As medidas de sustentabilidade no trabalho quase sempre envolvem papel, especialmente no que diz respeito às impressões desnecessárias e desperdício. Mas assim como em outras esferas da nossa rotina, no trabalho – seja ele qual for – o plástico também não dá folga.
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Por isso, aproveitando o desafio do Julho Sem Plástico, a gente pensou em algumas sugestões para diminuir o consumo de plástico no trabalho.
Leve a marmita de casa – se levar a comida de casa, use potinhos reutilizáveis e lave depois, bem simples. Se quiser comprar comida, leve o recipiente para evitar o uso de descartáveis;
Prefira frutas para o lanche – fruta se descasca, não desembala. É saudável, prática e não vem embrulhada em plástico;
E evite o desperdício de material de escritório, afinal de contas, a maior parte não é reciclável. Se você não trabalha em escritório ou em um ambiente similar, dê uma olhada ao redor e se desafie. O que você pode fazer para reduzir o consumo de plástico?
#PlasticFreeJuly . 5 maneiras de deixar o plástico longe da comida
Geórgia Santos
27 de julho de 2018
Quando pensamos no consumo de plástico, é óbvio e automático pensarmos em produtos de limpeza, higiene e limpeza. Nas embalagens e composições. Mas você já parou para olhar quão cheia fica a lata do lixo seco depois de um supermercado? A alimentação padrão do brasileiro gera muito lixo e já passou da hora de mudar isso. O desafio do Julho Sem Plástico é um ótimo momento para dar início a essa mudança de hábitos. Então, vamos aproveitar o #plasticfreejuly para começar.
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Cinco maneiras de deixar o plástico longe da comida
Cozinhe a própria comida – a tele-entrega é uma tentação para os dias de preguiça, eu sei. Não foi somente uma vez em que cedi a essa tentação. Mas vamos pensar na quantidade de embalagens na proporção com a quantidade de comida. Não precisa, né?
Frequente a feira e/ou compre a granel – supermercados são cheios de produtos dos quais a gente não precisa. Mas a gente compra mesmo assim, porque estão na nossa cara. Frenquentar a feira – orgânica, de preferência – é uma ótima maneira de gastar menos, ter uma alimentação mais saudável e, claro, consumir menos plástico. O mesmo vale para mercados e armazéns que vendem a granel;
Saquinhos de pano ou potes de vidro – não adianta comprar na feira ou a granel e utilizar saquinhos plásticos. Se não quiser deixar as compras soltas na sacola – reutilizável =) – basta levar saquinhos de pano, bem parecidos com aqueles que a gente usa para guardar sapato. Outra alternativa é utilizar potes de vidro para comprar grãos e coisas parecidas;
Garrafa reutilizável – fique longe da garrafa PET. Utilize uma garrafa de vidro ou inox para a água e fique longe dos refrigerantes. Vinho pode =)
No desafio do Julho Sem Plástico, a ideia é reduzir o consumo de plástico no dia-a-dia. Desde 2011, o #PlasticFreeJuly traz essa provocação com o intuito de fazer com que as pessoas reflitam sobre seus hábitos. E na rotina do cuidado de uma casa, é fácil notar que há muito plástico envolvido quando se trata de produtos de limpeza. Das embalagens à composição de alguns, que podem conter microplástico. Mas se teve algo que aprendi com essa jornada de tentar levar uma vida mais sustentável é que precisamos de muito pouco para limpar uma casa adequadamente.
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É possível limpar a casa somente com água, sabão de coco, bicarbonato de sódio, álcool e vinagre
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Parece que estou ouvindo minha mãe falando: “Ah, mas uma água sanitária faz milagres.” Não, essa não seria minha mãe, ela falaria “QBoa”, mesmo. De qualquer forma, ela levantaria o questionamento e eu responderia: é verdade, especialmente contra mofo. Mas não é imprescindível.
Sem contar que uma bucha vegetal – ela de novo – substitui perfeitamente a esponja de pia comum e limpa tão bem quanto. Aproveita o desafio do #PlasticFreeJuly e se joga nessa vida mais sustentável.
#PlasticFreeJuly . 10 maneiras de evitar o plástico da rotina de higiene e beleza
Geórgia Santos
25 de julho de 2018
Ainda falta uma semana para o mês acabar. Isso significa que ainda dá tempo de participar do desafio do Julho Sem Plástico, ou #PlasticFreeJuly. Tomar a decisão de consumir menos plástico pode ser desafiador, mas é muito importante que se pense sobre esse problema. E esse movimento faz justamente isso, incentiva a refletir sobre a real necessidade do plástico em nossas vidas.
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E um dos momentos em que mais se consome plástico é justamente durante rotina de higiene e beleza
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Por esse motivo, pensamos em 10 maneiras de reduzir o consumo de plástico na hora de cuidar de si. Algumas são mudanças mais drásticas, outras mais simples. Mas todas possíveis.
Utilizar xampu e condicionador em barra – se comprar direto do produtor, melhor ainda. Afinal, algumas marcas que enviam pela internet o fazem em embalagens plásticas 🙁
Sabonete natural – da mesma forma que o xampu e o condicionador, quanto menos intermediários, melhor;
Discos de limpeza reutilizável – sabe aquele disco de algodão para limpar o rosto? Então, ele vem em embalagem, né? Que tal usar disquinhos de crochê e evitar mais esse plástico na vida?
Escova de dentes de bambu – a escova tradicional é um pavor, todinha feita de plástico. A de bambu é barata, biodegradável (com exceção das cerdas) e tão boa quanto;
Coletor menstrual – esse assunto é polêmico e algumas pessoas não se sentem confortáveis, mas é uma ótima alternativa aos montes de plástico dos absorventes comuns, além de ser seguro e deixar a área “respirar”. Se você é do time que não confia no coletor, experimente as calcinhas absorventes. O mesmo vale para protetores diários, que agora tem opões reutilizáveis;
Hidrante caseiro – ao produzirmos os cremes hidratantes – e outros cosméticos – em casa, diminuímos o consumo de plástico e ainda tratamos bem do corpo;
Talco para os pés – abandone os tubinhos plásticos e experimente fazer a mistura em casa, é bem mais barato;
Bucha natural – nada melhor para esfoliar rosto e corpo do que uma bucha vegetal. É barata, natural, biodegradável e vem sem embalagem, prontinha direto da terra;
Há inúmeras outras alternativas como oleo vegetal para demaquilar; pó de café para espantar a celulite; máscara de abacate para os cabelos; mel para combater caspa e espinhas; essas são apenas sugestões para o pontapé inicial. Que tal? Ainda dá tempo de aceitar o #PlasticFreeJuly. E se não for em Julho, não tem problema. Qualquer dia é dia para embarcar em uma jornada sustentável.
#PlasticFreeJuly . vamos tentar viver sem plástico?
Geórgia Santos
2 de julho de 2018
Você já ouviu falar no Plastic Free July? Em tradução livre para o português, o Julho Livre de Plástico é um movimento global que propõe o desafio de reduzir o uso de plástico no dia a dia. A ação começou na Austrália, em 2011, com poucos participantes. Felizmente, sete anos depois já atinge milhões de pessoas em mais de 150 países. O importante crescimento possibilitou que o grupo se transformasse em uma fundação de caridade, sem fins lucrativos, que vislumbra um mundo sem lixo plástico.
Por esse motivo, foi criado o Desafio #PlasticFreeJuly. Quem aceita o desafio, aceita reduzir o consumo de plástico ao longo de todo o mês de julho, com o compromisso de seguir com os bons hábitos adquiridos. A ideia é conscientizar as pessoas para que as próximas gerações encontrem um mundo mais limpo. Aceitar o desafio é um passo importante na direção da mudança de comportamento.
A hashtag #choosetorefuse é autoexplicativa: recusar o plástico é uma escolha. É uma escolha recusar sacolas plásticas, canudos plásticos, embalagens de comida e copos plásticos.
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Como participar do Desafio #PlasticFreeJuly
Clique aqui para se inscrever. Esse é o primeiro passo. A partir da confirmação da inscrição, você receberá emails com dicas e receitas ao longo do mês de julho;
Faça o Quiz do Plástico para que você saiba de onde vem o plástico que você consome, é bastante útil para começar a recusar algumas embalagens e mudar hábitos. É bastante surpreendente;
Escolha qual será seu objetivo principal: evitar os plásticos que parecem encher a lixeira dos recicláveis; evitar pedir comida que venha em embalagem plástica; ou ainda escolher o caminho mais difícil e #livredeplástico, nem que seja por um dia, ou uma semana;
Gostou da ideia? A gente vai abraçar o desafio e, ao longo das semanas, vamos contar qual a parte mais difícil e, claro, dividir algumas ideias.
Nós já falamos aqui sobre o mar de plástico a que estamos submetendo as próximas gerações. E se já parecia ruim, tudo indica que seja ainda pior.
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No início do ano, uma baleia cachalote foi encontrada morta com 29 quilos de plástico no estômago
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O animal media dez metros de comprimento e apareceu em Múrcia, no sul da Espanha, em uma cena que mais parecia saída de um filme de terror. Especialistas do Centro de Recuperação de Vida Selvagem El Valle encontraram, durante a autópsia, 29 quilos de sacolas plásticas de supermercado, um galão de plástico e pedaços de cordas e redes de pesca.
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Os pesquisadores concluíram que a baleia havia morrido justamente porque não conseguia expelir todo o plástico que havia engolido.
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Esse é sinal mais do que alarmante, absurdo, da quantidade de plástico que estamos jogando nos oceanos. Estima-se que mais de OITO MILHÕES DE TONELADAS de plástico sejam despejadas nos mares em todo o mundo. A crise é global e os números são assustadores. Estima-se que em 2050 teremos mais plástico do que peixes nadando nos oceanos.
Por se tratar de um material sintético, há poucos processos naturais capazes de desintegrar o plástico. Isso significa que as sacolas, canudinhos, copos e garrafas podem nadar por décadas, senão séculos. E não é algo que vai parar no estômagos de animais, somente.
Uma pesquisa realizada pela Orb Media encontrou fibras plásticas em 83% das amostras de água potável em todo o mundo. Outro estudo publicado neste ano ainda encontrou partículas de microplástico em 93% das amostras de água engarrafada (geralmente mineral). A pesquisa investigou 259 garrafas, de 19 localidades em noves países. Ao todo, testaram onze marcas diferentes. No Brasil, a marca testada é Minalba, que contém até 863 partículas de plástico por litro de água. A pior é a Nestlé Pure Life, que chega a 10390 por litro.
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O lado bom da história
Há uma série de iniciativas no mundo inteiro para reduzir a produção e consumo de plásticos. A mais conhecida é a proposta de cobrar por sacolas plásticas de supermercado, o que estimula o uso de sacolas de pano reutilizáveis. Inclusive no Brasil. O projeto de lei (PL 91/2018) que prevê a retirada do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado. A proposta é que o material seja substituído em até 10 anos por opções biodegradáveis. Só espero que não seja tarde.
Foto: Twitter / Espacios Naturales Protegidos de la Región de Murcia
Sim, há muitas pessoas que se dedicam a reduzir o impacto do estilo de vida contemporâneo no planeta. São pessoas corajosas que lutam em várias frentes para que os recursos naturais não se esgotem. Mas enquanto sociedade, enquanto grupo, fazemos muito pouco. E já estamos pagando por isso.
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O Dia da Terra é celebrado em 22 de abril desde 1970 com a finalidade de criar uma consciência ambiental comum, chamar atenção aos problemas ambientais.
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Naquele período surgiu a famosa narrativa de plantar uma árvore. E já nos anos 70 se falava em utilizar uma sacola de pano reutilizável no lugar de sacos plásticos. Mas em 50 anos, os problemas aumentaram muito. O que exige uma narrativa mais forte e incisiva: o planeta pode não resistir.
Precisamos mudar a maneira como vivemos de forma drástica, precisamos mudar hábitos se quisermos continuar vivos
É fundamental entendermos o aquecimento global como uma ameaça real; temos um problema gravíssimo relacionado ao consumo de plástico; estamos imersos em cosméticos e produtos de limpeza abarrotados de química; somos intoxicados com quantidades inverificáveis de agrotóxicos; estamos à mercê de um grupo político que não está preocupado com o meio ambiente; o presidente do país mais importante do mundo ironiza o ativismo ambiental.
Então, o que estamos fazendo por ela?
Muito pouco, repito. Desperdiçamos água, desperdiçamos comida, desperdiçamos energia, desperdiçamos vida
Se há uma crise, a responsabilidade é nossa e cabe a nós a recuperação. Não é fácil, mas comecemos. Comecemos com pouco, mas comecemos. Aqui tem cinco sugestões para dar esse primeiro passo e levar uma vida mais sustentável. Coragem.
Três passos para começar o ano de forma sustentável
Geórgia Santos
7 de janeiro de 2018
Dar o primeiro passo para uma vida mais sustentável pode ser mais simples do que parece. Não envolve nada mirabolante e ainda pode tornar a vida mais leve e fácil. Aproveitando a onda das resoluções de Ano Novo, que tal incluir uma vida mais verde como uma meta para 2018? Mas não vou mencionar coisas como diminuir o consumo de energia elétrica, não desperdiçar água ou separar o lixo. Isso é o básico, né?
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Vamos começar com apenas três passos, mas ousados
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1. Alimentação saudável
Aposto que a maioria das pessoas colocou na lista das resoluções algo sobre emagrecer, comer melhor, ser mais saudável. Pois saiba que uma alimentação saudável está totalmente associada a um estilo de vida sustentável. Optar por alimentos naturais no lugar de ultraprocessados faz bem à saúde e ao meio ambiente, porque produz menos lixo, deixa menos pegadas e faz parte do ciclo da terra. Se deixar a carne de lado, melhor ainda;