Por que é tão difícil aceitar que o aquecimento global existe?
Geórgia Santos
14 de janeiro de 2018
Eu faço essa pergunta com frequência. O planeta está entrando em colapso em função do nosso estilo de vida e, mesmo assim, há quem prefira acreditar que está tudo bem. Acham que é questão de opinião, de ideologia. Entre eles está o presidente dos Estados Unidos, o que torna a mudança ainda mais difícil. Em meio a onda de frio extremo que atinge o leste dos Estados Unidos, Donald Trump tuíta o seguinte:
.
“No Leste, pode ser o Ano Novo mais FRIO de que se tem registro. Talvez a gente pudesse usar um pouco daquele bom e velho Aquecimento Global pelo qual o nosso país, mas não outros países, ia pagar TRILHÕES DE DÓLARES para se proteger”
.
Mas aquecimento global não é questão de opinião, de ideologia ou conspiração dos chineses. É um fato científico. CIENTIFICAMENTE COMPROVADO. Porque acreditamos que cigarro faz mal para a saúde mas não acreditamos no aquecimento global? Como disse o astrofísico Neil Degrasse Tyson em 10 de agosto do ano passado:
.
“Estranho. Ninguém está negando o eclipse solar do dia 21 de agosto nos EUA. Assim como o aquecimento global, métodos e ferramentas científicos previram o acontecimento”
.
Mas afinal, por que é tão difícil acreditar que aquecimento global existe? O lance é que as mudanças climáticas são causadas, em grande parte, por indústrias milionárias que não pretendem deixar de ganhar dinheiro. E aí vamos desde a indústria do petróleo, combustíveis fósseis, até a agropecuária. Sim, aquele bifinho e aquela soja estão nessa lista. Ou seja, as grandes potências econômicas não tem interesse em mudar a configuração social que se estabelece há décadas. Todo o estilo de vida propiciado pela revolução industrial causou algum tipo de impacto no meio ambiente. Isso significa que o famoso “progresso” ocorreu às custas do planeta. E se o “progresso” é o grande responsável pelo aquecimento global, é melhor que o aquecimento global não exista.
Três passos para começar o ano de forma sustentável
Geórgia Santos
7 de janeiro de 2018
Dar o primeiro passo para uma vida mais sustentável pode ser mais simples do que parece. Não envolve nada mirabolante e ainda pode tornar a vida mais leve e fácil. Aproveitando a onda das resoluções de Ano Novo, que tal incluir uma vida mais verde como uma meta para 2018? Mas não vou mencionar coisas como diminuir o consumo de energia elétrica, não desperdiçar água ou separar o lixo. Isso é o básico, né?
.
Vamos começar com apenas três passos, mas ousados
.
1. Alimentação saudável
Aposto que a maioria das pessoas colocou na lista das resoluções algo sobre emagrecer, comer melhor, ser mais saudável. Pois saiba que uma alimentação saudável está totalmente associada a um estilo de vida sustentável. Optar por alimentos naturais no lugar de ultraprocessados faz bem à saúde e ao meio ambiente, porque produz menos lixo, deixa menos pegadas e faz parte do ciclo da terra. Se deixar a carne de lado, melhor ainda;
A ideia de produzir em casa um sabão líquido que seja natural faz parte da nossa caminhada em direção a uma vida mais sustentável, que agrida menos o meio ambiente. E essa receita da Flávia Aranha é uma mão na roda por uma série de motivos: é menos poluente que os produtos químicos que a gente costuma usar, não contém derivados de petróleo, produz menos lixo, é indicado para lavar roupas E louça e ainda é recomendado para quem sofre com alergias.
.
E ainda é barata e rende TRÊS LITROS
.
Uau! Isso porque essa receita tem só três ingredientes: sabão de coco, alcool e bicarbonato de sódio. Só precisa prestar atenção para que o sabão em barra seja, de fato, natural. É fundamental que apareça ÓLEO DE COCO ou ÓLEO DE BABAÇU na composição. E quanto menos ingredientes na lista, melhor. Se puder, compre um artesanal.
.
RECEITA
3L de água
1 barra de sabão de coco (200g)
50ml de álcool
3 col de sopa de bicarbonato de sódio
Óleo essencial da sua escolha (opcional)
.
Coloque a água para ferver. Enquanto isso, rale o sabão de coco. Coloque o sabão na panela quando a água estiver fervendo e mexa devagar, até que esteja dissolvido – use uma panela grande, porque pode transbordar. Acrescente o álcool e depois o bicarbonato de sódio. Mexa por mais alguns minutos, com cuidado. Desligue o fogo e acrescente o óleo essencial – não é obrigatório, mas o sabão não tem cheiro, então pode ser uma boa ideia.
.
.
Deixe o detergente descansando por uma hora e, depois de frio, guarde em recipientes de vidro. Não se assuste com a textura, fica líquido feito água, mesmo. Não é um sabão viscoso. Além disso, costuma ficar transparente – o meu ficou turvo dessa vez, confesso que não sei porquê. A vantagem de quando fica turvo é que não corremos o risco de alguém achar que é água parada e jogar fora. Já aconteceu por aqui =)
Sim, eu tenho caspa. Essa coisinha nojentinha e desgraçada que insiste em armar acampamento no nosso couro cabeludo é uma forma leve de dermatite seborreica. Ao contrário do que muitos pensam, esse problema não está associado a falta de higiene, não é coisa de quem não lava o cabelo – aliás, lavar demais pode agravar o quadro. A intensidade da caspa aumenta de acordo com alguns fatores como mudanças bruscas de temperatura, oleosidade do couro cabeludo, temperatura da água (quanto mais quente, pior), estresse e alterações hormonais.
.
Mas o maior problema é que a caspa não tem cura
.
É isso mesmo. É tipo celulite, existe só pra atrapalhar. Os xampus anticaspa funcionam muito bem quando o assunto é reduzir a quantidade e melhorar o aspecto do couro cabeludo. Nos casos mais graves, em que há prurido (coceira), esses produtos também auxiliam. O problema é que são mais eficazes os que contem metais pesados, como zinco, especialmente.
Por isso, seguindo o conselho da Mona Soares, da Ewé Alquimias. Em um post do Instagram, ela contou que dilui o xampu no mel orgânico. O ingrediente, segundo ela, é ótimo pra quem tem caspa porque é antifúngico, regenerador celular e antioxidante. Se você for vegan, o mel pode ser substituído por melado de cana.
.
Eu testei – e aprovei
.
Resolvi seguir o conselho e testar o mel como um anticaspa natural. A receita é bastante simples: partes iguais de mel orgânico e do xampu que se costuma usar diariamente. O resultado é incrível. Em uma semana já notei que meu couro cabeludo fica limpo por mais tempo e meu cabelo mais macio. Com o passar dos dias, já foi possível notar uma redução na caspa – já não noto caírem no ombro quando uso preto.
E nesse turbilhão de frustração, uma entrevista tão
esclarecedora quanto estarrecedora passou despercebida
.
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, falou à DeutscheWelle Brasil. O líder da chamada bancada ruralista, que conta com 211 deputados que defendem o agronegócio (inclusive o explorador) com unhas dentes, explica melhor do que ninguém o que ele e seus pares pensam da preservação da Floresta Amazônica:
.
“Manter floresta em pé é apenas um gasto? Um custo? Claro que é um custo. Você tem os problemas naturais, incêndios. Para preservar é preciso ter um monte de coisas: cisternas, água, caixas de água, toda uma estrutura dentro da propriedade. E quem paga a conta por isso? Cobrar é fácil. Quem paga é o produtor rural. Se alguém quer muito que o Brasil seja esse modelo que nenhum outro país do mundo foi, nós concordamos. Mas é preciso ser remunerado por isso.”
.
Pobres produtores. Coitadinhos. Como vão ter lucro se não for destruindo tudo o que há pela frente?
Veja bem, não falo de pequenos produtores, não falo da agricultura familiar ou do cara que tem meia dúzia de vacas. Falo dos caras que queimam metade floresta pra um zilhão de bois pastarem enquanto seus empregados vivem em condições subumanas e eles passeiam por Miami.
A entrevista completa pode ser acessada aqui e é um festival de surrealidades. O nobre deputado garante que é mentira que fazendeiros invadam espaço de reservas ambientais, apoia a exploração do minério e plantio de soja em terras indígenas – ele inclusive acredita que pode falar em nome deles. Falando assim não parece o bicho, mas a desinformação do parlamentar assusta. Ele acredita, por exemplo, que os índios americanos são milionários, quando a realidade é bastante cruel.
.
Para ele, preservar o meio ambiente atrasa o progresso
Um dos melhores amigos da minha família é o tal do Pó Pelotense. Pai e mãe sempre usaram e eu não ficava pra trás. Volta e meia esquecia, mas era só usar uma Melissa em um dia de calor que eu lembrava do porquê amávamos tanto o Pó Pelotense. A verdade é que ninguém gosta de chulé, né. E se pudermos usar algo pra espantar esse cara que insiste em nos acompanhar, tá valendo. Por isso pensei num talco para os pés que seja natural e que a gente pode ser em casa.
.
Mas e quais as alternativas sustentáveis pra o chulé?
.
É mais fácil do que tu imaginas. Eu pesquisei sobre o tema na internet, além de perguntar pra algumas pessoas, e há inúmeras receitas pra espantar o mau cheiro nos pés, mas a melhor resposta é simples: BICARBONATO DE SÓDIO E AMIDO DE MILHO. Substitui o talco por uma mistura de partes iguais de bicarbonato de sódio com maisena e o resultado será absolutamente o mesmo. O amido controla a umidade (muito importante, senão o pé fica cheiroso porém encharcado) e o bicarbonato controla o chulé.
Se sentir falta de um cheirinho mentolado ou um cheirinho qualquer, pinga umas gotas de óleo de essencial e mistura com o pó. Deixa secar e coloca em um tubinho que facilite a aplicação, tipo esse aí embaixo.
Mas assim, usa um óleo que não tenha cor. Porque eu pinguei óleo de laranja (que é amarelo) e o resultado foi esse aí, ó =(
Muito idiota. Era óbvio que isso aconteceria, a meia ficou amarela por causa do oleo de laranja. Claro que se usar o calçado sem meias ou com uma meia escura, a cor do “talco” deixa de ser problema. Mas por via das dúvidas, eu evitaria.
.
Chulé prévio
E o que fazer se o chulé já tomou conta do calçado? Ah, aí a trama complica. Quer dizer, nem tanto. Nesse caso, a solução também é muito simples: VINAGRE BRANCO. Mistura uma parte de vinagre (eu prefiro o de maçã) para cinco partes de água. Umedece um pano com essa mistura e passa no calçado fedorento. Deixa secar à sombra e pronto, o chulé vai embora. Depois é só usar o bicarbonato.
Papo vai, papo vem, minha mãe perguntou: o que eu posso fazer ?
.
A dúvida que ela tem é a mesma de milhares de pessoas. E assim como a dona Tude, essas milhares de pessoas acreditam que levar uma vida mais sustentável é difícil e caro. Mas é mais simples do que se imagina. Mais do que isso, é totalmente possível. Por isso nós preparamos algumas dicas para quem não sabe por onde começar.
Cinco passos para começar a levar uma vida sustentável
.
1. Economize energia
Essa era meio óbvia, né? Nem por isso a gente se preocupa o suficiente. E eu sou a primeira a assumir a culpa por deixar todas as luzes da casa ligadas – ou pelo menos deixava, no passado.
Começa por aí, apagando as luzes; desligando aparelhos que não estão em uso; tirando os carregadores da tomada; tomando banhos mais curtos; secando a roupa no varal; lavando a roupa e a louça à mão sempre que possível. Também evite usar o ar condicionado o tempo inteiro e escolha lâmpadas que consumam menos energia.
Se quiser dar um passo adiante, comece a utilizar fontes de energia renovável, como a solar – tem até c. Essas medidas não só ajudam o meio ambiente, mas reduzem – e muito – a conta de luz no final do mês. Ser sustentável economiza até grana. E nunca é demais lembrar que vivemos uma grave crise de energia. Quem não lembra dos apagões?
2. Economize água
Há estimativas de que 50% da água consumida em uma casa seja desperdiçada. E olha, eu lembro de fazer uma apresentação no colégio cantando aquela música horrível do Guilherme Arantes, Planeta Água, para chamar atenção para o desperdício. Isso há mil anos. Será que a gente não evoluiu nem um pouquinho?
Vamos lá, precisamos tomar banhos mais curtos (estou melhorando esse item); fechar a torneira enquanto escovamos os dentes; enquanto lavamos a louça; consertando vazamentos. Sem contar que já passou a era em que era necessário lavar calçada, né? Água da chuva tá aí pra essas e outras coisas.
As nossas fontes de água potável estão se esgotando e precisamos ser responsáveis quanto a isso. A quem acha que não passa de alarmismo, lembro que o nordeste brasileiro enfrentou, em 2017, a pior seca em 100 anos. Agora mesmo, fazendeiros do sul da europa enfrentam a pior estiagem em décadas. O estado da California, nos Estados Unidos, de onde escrevo neste momento, enfrentou os piores anos de seca de sua história. Estudos atestam que foi a pior estiagem em 1200 anos. É isso mesmo, eu não escrevi errado, em MIL E DUZENTOS ANOS.
Abaixo, o vídeo do National Geographic explica: menos de 3% da água do planeta é potável; apenas 0,3% está disponível para consumo humano; e isso é tudo o que temos. E deu.
3. Abandone o carro
Ande a pé ou de bicicleta sempre que possível. Além de ser saudável, é outra maneira de ser gentil com o ambiente. Se usar o carro for imperativo, opte por um modelo mais econômico, de preferencia elétrico. Parece um contrassenso, mas há maneiras de abastecer o carro em plugues alimentados por energia solar. Sem contar que é BEM mais barato que gasolina.
Enfim, evite o plástico sempre que possível. Prefira as alternativas produzias em materiais naturais e biodegradáveis. Esse pequeno documentário divulgado pela ONU Brasil ajuda a compreender o problema.
5. Adote uma rotina de higiene natural
Essa passa por evitar os químicos, e também é uma alternativa saudável. Opte sempre por produtos naturais, desde sabonetes; desodorantes; maquiagem; xampu e condicionador; pasta de dentes; hidratantes para o rosto e corpo e por aí vai.
E aí, tá afim de experimentar uma vida mais verde? Vale a pena. Ah, e não esquece de separar o lixo 😉
Cedeu e retrocedeu – Governo reduz proteção de floresta na Amazônia
Geórgia Santos
16 de julho de 2017
Nesta semana eu ia dar algumas dicas sobre como começar a viver de maneira mais sustentável, motivada por uma conversa que tive com meus pais. Mas o governo federal não permitiu. Não, não fui censurada. Acontece que o presidente Michel Temer cedeu à pressão da bancada ruralista e enviou ao Congresso um projeto de lei propondo uma REDUÇÃO NA PROTEÇÃO de floresta na Amazônia.
.
É isso mesmo, em meio a uma latente crise de negação da ciência – de dimensões apocalípticas, talvez – o governo brasileiro quer reduzir a proteção ao meio ambiente
.
Há um mês, o Executivo vetou a Medida Provisória 756, que reduzia a Floresta Nacional de Jamanxim (Flona), no Pará. Apesar da sinalização positiva, o governo cedeu e retrocedeu: o novo texto prevê uma redução de 349.046 hectares nos limites da Flona.
.
O PL propõe uma redução de 27% na área da Floresta Nacional
.
Segundo comunicado do Ministério do Meio Ambiente, o projeto foi desenhado para diminuir os conflitos na região e estancar o desmatamento:
“A área onde se localiza a Floresta Nacional do Jamanxim tem sido palco de recorrentes conflitos fundiários e de atividades ilegais de extração de madeira e de garimpo associados a grilagem de terra e a ausência de regramento ambiental. Com reflexos na escalada da criminalidade e da violência contra agentes públicos, sendo necessária a implantação de políticas de governo adequadas para enfrentar essas questões”.
Deixa eu ver se entendi: para evitar o DESMATAMENTO ILEGAL, o governo resolve retirar a proteção que impede o desmatamento. Logo, o desmatamento passa a ser LEGAL e o conflito deixa de existir porque os proprietários das terras da região não vão mais atacar agentes do IBAMA (oito viaturas foram queimadas nas últimas semanas). É isso?
Eu não sou escolada nesse assunto, confesso. Apesar de me preocupar com o meio ambiente e tentar levar uma vida sustentável, não conheço a situação dos conflitos e desmatamentos na Amazônia a fundo. O que sei é que é um problema grande e em ascensão há muitos anos. Mesmo assim, me parece um paradoxo.
.
Vamos abrir mão de proteger o meio ambiente para que ele deixe de ser destruído. Essa é a gênese da justificativa genial do PL
.
Posso estar errada e estou aberta à discussão, mas me parece mais uma atrocidade contra o meio ambiente. Não só isso, nos mostra que a nossa liberdade termina onde começa o dinheiro do outro, afinal, alguém está enchendo os bolsos com o ar que a gente deveria respirar.
Nessa nossa jornada para tentar causar menos impacto no meio ambiente, há coisas mais fáceis de se fazer, como deixar de usar sacolas plásticas, e outras menos confortáveis, como aderir a cosméticos naturais. E há outras sobre as quais simplesmente não pensamos, como depilação. Sim, esse hábito não é nem um pouco verde. Mesmo assim, não vou deixar de me depilar, óbvio. Então precisei encontrar alternativas para não usar cera ou mil gilettes, que são caras e rendem poucos usos.
.
Depilação definitiva
Meu primeiro passo foi procurar um método de depilação definitiva. Escolhi usar a luz pulsada e fiz na axila e virilha. Os resultados são realmente impressionantes. O número de sessões necessárias varia de acordo com o contraste do tom da pele e do pelo, mas em geral de cinco a seis sessões é mais do que suficiente. Eu não fui disciplinada. O correto é ter um intervalo de 20 dias entre cada sessão. Eu ficava meses e, consequentemente, meu tratamento ainda não terminou. Mesmo assim, só uso gilette para depilar minha axila uma vez por mês e olha lá.
Em Porto Alegre, o melhor custo benefício é no salão Wall Cabelos, no centro. A Cris é responsável pela depilação e faz um ótimo trabalho. E vale a pena cortar o cabelo por lá, também hehe =)
.
Safety razor
Como não terminei o tratamento, ainda preciso da gilette. Além do mais, ainda tenho pernas e o orçamento não permite laser no corpo inteiro. O problema é que elas são caras e não tem uma vida útil muito longa. Sem contar a quantidade de lixo não reciclável que gera – como mistura plástico e metal, não tem como ser separado corretamente. Já o problema da cera é que é cara e causa um impacto grande no meio ambiente (especialmente as de roll-on), além de DOER. E vamos combinar que tem que ser feito no salão, em casa fica uma meleca e não é prático – eu até já usei aquelas folhas de cera fria, mas são caras e produzem um montão de lixo.
Foi aí que cheguei no barbeador de metal Safety Razor. Sim, aqueles com cara de antiguinho que os tios das barbearias usam. Ele é reutilizável (tipo pra sempre), tem dois lados para depilar ou barbear e como a lâmina é feita só de metal, é reciclável. A troca da lâmina depende do uso, mas se for toda a semana pode ser trocada uma vez por mês.
Vantagens – É mais eficiente porque as lâminas são mais afiadas – e são recicláveis; dura uma vida inteira; é sustentável; bonitinho =); e é mais barato no longo prazo. Se comprar no exterior, o custo é ainda menor, eu paguei $18 dolares pelo meu Safety Razor com cinco lâminas incluídas.
.
Desvantagens – a chance de ser cortar é ENORME, realmente não é tão fácil quanto com uma gilette tradicional. E, claro, em comparação com a cera, o pelo vai crescer mais rápido. De qualquer forma, eu espero que a essas alturas tu saibas que a história de que o pelo cresce mais grosso é a mais absoluta bobagem.
.
Como se depilar?
Essa questão é BEM delicada, porque exige uma série de cuidados. Mas depois que a gente se acostuma, fica mais fácil.
Lave bem a pele e utilize algo para facilitar que a lâmina deslize. Não precisa ser creme de barbear, pode ser um sabonete hidratante, um xampu sólido, ou até condicionador;
Cuidado com o ângulo, não pode ser 90graus, senão a gente se corta. O ideal é acompanhar a curvatura do barbeador e da pele (o vídeo abaixo mostra direitinho)
Não pressione, a lâmina vai funcionar apenas deslizando pela pele;
Desodorante é sempre assunto delicado, especialmente a falta dele. É impossível sobreviver a um dia quente sem usar desodorante após o banho – com exceção do meu pai, que não usa e é cheiroso e é um mistério da natureza. Mas e se esse produto nos deixar doentes?
Há algum tempo, fiz um extenso exame de sangue e descobri que tenho uma quantidade excessiva de alumínio no organismo. Não sabia exatamente o que signifcava, mas fui pesquisar. Para minha surpresa, há uma forte relação desse metal com doenças como o mal de Alzheimer, câncer de pulmão e inflamações em geral. Fiquei bastante alarmada e já comecei a rever panelas e formas nas quais eu estava cozinhando, porque certamente isso vinha da ingestão.
.
Mas havia outro motivo (além da comida) pra o aumento de alumínio no meu organismo: desodorantes e antitranspirantes.
Comecei, então, uma pesquisa para encontrar alternativas. Eu não quero ficar fedendo, mas também quero cuidar da saúde e do meio ambiente. Foi aí que encontrei os desodorantes naturais. Só há uma questão: eles não são antitranspirantes.
.
Diferença entre desodorante e antitranspirante
Desodorante é um produto que contém uma ou mais substâncias capazes de combater ou disfarçar o odor. Antitranspirante é o produto que reduz a quantidade de suor, seja inibindo a produção ou dificultando a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas.
No caso dos produtos naturais, eles são desodorantes. Isso significa que a gente sua normalmente, fica com a axila úmida e, eventualmente, aquela famosa marca de pizza embaixo do braço. Conforme o produto, isso acontece mais ou menos. Mas ficamos sempre cheirosos. Há soluções muito simples como passar LEITE DE MAGNÉSIA na axilas (com um algodão, bem simples); BICARBONATO DE SÓDIO (com os dedos, espalha o pó pelas axilas); ou mesmo uma mistura dos dois.
Mas também há desodorantes naturais, elaborados com fórmulas especiais. Não foi uma adaptação fácil, até porque usei várias marcas e diferentes tipos até descobrir o meu. Aí vai o que descobri e qual o meu preferido.
Foi o primeiro que usei. É um desodorante sólido feito com ingredientes em pó. Promete excelente absorção e pele seca. Segundo o fabricante, controla a transpiração e absorve odores.
Vantagem – tem um toque seco, é cheiroso e, apesar de ser uma barrinha, a forma de passar é a mesma do roll´on. Realmente absorve a umidade e não deixa cheiro ruim. Além de não ter embalagem, o que é ótimo pra o ambiente.
Desvantagem – a barra precisa ser acondicionada em uma caixinha longe de qualquer tipo de umidade. Ou seja, não rolou guardar no banheiro. Com a umidade do chuveiro, o pozinho grudou e eu precisava raspar a barrinha antes de passar. Nada prático.
PS.: transformei em pó e uso como “talco” para os pés
Descobri esse por acaso enquanto vasculhava as prateleiras da TJ-Max. O fabricante promete auxiliar na neutralização dos odores e absorção da umidade.
Vantagem – O aroma é delicioso (testei o de lavanda e sálvia) e funciona durante o dia inteiro. O pote é de vidro e pode ser reutilizado (o ambiente agradece). Além disso, ajuda a controlar a transpiração, é uma beleza.
Desvantagem – A única desvantagem é a maneira de passar. Ele tem uma textura de um creme durinho, quebradiço. Vem uma pequena espátula dentro do potinho, que serve para pegar o produto. A gente coloca o desodorante nos dedos e passa na axila conforme ele derrete. Não é difícil, só não é super prático.
O GRANDE VENCEDOR. Em outra incursão pela TJ-Maxx, descobri que existia outro tipo além do potinho – que eu já estava anunciando como o melhor desodorante natural do mundo. Resolvi comprar.
Vantagem – Fácil de passar (imagina um protetor labial gigante), cheiro maravilhoso (testei o de Ylang e calêndula), aguenta suor o dia inteiro e ajuda a absorver a umidade. Perfeito.
Desvantagem – Não vende no Brasil =/ Mas a internet tá aí pra ajudar.
*Se o cheiro ainda for muito forte e os desodorantes naturais não sustentarem, faça uma solução de álcool (pode ser o normal ou de cereais) com bicarbonato de sódio e passe na axila antes de dormir. Ajuda a aliviar.