo. Ele contém o nome  de professoras, pesquisadoras e profissionais especialistas em uma variedade de áreas das Ciências Sociais, Sociais Aplicadas e Humanidades.

Mulheres Também Sabem: https://www.mulherestambemsabem.com

 

Do seu gênero

Mesmo com maior representatividade, percentual de mulheres no Congresso está abaixo da média da população

Évelin Argenta
4 de dezembro de 2018
Brasilia DF 11 07 2018-Sessão do Congresso Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada a deliberação da Lei de Diretrizees Orçamentárias (LDO) e créditos suplementares (projetos de Lei do Congresso Nacional nºs 13, 9, 10 e 2 de 2018).Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

As eleições de 2018 mostraram um avanço das mulheres na Câmara dos Deputados.  Em 2019 teremos 50% mais mulheres na Casa Legislativa do que havia em 2015, quando as eleitas em 2014 tomaram posse. No pleito de 07 de outubro foram eleitas 77 deputadas federais, 26 a mais do que em 2014. Isso quer dizer que a nova Câmara vai ter 15% de mulheres na sua composição.

Mesmo com a melhoria na representatividade feminina de forma geral no legislativo, a proporção de mulheres segue abaixo do encontrado na população brasileira. No país, de acordo com dados do IBGE, a cada 10 pessoas, pelo menos 5 são do gênero feminino.

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Mulheres da Câmara Federal

Segundo dados colhidos pelo Vós junto ao Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), apesar do aumento no número de deputadas federais, três estados não elegeram nenhuma mulher para o cargo: Amazonas, Maranhão e Sergipe.

No caso das Assembleias estaduais, em 2018 foram eleitas 161 deputadas, aumento de 35% em relação a 2014. São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados que mais elegeram mulheres para a Câmara. O estado paulista terá 18 representantes mulheres, sete a mais do que no último pleito. Já o estado fluminense elegeu 12 mulheres. Em São Paulo está a deputada federal mais votada no país. A jornalista Joyce Hasselmann, do PSL – partido do presidente eleito Jair Bolsonaro – recebeu mais de um milhão de votos.

Ainda na Câmara dos Deputados, aumentou o número de negras: de 10 para 13 e de brancas: 41 para 63. Em 2019 também teremos a primeira mulher indígena no Congresso Nacional: Joenia Wapichana, da Rede, foi eleita por Roraima.

Dentro dos partidos

O PT (Partido dos Trabalhadores), que ficou com a maior bancada na Câmara, também foi o que mais elegeu mulheres: são 10 deputadas entre as 56 cadeiras que o partido conquistou. Em seguida vem o PSL (Partido Social Liberal), do candidato presidencial Jair Bolsonaro. Com nove mulheres, o PSL tem a segunda maior bancada na casa, com 52 parlamentares. Depois deles, o PSDB aparece em terceiro com maior número de mulheres na Câmara: serão oito deputadas entre os 29 eleitos.

O único partido que conquistou a paridade entre homens e mulheres foi o PSOL. O partido elegeu 10 parlamentares, cinco homens e cinco mulheres. O PTC também tem uma divisão de 50% entre os gêneros na bancada, mas elegeu apenas dois parlamentares e não atingiu a cláusula de barreira. O PCdoB, que também não atingiu a cláusula, chegou perto da paridade: cinco homens e quatro mulheres.

Família ê, família á…

Ainda segundo o Diap, pelo menos oito parlamentares eleitas em 2018 chegaram ao posto possuindo parentesco com políticos tradicionais. No Distrito Federal, por exemplo, a campeã de votos Flávia Arruda (PR) é mulher do ex-governador José Roberto Arruda. Do Espírito Santo, retornará à Câmara Federal, a empresária e música, Lauriete Rodrigues (PR), esposa do senador não reeleito Magno Malta. No Paraná, foi eleita a deputada mais jovem: Luisa Canziani (PR), que tem 22 anos. A estudante é filha do deputado Alex Canziani,que não foi eleito para o Senado Federal neste ano. No Rio de Janeiro, foi eleita Daniela do Waguinho (MDB-RJ), mulher do prefeito de Berlfor Roxo.

Outra deputada que chegará à Câmara com sobrenome tradicional na política é a advogada e empresária Jaqueline Cassol (PP), irmã do senador por Rondônia, Ivo Cassol. Entre as atuais deputadas, renovaram os mandatos: Clarissa Garotinho (Pros-RJ), filha do ex-governador Anthony Garotinho; Soraya Santos (PR), que é casada com o ex-deputado federal Alexandre Santos; e Rejane Dias (PT), a campeã de votos no Piauí (138.800), que é mulher do governador reeleito Wellington Dias.

Mulheres no Senado

Já no Senado, os dados do Diap mostram que a bancada de mulheres para os próximos quatro anos será menor do que a atual, apesar do número recorde de candidaturas no pleito. Conforme dados do Supremo Tribunal Federal, ao todo, 62 candidatas se cadastraram para tentar ocupar as 54 cadeiras. Com sete senadoras eleitas e uma vaga de suplente assumida, a Casa terá doze senadoras, uma a menos do que o grupo atual.

As sete novas senadoras que tomarão posse em 2019 são: Leila do Vôlei (PSB-DF), Eliziane Gama (PPS-MA),  Soraya Thronicke (PSL-MS),  Juíza Selma Arruda (PSL-MT),  Daniella Ribeiro (PP-PB), Drª Zenaide Maia (PHS-RN) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).

BANCADA FEMININA *

PARLAMENTAR PARTIDO UF MANDATOS VOTAÇÃO 2018 IDADE SITUAÇÃO PROFISSÃO
Jéssica Sales MDB AC 28.717 38 Reeleita Médica
Perpetua Almeida PCdoB AC 18.374 54 Nova Professora e Bancária
Mara Rocha PSDB AC 40.047 45 Nova Empresária
Drª Vanda Milani SDD AC 22.219 65 Nova Magistrada
Teresa Nelma MDB AL 44.207 61 Nova Professora
Leda Sadala Avante AP 11.301 52 Nova Contadora
Professora Marcivânia PCdoB AP 14.196 45 Reeleita Professora de Ensino Médio
Aline Gurgel PRB AP 16.519 38 Nova Advogada
Alice Portugal PCdoB BA 126.595 59 Reeleita Química Industrial e Farmacêutica Bioquímica
Lídice da Mata PSB BA 104.348 62 Nova Economista
Profª Dayane Pimentel PSL BA 136.742 32 Nova Professora de ensino superior
Luizianne PT CE 173.777 50 Reeleita Jornalista e Professora de Ensino Superior
Celina Leão PP DF 31.610 41 Nova Administradora
Paula Belmonte PPS DF 46.069 45 Nova Empresária
Flavia Arruda PR DF 121.340 38 Nova Empresária e professora
Bia Kicis PRP DF 86.415 57 Nova Advogada
Érika Kokay PT DF 89.986 61 Reeleita Bancária
Norma Ayub DEM ES 57.156 59 Reeleita Servidora Pública Estadual
Lauriete PR ES 51.983 48 Nova Empresária e Música
Dra. Soraya Manato PSL ES 57.741 57 Nova Médica
Flávia Morais PDT GO 169.774 49 Reeleita Professora de Educação Física
Magda Mofatto PR GO 88.894 70 Reeleita Empresária
Greyce Elias Avante MG 37.620 37 Nova Advogada
Alê Silva PSL MG 48.043 44 Nova Advogada
Aurea Carolina PSol MG 162.740 35 Nova Socióloga e Cientista Política
Margarida Salomão PT MG 89.378 68 Reeleita Professora Universitária e Escritora
Tereza Cristina DEM MS 75.068 64 Reeleita Engenheira Agrônoma e Empresária
Rose Modesto PSDB MS 120.901 40 Nova Servidor Público Estadual
Professora Rosa Neide PT MT 51.015 55 Nova Professora
Elcione Barbalho MDB PA 165.202 74 Reeleita Empresária
Edna Henrique PSDB PB 69.935 60 Nova Delegada
Marília Arraes PT PE 193.108 34 Nova Advogada
Iracema Portella PP PI 96.277 52 Reeleita Empresária
Margarete Coelho PP PI 76.338 57 Nova Servidora Pública do Estado
Rejane Dias PT PI 138.800 46 Reeleita Administradora
Dra. Marina PTC PI 70.828 38 Nova Médica
Christiane de Souza Yared PR PR 107.636 58 Reeleita Empresária e Pastora
Aline Sleutjes PSL PR 33.628 39 Nova Agente Administrativo
Gleisi Lula PT PR 212.513 53 Nova Advogada
Luisa Canziani PTB PR 90.249 22 Nova Estudante
Leandre PV PR 123.958 43 Reeleita Engenheira
Daniela do Waguinho MDB RJ 136.286 42 Nova Professora
Jandira Feghali PCdoB RJ 71.646 61 Reeleita Médica e Música
Soraya Santos PR RJ 48.328 60 Reeleita Advogada
Rosângela Gomes PRB RJ 63.952 52 Reeleita Bacharel em Direito
Clarissa Garotinho PROS RJ 35.131 36 Reeleita Jornalista
Flordelis PSD RJ 196.959 57 Nova Administradora
Chris Tonietto PSL RJ 38.525 27 Nova Advogada
Major Fabiana PSL RJ 57.611 38 Nova Policial Militar
Talíria Petrone PSol RJ 107.317 33 Nova Professora
Benedita da Silva PT RJ 44.804 76 Reeleita Assistente Social
Natalia Bonavides PT RN 112.998 30 Nova Advogada
Silvia Cristina PDT RO 33.038 44 Nova Jornalista
Jaqueline Cassol PP RO 34.193 44 Nova Advogada
Mariana Carvalho PSDB RO 38.776 32 Reeleita Médica e Música
Shéridan PSDB RR 12.129 34 Reeleita Psicóloga
Joenia Wapichana Rede RR 8.491 45 Nova Advogada
Liziane Bayer PSB RS 52.977 37 Nova Pastora
Fernanda Melchionna PSOL RS 114.302 34 Nova Bancária e Bibliotecária
Maria do Rosário PT RS 97.303 52 Reeleita Professora
Angela Amin PP SC 86.189 65 Nova Professora
Carmem Zanotto PPS SC 84.703 56 Reeleita Enfermeira
Geovania de Sá PSDB SC 101.937 46 Reeleita Administradora
Caroline de Toni PSL SC 109.363 32 Nova Advogada
Adriana Ventura NOVO SP 64.341 49 Nova Administradora
Tabata Amaral PDT SP 264.450 25 Nova Cientista Política e Astrofísica
Renata Abreu PODE SP 161.239 36 Reeleita Empresária e Advogada
Policial Katia Sastre PR SP 264.013 42 Nova Policial Militar
Maria Rosas PRB SP 71.745 53 Nova Administradora
Rosana Valle PSB SP 106.100 49 Nova Jornalista
Bruna Furlan PSDB SP 126.847 35 Reeleita Bacharel em Direito e Empresária
Carla Zambelli PSL SP 76.306 38 Nova Gerente
Joice Hasselmann PSL SP 1.078.666 40 Nova Jornalista
Luiza Erundina PSOL SP 176.883 84 Reeleita Assistente Social
Sâmia Bomfim PSOL sp 249.887 29 Nova Servidora Pública Municipal
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM TO 48.008 54 Reeleita Empresária e Professora Universitária
Dulce Miranda MDB TO 40.719 55 Reeleita Graduada em Direito

*A tabela acima foi organizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar e pode ser acessado através do site http://www.diap.org.br/