Raquel Grabauska

Mães empreendedoras

Raquel Grabauska
6 de dezembro de 2019

A maternidade é linda. É sim. Mas o que acontece coma gente… Dar conta do filho,  de tomar banho, escovar os dentes e seguir vivendo. E para muitas de nós, uma das angústias que surge é o trabalho.

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Como conciliar o trabalho e a maternidade?

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Pois tem uma iniciativa rolando em Porto Alegre que é de uma lindeza. Uma feira de mães empreendedoras organizada por um grupo de mães incríveis. Daniela Garcia, Andressa Gabriele da Silva e Tanise Matheus. O Clube de Mães foi criado por uma mãe que já não participa mais com o intuito de reunir mulheres com filhos de idades parecidas (era algo bem pequeno). Com o crescimento, essa mãe sentiu a necessidade de chamar as amigas para ajudar a moderar o grupo. Uma delas foi a Daniela Garcia, que depois chamou outras e assim por diante. Hoje, o grupo tomou outra proporção e já  somos mais de 20mil mães de vários lugares – mas a maior parte é da região Sul.

A feira será no Espaço Cuidado Que Mancha, na Rua Damasco, 162, em Porto Alegre.  serve para nos conhecermos pessoalmente e nos reunirmos, além de fomentar os negócios  entre mães! As feiras/eventos do Clube de Mães são sempre um sucesso e, apesar de amarmos a função, nem sempre damos conta de organizar esses eventos com a frequência que gostaríamos!

Vós Ativa

Vós se torna plataforma de jornalismo experimental – saiba o que mudou

Geórgia Santos
31 de março de 2018

Há um ano, o site existe como um portal de jornalismo colaborativo cujo foco é a reflexão sobre os temas mais sensíveis à sociedade. Agora queremos transcender a conversa: o Vós passa a ser uma plataforma de jornalismo experimental.

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Novo visual, novos formatos

Fotos: Kátia Bressane

A página está com um novo visual para atender à demanda do nosso leitor, que espera um design clean em que o conteúdo tenha o verdadeiro destaque. Com os novos espaços, o Vós passa a apresentar formatos e abordagens diferentes. Além das colunas de opinião e informação, serão produzidas reportagens especiais; séries documentais; e podcasts de edição limitada.

O Vós retoma o estilo proposto pelo New Journalism, mesclando a narrativa jornalística com a literária. Dessa forma, apresentamos um produto de qualidade e que preenche uma lacuna deixada pela falta de tempo e recorte editorial dos veículos tradicionais.

Cursos e seminários

Outra novidade do Vós são os cursos, seminários e palestras. O catálogo apresenta dois cursos desenhados especificamente para jornalistas e um seminário destinado a estudantes. Já as palestras na área da comunicação e política são moldadas conforme demanda e público.

OS TRÊS LADOS DO JORNALISMO POLÍTICO tem as eleições de 2018 na mira e cobre as áreas de análise (Ciência Política); reportagem; e assessoria. Início em 2018.

JORNALISMO E SOCIEDADE é inspirado em um curso da Universidade da Califórnia – Berkeley. Mescla as Ciências Sociais com jornalismo investigativo para provocar a mudança social. Início em 2019.

FAKE NEWS – COMO IDENTIFICAR NOTÍCIAS FALSAS NA INTERNET é um seminário oferecido a estudantes de Ensino Médio e universitários.
Gustavo Mittelman (Catraca Filmes), Raquel Grabauska (Cuidado Que Mancha), Binho Ferronatto
(Catraca Filmes), Geórgia Santos (Vós) e Emerson Zapata (Vós). Foto: Kátia Bressane

Equipe

A plataforma foi desenvolvida pela jornalista e cientista política Geórgia Santos e pelo gerente de projetos Emerson Zapata. Hoje, o Vós conta com a parceria da atriz, diretora e produtora Raquel Grabauska, do Grupo Cuidado Que Mancha; dos publicitários Gustavo Mittelmann e Binho Ferronato, da Catraca Filmes; da jornalista, produtora cultural e Mestre em Literatura Flávia Cunha; do crítico de cinema Pedro Henrique Gomes; do cientista político Sacha Nixon; do jornalista e escritor Igor Natusch; e dos jornalistas Airan Albino, Alvaro Andrade, Evelin Argenta, Fernanda Ferrão, Marcelo Nepomuceno, Renata Colombo, Samir Oliveira e Tércio Saccol.

Festa de lançamento

As mudanças foram anunciadas durante coquetel na sede do IAB-RS, em Porto Alegre. Os convidados foram recepcionados pela jornalista Geórgia Santos e pelo gerente de projetos Emerson Zapata, proprietários do Vós. Além da oportunidade de conhecer o projeto em primeira mão, também puderam apreciar a exposição fotográfica Tokyos – Retratos do Cotidiano, de Gustavo Mittelmann, montada especialmente para o evento.

Exposição Tokyos – Retratos do Cotidiano, de Gustavo Mittelmann (Foto: Kátia Bressane)

Entre os presentes estavam Giba Assis Brasil e Ana Luiza Azevedo, da Casa de Cinema de Porto Alegre; os jornalistas Cléber Grabauska e Luciano Périco, da Rádio Gaúcha e RBS TV, e Taline Oppitz, do Correio do Povo e Rádio Guaíba; Iraguassu Farias e Márcia Christofoli, da Coletiva.net.

Confira as fotos do evento

Fotos: Kátia Bressane

Catraqueanas

Não faça o que você gosta; faça o que você gosta dar certo

Gustavo Mittelmann
20 de março de 2017
Man in small conference room with whiteboard notes

Essa coluna é pra tentar ser atual falando de dez anos atrás. Uma provocação que surgiu a partir da visita que recebemos de uma turma de jornalismo da Unisinos. Perdi a conta do número de vezes que fomos convidados a falar da produtora, mostrando nossos trabalhos e processos de produção. Coisas que respondia sem piscar; que câmera, quanto de luz, formato de arquivo e assim por diante.

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Dessa vez não. Em uma tarde, refletimos, fomos questionados e nos questionamos coisas que, se tivessem sido abordadas há uma década, certamente teriam nos levado por rumos diferentes

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Pela primeira vez, falamos como empreendedores e não produtores audiovisuais. Mas é lógico que uma coisa está atrelada à outra. Sim, falando agora, é o que parece, mas há 10 anos queríamos apenas fazer o que gostávamos: vídeos. “Joguei tudo para o alto e fui fazer o que gostava”. Certo? Não.

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Ah, então é errado fazer o que se gosta? Preciso ser eternamente infeliz em um emprego que me pague as contas? Amigo, nem uma coisa nem outra

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Primeiro, porque hoje em dia só vai existir algum grau de estabilidade em determinados cargos públicos. De resto, pode escrever: uma hora você vai pra rua. Então esqueça a infelicidade eterna. Em segundo lugar, não é errado fazer o que se gosta; errado é encarar isso de forma aventureira, sem planejamento ou visão de negócios. Fizemos isso há 10 anos atrás? Fizemos. E te digo, se a produtora resistiu por dez anos e cresceu até chegarmos onde estamos hoje é porque, ao longo da caminhada fomos assumindo posturas e atitudes que, parando para pensar agora, são chamadas de Empreendedorismo.

Nós gostamos de fazer vídeos, mas precisamos fazer planilhas, devemos traçar planos estratégicos e não podemos nos dar ao luxo de não controlar de perto a relação com clientes e fornecedores.

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Mas, com tanta coisa chata, não deixa de ser fazer o que se gosta? Não, não deixa. Porque, se além de todas essas obrigações administrativas, ao invés de fazer vídeo, eu tivesse optado por abrir uma pizzaria, com certeza eu não teria aguentado passar por tudo que passamos pra chegar até aqui

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Entenda de uma vez por todas: as startups bilionárias não são chamadas de unicórnios porque ter uma é como viver um conto de fadas, mas sim porque são mitos. Há quem diga que viu, mas não deve levar mais uma mão cheia de anos para vermos que eram apenas cavalos paraguaios travestidos. Não acredite em mágica. Empreender não é um manifesto no Youtube. Trabalho e consistência devem ter a mesma dimensão ou mais que a paixão. Modelo Google? Outra lição aprendida na marra: ter uma mesa de sinuca na empresa em meio a uma crise mundial, como foi a de 2009, realmente não ajuda a encontrar saídas.

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O empreendedorismo está visceralmente ligado à Indústria Criativa. Mas o “criativo” diz respeito aos processos e produtos. Ao passo em que a inovação precisa estar presente, a consistência de planejamento e administração são ainda mais indispensáveis

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Então esqueça o unicórnio. Olhe para a sua empresa como um patinho feio. Esteja preparado para a realidade mais dura. Conte com a sorte, mas não dependa só dela. Seja competente, mas tenha planejamento. Descobri tarde, mas a tempo, que era um empreendedor. Agora, as coisas andam cada vez mais no rumo certo. Mas fica aquela dúvida: há 10 anos atrás, se tivéssemos enxergado isso de largada, seríamos um embrião pré-histórico de uma startup, quando fazíamos conteúdo online antes da grande maioria de Produtoras? Ou não teríamos encarado a aventura? Laura Andrade, da Olha Lá, tem um conselho interessante a respeito: só empreenda se você não consegue fazer outra coisa. A Laura é empreendedora.