BSV Especial Coronavírus #3 Ainda tem a crise política
Geórgia Santos
8 de abril de 2020
Pensávamos que um bom tempo não haveria outro assunto a não ser a pandemia de Coronavírus, por isso essas edições especiais do Bendita. Mas como se bastasse um vírus mortal circulando por aí, os brasileiros ainda precisam lidar com uma crise política.
Em meio a boatos de que o ministro da saúde seria demitido, Luís Henrique Mandeta anunciou que fica. Mas não sabemos até quando, até porque é bastante evidente que o político do DEM e o presidente Jair Bolsonaro discordam sobre a forma de comandar o país durante essa crise.
?De todo modo, quem perde são os brasileiros, que já percebem um relaxamento no isolamento. Muito em função do desdém de Bolsonaro com relação à Covid-19. Por isso, o convidado da semana é Diogo Rimoli, ele que é professor de português, radialistas e guia turístico em Roma e vai nos contar, sob uma perspectiva de quem vive o pior momento da Itália em décadas, quão nocivas são as declarações de Bolsonaro.
Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol.Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.
OUÇA BSV Especial Coronavírus #1 Não é só uma gripezinha
Geórgia Santos
25 de março de 2020
Não há outro assunto a não ser a pandemia de coronavírus. Já são milhares de infectados no Brasil e milhares de mortes no mundo inteiro. Por isso, a partir desta edição, o Bendita Sois Vós vai se dedicar a entender todas as consequências do Covid-19. Não apenas as consequências físicas, mas também sociais, econômicas e políticas.
Em um país em que o presidente da República classifica a pandemia como histeria, é fundamental que tratemos a questão com informação e responsabilidade. Por isso, os jornalistas do Vós conversam com a médica infectologista Ana Lúcia Didonet Moro, que explica no que esse vírus é diferente de outros e a importância do isolamento social. O outro entrevistado é o psiquiatra Érico Moura, que fala sobre como lidar com o confinamento e o medo de se infectar.
Participam os jornalistas Geórgia Santos, Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.
Comissão aprova PL do Veneno – e alguns deputados não poderiam estar menos preocupados
Geórgia Santos
26 de junho de 2018
Os deputados da Comissão dos Agrotóxicos aprovaram, nesta segunda-feira, o parecer do relator Luiz Nishimori (PR-PR) sobre o Projeto de Lei 6299/02, que flexibiliza as regras para comercialização de agrotóxicos no Brasil. Em menos de dois meses de debates, o PL do Veneno avança em meio à Copa do Mundo e a portas fechadas.
O tema mobilizou grupos de diferentes setores da sociedade. De um lado, representantes do agronegócio. De outro, ambientalistas e entidades ligadas ao meio ambiente e saúde
“É o seguinte: você abre o celular, aí os caras vão e colocam isso aí. Eu abro toda hora para ver mensagem e aí de vez em quanto vem isso aí. Também não vou olhar uma foto de macho com pau duro olhando pra mim”, respondeu à reportagem de O Globo.
Os ruralistas afirmam que a proposta trata, apenas, da diminuição da burocracia no processo de certificação dos produtos. Garantem que não há risco para os consumidores. O Vós já se posicionou sobre esse assunto, que acreditamos ser um problema de saúde pública. O PL do Veneno afrouxa a regulação de agrotóxicos e pode trazer sérios riscos à saúde humana. A nossa posição não é uma questão de opinião, mas embasada nos comunicados oficiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Nacional do Câncer.
Se o projeto for aprovado no Congresso, o Ministério da Agricultura terá toda a autonomia para registrar novos agrotóxicos, sem a palavra das entidades de saúde e meio ambiente.
Orgânicos, geralmente, são caros. Mas remédios são mais. Fiz a conta e preferi gastar menos e aderir a um estilo de vida mais natural.
Houve um tempo em que achava muito divertido me atirar nas porcarias. Quando fiquei grávida, mudei radicalmente. E gostei. Desde então, passei a observar mais o que como e o que uso. Por isso, fiz uma lista das coisas legais, entre alimentos e cosméticos, que achei por aí:
Feira Ecológica do Menino Deus – ocorre todas as quartas à tarde e sábados de manhã no pátio da Secretaria Estadual de Agricultura. Além de comprar coisas bem boas, tem um montão de árvores pra criançada brincar. E sempre se encontra um amigo pra conversar.
Marmita do Bem, da Liege Milk – minha melhor surpresa de 2018 nesse assunto! Comidinhas congeladas. Tudo orgânico, sem soja. Falando com ela, ainda consegui sem glúten e com muito sabor.
Artemísia Feitios Caseiros– A Naieth tem dois filhos e inventou até um repelente incrível. Faz produtos naturais com maestria.
Raiz Nômade – a Tainá é aromaterapeuta. Trabalha com óleos corporais aromaterápicos que, além de hidratar a pele, são terapêuticos: relaxam ou revitalizam, afrodisíacos, tratam dores musculares.
Tribo viva – Cesta de orgânicos – opção para quem não consegue ir nas feiras e não quer gastar um rim no super. Em parceria com a Tribo Viva, o Espaço Cuidado Que Mancha virou um ponto de entrega de cestas de orgânicos no Menino Deus. É só encomendar na quarta pelo site (fácil e rápido, até eu que odeio essas coisas consegui!). Tem também em vários outros pontos da cidade,
O Espontâneo Bar e comida orgânica– dirigido pelo Marcos, pai da Maia. Um lugar onde se encontra comida e petiscos, vinho e cerveja orgânicos- 100% produção local, artesanal e orgânica. Excelente programa para ir com a família e amigos.
Dá pra gente se cuidar, se divertir e viver bem. Ainda bem que tem gente pensando em tudo isso!
Eu nunca tomo remédio. Nunca. Semana passada, ao acordar, chamei meu marido e, ainda deitada, implorei por um remédio para dor de cabeça. Ele trouxe um, eu queria 30. Realmente estava além do suportável. Isso foi só o dia começando. Dor no corpo, mal-estar, aquela função toda. Vontade de ficar deitada e sumir um pouco.
. Ouço vozes: mamãe, vamos brincar? Dois filhos sorrindo, aquele sorriso incomparável, irresistível E a mãe sem força
E como a gente faz?
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Não tem o que fazer. A gente cria forças, levanta e brinca. Poucas vezes fiquei doente a ponto de não dar conta de levantar e ser mãe. A sensação é tão ruim, tão ruim, pior que tomar suco de jenipapo. Deveríamos ter super poderes. É o desejo de toda mãe, ao ver o filho doente, que fosse ela no lugar dele. Mas já pensou se fôssemos atendidas nesse pedido? Não dá, realmente não dá.
Só sei que, nesse dia, virei paciente e fui cuidada por dois médicos. Os melhores. Quando voltou do trabalho, mais cedo que o normal para socorrer uma moribunda, meu marido perguntou como eu estava.
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Nosso filho mais novo respondeu: a mamãe não pode falar, ela tá muito fraca
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Ali relaxei, fiquei fraca e pude descansar. Por 30 minutos, pois os médicos queriam continuar o trabalho deles.
Desodorante é sempre assunto delicado, especialmente a falta dele. É impossível sobreviver a um dia quente sem usar desodorante após o banho – com exceção do meu pai, que não usa e é cheiroso e é um mistério da natureza. Mas e se esse produto nos deixar doentes?
Há algum tempo, fiz um extenso exame de sangue e descobri que tenho uma quantidade excessiva de alumínio no organismo. Não sabia exatamente o que signifcava, mas fui pesquisar. Para minha surpresa, há uma forte relação desse metal com doenças como o mal de Alzheimer, câncer de pulmão e inflamações em geral. Fiquei bastante alarmada e já comecei a rever panelas e formas nas quais eu estava cozinhando, porque certamente isso vinha da ingestão.
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Mas havia outro motivo (além da comida) pra o aumento de alumínio no meu organismo: desodorantes e antitranspirantes.
Comecei, então, uma pesquisa para encontrar alternativas. Eu não quero ficar fedendo, mas também quero cuidar da saúde e do meio ambiente. Foi aí que encontrei os desodorantes naturais. Só há uma questão: eles não são antitranspirantes.
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Diferença entre desodorante e antitranspirante
Desodorante é um produto que contém uma ou mais substâncias capazes de combater ou disfarçar o odor. Antitranspirante é o produto que reduz a quantidade de suor, seja inibindo a produção ou dificultando a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas.
No caso dos produtos naturais, eles são desodorantes. Isso significa que a gente sua normalmente, fica com a axila úmida e, eventualmente, aquela famosa marca de pizza embaixo do braço. Conforme o produto, isso acontece mais ou menos. Mas ficamos sempre cheirosos. Há soluções muito simples como passar LEITE DE MAGNÉSIA na axilas (com um algodão, bem simples); BICARBONATO DE SÓDIO (com os dedos, espalha o pó pelas axilas); ou mesmo uma mistura dos dois.
Mas também há desodorantes naturais, elaborados com fórmulas especiais. Não foi uma adaptação fácil, até porque usei várias marcas e diferentes tipos até descobrir o meu. Aí vai o que descobri e qual o meu preferido.
Foi o primeiro que usei. É um desodorante sólido feito com ingredientes em pó. Promete excelente absorção e pele seca. Segundo o fabricante, controla a transpiração e absorve odores.
Vantagem – tem um toque seco, é cheiroso e, apesar de ser uma barrinha, a forma de passar é a mesma do roll´on. Realmente absorve a umidade e não deixa cheiro ruim. Além de não ter embalagem, o que é ótimo pra o ambiente.
Desvantagem – a barra precisa ser acondicionada em uma caixinha longe de qualquer tipo de umidade. Ou seja, não rolou guardar no banheiro. Com a umidade do chuveiro, o pozinho grudou e eu precisava raspar a barrinha antes de passar. Nada prático.
PS.: transformei em pó e uso como “talco” para os pés
Descobri esse por acaso enquanto vasculhava as prateleiras da TJ-Max. O fabricante promete auxiliar na neutralização dos odores e absorção da umidade.
Vantagem – O aroma é delicioso (testei o de lavanda e sálvia) e funciona durante o dia inteiro. O pote é de vidro e pode ser reutilizado (o ambiente agradece). Além disso, ajuda a controlar a transpiração, é uma beleza.
Desvantagem – A única desvantagem é a maneira de passar. Ele tem uma textura de um creme durinho, quebradiço. Vem uma pequena espátula dentro do potinho, que serve para pegar o produto. A gente coloca o desodorante nos dedos e passa na axila conforme ele derrete. Não é difícil, só não é super prático.
O GRANDE VENCEDOR. Em outra incursão pela TJ-Maxx, descobri que existia outro tipo além do potinho – que eu já estava anunciando como o melhor desodorante natural do mundo. Resolvi comprar.
Vantagem – Fácil de passar (imagina um protetor labial gigante), cheiro maravilhoso (testei o de Ylang e calêndula), aguenta suor o dia inteiro e ajuda a absorver a umidade. Perfeito.
Desvantagem – Não vende no Brasil =/ Mas a internet tá aí pra ajudar.
*Se o cheiro ainda for muito forte e os desodorantes naturais não sustentarem, faça uma solução de álcool (pode ser o normal ou de cereais) com bicarbonato de sódio e passe na axila antes de dormir. Ajuda a aliviar.