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#PlasticFreeJuly . 10 maneiras de evitar o plástico da rotina de higiene e beleza

Geórgia Santos
25 de julho de 2018

Ainda falta uma semana para o mês acabar. Isso significa que ainda dá tempo de participar do desafio do Julho Sem Plástico, ou #PlasticFreeJuly. Tomar a decisão de consumir menos plástico pode ser desafiador, mas é muito importante que se pense sobre esse problema. E esse movimento faz justamente isso, incentiva a refletir sobre a real necessidade do plástico em nossas vidas.

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E um dos momentos em que mais se consome plástico é justamente durante rotina de higiene e beleza

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Por esse motivo, pensamos em 10 maneiras de reduzir o consumo de plástico na hora de cuidar de si. Algumas são mudanças mais drásticas, outras mais simples. Mas todas possíveis.

  1. Utilizar xampu e condicionador em barra – se comprar direto do produtor, melhor ainda. Afinal, algumas marcas que enviam pela internet o fazem em embalagens plásticas 🙁
  2. Fazer depilação definitiva ou utilizar barbeador de metal – aquela “giletezinha” normal mistura plástico e metal e não pode ser reciclada, sem contar que tem uma vida útil reduzida;
  3. Utilizar desodorante natural – mas escolha um que tenha embalagem de vidro ou que seja em barra;
  4. Sabonete natural – da mesma forma que o xampu e o condicionador, quanto menos intermediários, melhor;
  5. Discos de limpeza reutilizável – sabe aquele disco de algodão para limpar o rosto? Então, ele vem em embalagem, né? Que tal usar disquinhos de crochê e evitar mais esse plástico na vida?
  6. Escova de dentes de bambu – a escova tradicional é um pavor, todinha feita de plástico. A de bambu é barata, biodegradável  (com exceção das cerdas) e tão boa quanto;
  7. Coletor menstrual – esse assunto é polêmico e algumas pessoas não se sentem confortáveis, mas é uma ótima alternativa aos montes de plástico dos absorventes comuns, além de ser seguro e deixar a área “respirar”. Se você é do time que não confia no coletor, experimente as calcinhas absorventes. O mesmo vale para protetores diários, que agora tem opões reutilizáveis;
  8. Hidrante caseiro – ao produzirmos os cremes hidratantes – e outros cosméticos – em casa, diminuímos o consumo de plástico e ainda tratamos bem do corpo;
  9. Talco para os pés – abandone os tubinhos plásticos e experimente fazer a mistura em casa, é bem mais barato;
  10. Bucha natural – nada melhor para esfoliar rosto e corpo do que uma bucha vegetal. É barata, natural, biodegradável e vem sem embalagem, prontinha direto da terra;

Há inúmeras outras alternativas como oleo vegetal para demaquilar; pó de café para espantar a celulite; máscara de abacate para os cabelos; mel para combater caspa e espinhas; essas são apenas sugestões para o pontapé inicial. Que tal? Ainda dá tempo de aceitar o #PlasticFreeJuly. E se não for em Julho, não tem problema. Qualquer dia é dia para embarcar em uma jornada sustentável.

Imagens: Pixabay

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O problema do plástico é pior do que pensávamos

Geórgia Santos
29 de abril de 2018

Nós já falamos aqui sobre o mar de plástico a que estamos submetendo as próximas gerações. E se já parecia ruim, tudo indica que seja ainda pior.

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No início do ano, uma baleia cachalote foi encontrada morta com 29 quilos de plástico no estômago

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O animal media dez metros de comprimento e apareceu em Múrcia, no sul da Espanha, em uma cena que mais parecia saída de um filme de terror. Especialistas do Centro de Recuperação de Vida Selvagem El Valle encontraram, durante a autópsia, 29 quilos de sacolas plásticas de supermercado, um galão de plástico e pedaços de cordas e redes de pesca.

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Os pesquisadores concluíram que a baleia havia morrido justamente porque não conseguia expelir todo o plástico que havia engolido.

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Esse é sinal mais do que alarmante, absurdo, da quantidade de plástico que estamos jogando nos oceanos. Estima-se que mais de OITO MILHÕES DE TONELADAS de plástico sejam despejadas nos mares em todo o mundo. A crise é global e os números são assustadores. Estima-se que em 2050 teremos mais plástico do que peixes nadando nos oceanos.

Por se tratar de um material sintético, há poucos processos naturais capazes de desintegrar o plástico. Isso significa que as sacolas, canudinhos, copos e garrafas podem nadar por décadas, senão séculos. E não é algo que vai parar no estômagos de animais, somente.

Uma pesquisa realizada pela Orb Media encontrou fibras plásticas em 83% das amostras de água potável em todo o mundo. Outro estudo publicado neste ano ainda encontrou partículas de microplástico em 93% das amostras de água engarrafada (geralmente mineral). A pesquisa investigou 259 garrafas, de 19 localidades em noves países. Ao todo, testaram onze marcas diferentes. No Brasil, a marca testada é Minalba, que contém até 863 partículas de plástico por litro de água. A pior é a Nestlé Pure Life, que chega a 10390 por litro.

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O lado bom da história

Há uma série de iniciativas no mundo inteiro para reduzir a produção e consumo de plásticos. A mais conhecida é a proposta de cobrar por sacolas plásticas de supermercado, o que estimula o uso de sacolas de pano reutilizáveis. Inclusive no Brasil. O projeto de lei (PL 91/2018) que prevê a retirada do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado. A proposta é que o material seja substituído em até 10 anos por opções biodegradáveis. Só espero que não seja tarde.

Foto: Twitter / Espacios Naturales Protegidos de la Región de Murcia