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Eu testei – Depilação sustentável (what?)

Geórgia Santos
9 de julho de 2017

Nessa nossa jornada para tentar causar menos impacto no meio ambiente, há coisas mais fáceis de se fazer, como deixar de usar sacolas plásticas, e outras menos confortáveis, como aderir a cosméticos naturais. E há outras sobre as quais simplesmente não pensamos, como depilação. Sim, esse hábito não é nem um pouco verde. Mesmo assim, não vou deixar de me depilar, óbvio. Então precisei encontrar alternativas para não usar cera ou mil gilettes, que são caras e rendem poucos usos.

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Depilação definitiva

Meu primeiro passo foi procurar um método de depilação definitiva. Escolhi usar a luz pulsada e fiz na axila e virilha. Os resultados são realmente impressionantes. O número de sessões necessárias varia de acordo com o contraste do tom da pele e do pelo, mas em geral de cinco a seis sessões é mais do que suficiente. Eu não fui disciplinada. O correto é ter um intervalo de 20 dias entre cada sessão. Eu ficava meses e, consequentemente, meu tratamento ainda não terminou. Mesmo assim, só uso gilette para depilar minha axila uma vez por mês e olha lá.

 

Em Porto Alegre, o melhor custo benefício é no salão Wall Cabelos, no centro. A Cris é responsável pela depilação e faz um ótimo trabalho. E vale a pena cortar o cabelo por lá, também hehe =)

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Safety razor

Como não terminei o tratamento, ainda preciso da gilette. Além do mais, ainda tenho pernas e o orçamento não permite laser no corpo inteiro. O problema é que elas são caras e não tem uma vida útil muito longa. Sem contar a quantidade de lixo não reciclável que gera – como mistura plástico e metal, não tem como ser separado corretamente. Já o problema da cera é que é cara e causa um impacto grande no meio ambiente (especialmente as de roll-on), além de DOER. E vamos combinar que tem que ser feito no salão, em casa fica uma meleca e não é prático – eu até já usei aquelas folhas de cera fria, mas são caras e produzem um montão de lixo.

Foi aí que cheguei no barbeador de metal Safety Razor. Sim, aqueles com cara de antiguinho que os tios das barbearias usam. Ele é reutilizável (tipo pra sempre), tem dois lados para depilar ou barbear e como a lâmina é feita só de metal, é reciclável. A troca da lâmina depende do uso, mas se for toda a semana pode ser trocada uma vez por mês.

Vantagens – É mais eficiente porque as lâminas são mais afiadas – e são recicláveis; dura uma vida inteira; é sustentável; bonitinho =); e é mais barato no longo prazo. Se comprar no exterior, o custo é ainda menor, eu paguei $18 dolares pelo meu Safety Razor com cinco lâminas incluídas.

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Desvantagens – a chance de ser cortar é ENORME, realmente não é tão fácil quanto com uma gilette tradicional. E, claro, em comparação com a cera, o pelo vai crescer mais rápido. De qualquer forma, eu espero que a essas alturas tu saibas que a história de que o pelo cresce mais grosso é a mais absoluta bobagem.

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Como se depilar?

Essa questão é BEM delicada, porque exige uma série de cuidados. Mas depois que a gente se acostuma, fica mais fácil.

  1. Lave bem a pele e utilize algo para facilitar que a lâmina deslize. Não precisa ser creme de barbear, pode ser um sabonete hidratante, um xampu sólido, ou até condicionador;
  2. Cuidado com o ângulo, não pode ser 90graus, senão a gente se corta. O ideal é acompanhar a curvatura do barbeador e da pele (o vídeo abaixo mostra direitinho)
  3. Não pressione, a lâmina vai funcionar apenas deslizando pela pele;

Dá uma olhada nesse vídeo e vê como é fácil. Eu testei e super recomendo. Pode comprar online, mesmo. 

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Eu testei – Desodorante natural

Geórgia Santos
2 de julho de 2017

Desodorante é sempre assunto delicado, especialmente a falta dele. É impossível sobreviver a um dia quente sem usar desodorante após o banho – com exceção do meu pai, que não usa e é cheiroso e é um mistério da natureza. Mas e se esse produto nos deixar doentes?

Há algum tempo, fiz um extenso exame de sangue e descobri que tenho uma quantidade excessiva de alumínio no organismo. Não sabia exatamente o que signifcava, mas fui pesquisar. Para minha surpresa, há uma forte relação desse metal com doenças como o mal de Alzheimer, câncer de pulmão e inflamações em geral. Fiquei bastante alarmada e já comecei a rever panelas e formas nas quais eu estava cozinhando, porque certamente isso vinha da ingestão.

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Mas havia outro motivo (além da comida) pra o aumento de alumínio no meu organismo: desodorantes e antitranspirantes.

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Sim, há uma quantidade bastante grande de alumínio nos desodorantes antitranspirantes a que estamos tão acostumados. Para piorar, estudos recentes indicam que o alumínio dos desodorantes podem estar associados ao aparecimento do câncer de mama. São pesquisas preliminares e talvez precipitadas, mas cientistas detectaram a absorção do alumínio em aplicação tópica através dos sais de alumínio que estão, adivinhem, em antitranspirantes.

Comecei, então, uma pesquisa para encontrar alternativas. Eu não quero ficar fedendo, mas também quero cuidar da saúde e do meio ambiente. Foi aí que encontrei os desodorantes naturais. Só há uma questão: eles não são antitranspirantes.

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Diferença entre desodorante e antitranspirante

Desodorante é um produto que contém uma ou mais substâncias capazes de combater ou disfarçar o odor. Antitranspirante é o produto que reduz a quantidade de suor, seja inibindo a produção ou dificultando a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas.

No caso dos produtos naturais, eles são desodorantes. Isso significa que a gente sua normalmente, fica com a axila úmida e, eventualmente, aquela famosa marca de pizza embaixo do braço. Conforme o produto, isso acontece mais ou menos. Mas ficamos sempre cheirosos. Há soluções muito simples como passar LEITE DE MAGNÉSIA na axilas (com um algodão, bem simples); BICARBONATO DE SÓDIO (com os dedos, espalha o pó pelas axilas); ou mesmo uma mistura dos dois.

Mas também há desodorantes naturais, elaborados com fórmulas especiais. Não foi uma adaptação fácil, até porque usei várias marcas e diferentes tipos até descobrir o meu. Aí vai o que descobri e qual o meu preferido.

1 – T´EO – Lush

Foi o primeiro que usei. É um desodorante sólido feito com ingredientes em pó. Promete excelente absorção e pele seca. Segundo o fabricante, controla a transpiração e absorve odores.

Vantagem –  tem um toque seco, é cheiroso e, apesar de ser uma barrinha, a forma de passar é a mesma do roll´on. Realmente absorve a umidade e não deixa cheiro ruim. Além de não ter embalagem, o que é ótimo pra o ambiente.

Desvantagem –  a barra precisa ser acondicionada em uma caixinha longe de qualquer tipo de umidade. Ou seja, não rolou guardar no banheiro. Com a umidade do chuveiro, o pozinho grudou e eu precisava raspar a barrinha antes de passar. Nada prático.

PS.: transformei em pó e uso como “talco” para os pés

2 – Aromaco – Lush

À primeira vista, perfeito. Parece um sabonete e o fabricante promete uma pele renovada e seca graças a ingredientes que fecham os poros.

Vantagem – com o formato de sabonete, é bem prático para passar e pode ser acondicionado de qualquer maneira. Também não tem embalagem.

Desvantagem – a pele não fica seca e tem um cheiro estranho, a ponto de eu não saber se era mau cheiro na minha axila ou era o olor do desodorante.

PS.: assim como o primeiro, ajuda como chulé.

3 – Schmidt´s – Potinho

Descobri esse por acaso enquanto vasculhava as prateleiras da TJ-Max. O fabricante promete auxiliar na neutralização dos odores e absorção da umidade.

Vantagem – O aroma é delicioso (testei o de lavanda e sálvia) e funciona durante o dia inteiro. O pote é de vidro e pode ser reutilizado (o ambiente agradece). Além disso, ajuda a controlar a transpiração, é uma beleza.

Desvantagem – A única desvantagem é a maneira de passar. Ele tem uma textura de um creme durinho, quebradiço. Vem uma pequena espátula dentro do potinho, que serve para pegar o produto. A gente coloca o desodorante nos dedos e passa na axila conforme ele derrete. Não é difícil, só não é super prático.

4 – Schmidt´s – Bastão

O GRANDE VENCEDOR. Em outra incursão pela TJ-Maxx, descobri que existia outro tipo além do potinho – que eu já estava anunciando como o melhor desodorante natural do mundo. Resolvi comprar.

Vantagem – Fácil de passar (imagina um protetor labial gigante), cheiro maravilhoso (testei o de Ylang e calêndula), aguenta suor o dia inteiro e ajuda a absorver a umidade. Perfeito.

Desvantagem – Não vende no Brasil =/ Mas a internet tá aí pra ajudar.

 

  • *Se o cheiro ainda for muito forte e os desodorantes naturais não sustentarem, faça uma solução de álcool (pode ser o normal ou de cereais) com bicarbonato de sódio e passe na axila antes de dormir. Ajuda a aliviar.
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Papel reciclado de … cocô de elefante

Geórgia Santos
25 de junho de 2017

Há duas semanas estive no Zoológico de San Diego e enquanto bisbilhotava a lojinha para ver se encontrava algo interessante para comprar, deparei com algo que, confesso, me surpreendeu: papel reciclado de cocô de elefante. Achou pesado? Desculpa pelo o trocadilho.

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Não resisti. Quer algo melhor que um bloquinho de papel reciclado de cocô pra uma jornalista que está tentando levar uma vida sustentável? Foi amor à primeira vista.

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A capa garante: “Made with real Poo!” Ou seja, feito com cocô de verdade. A patente (outro trocadilho, lamento) foi registrada pela marca PooPooPaper TM, que fabrica produtos em papel reciclado E SEM CHEIRO (ufa!) a partir das fezes desses animais fofinhos.

A explicação é bastante lógica: eles usam uma matéria prima que existe em abundância (esse não foi intencional) e fazem produtos funcionais com isso. E ainda salvam um bocado de árvores no processo. O lance é que os elefantes de alimentam quase que exclusivamente de grama e capim, e eliminam quase a mesma quantidade. Mas o sistema digestivo desses animais não consegue romper a fibra das folhas, o que significa que suas fezes estão cheinhas de fibras. Assim, chegamos ao seguinte:

Cocô de elefante tem muitas fibras -> fibras são a base para a pasta de papel -> cocô de elefante pode virar papel

Simples, né?

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10 momentos em que minha mãe foi ecologicamente correta sem saber

Geórgia Santos
14 de maio de 2017

Não fui criada com uma intenção de ser ecologicamente correta. E falo de intenção porque há famílias em que ensinam isso pra os filhos desde muito cedo ou sempre. Lá em casa, não era parte da conversa ou da rotina. Isso não significa que meus pais não são conscientes. E eu não estou falando de reciclagem de lixo, falo de medidas bastante importantes.

Na casa dos meus pais há duas claraboias que iluminam as áreas de convivência, o que elimina a necessidade de usar lâmpadas durante o dia. Além disso, o aquecimento da água da casa e da piscina é solar. Bacana, né? Mas a minha mãe é mais consciente do que ela imagina.

10 momentos em que minha mãe foi ecologicamente correta sem saber – ou sem perceber

1 “Vai a pé”

 

2 “Rápido nesse banho, Geórgia. Tu tá aí há quase uma hora, a água do planeta vai acabar”

 

3 “Apaga a luz quando tu for pra cama”

 

4 “Come a sobra de ontem, não precisa fazer mais comida”

 

5 “Usa açúcar pra esfoliar a cara, é mais barato. Ou farinha de milho”

 

6 “Vai a pé”

 

7 “Vai caminhando ou de bici”

 

8 “Deve ter na horta do vô”

 

9 “Para de fumar”

 

10 “Vai à pé”

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Planeta ou lucro, o que é mais importante?

Geórgia Santos
30 de abril de 2017

Parece uma pregunta idiota, e é. É uma pergunta extremamente idiota. O problema é que a resposta da sociedade tem sido ainda mais imbecil. Sobre o que é mais importante, planeta ou lucro, estamos ficando com a segunda opção.

Alguém sempre vai dizer que é exagero, que não é bem assim. Que esse papo é coisa de ecochatos da esquerda autoritária que são contra o empreendedorismo. Que o planeta está a alvo e que o aquecimento global é invenção dos chineses (?). Acontece.

O problema é que esse alguém é o presidente dos Estados Unidos

Mesmo que o presidente em questão seja Donald Trump, o que é algo bizarro em si, é extremamente preocupante. Significa que o comandante em chefe do país mais poderoso do mundo acredita que a humanidade pode fazer o que quiser com os recursos naturais e que tudo ficará bem assim. Senão melhor. O absurdo chegou ao ponto em que se está negando a ciência. O resultado é que as pessoas foram obrigadas a marchar pelo senso comum, como bem disse o nosso colunista Sacha Nixon, no espaço Nós US.

Mas mesmo que seja uma marcha pelo mínimo e pelo óbvio, que coisa tão linda é ver lutarem pela bem estar comum

Sim, porque não estamos falando de um protesto baseado em questões individuais. Talvez na Marcha pela Ciência (March for Science) alguém tenha protestado porque perdeu financiamento para a pesquisa que estava realizando, mas no caso da Marcha das Pessoas pelo Clima (People´s Climate March), que ocorreu neste final de semana, a reivindicação é simplesmente continuar existindo.

Parece drástico, mas não é. Chegamos a um ponto em que absorvemos o descontrole em nossas rotinas como algo natural. Com a água, com o lixo, em nossas casas, na escola, em nossas indústrias. É mais barato, ganho mais, vendo mais, lucro mais, mais, mais, mais.

E vivemos menos, menos, menos, menos

Que bom que fomos às ruas para proteger nosso meio ambiente e declarar a responsabilidade do presidente dos Estados Unidos ao conduzir essa questão. Precisamos celebrar o fato de estarmos acordados para dizer, em alto e bom som e no meio da rua, que o planeta é mais importante. Respondendo a uma pergunta idiota.

Foto: Max Herman, Survival Media Agency

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Três hábitos simples e sustentáveis para adotar no trabalho

Geórgia Santos
9 de abril de 2017

Levar uma vida verde não é fácil, já entendi. Mas isso não significa que tudo seja difícil. A seguir, veja 3 hábitos simples e sustentáveis para adotar no trabalho – e em casa. Acredite, já é um passo enooooorme.

1 – Adote uma caneca

Fala aí, tu passas o dia inteiro tomando café pra conseguir chegar ao final de um dia de trabalho, né? Começa por aí. Em vez de utilizar copos de papel, plástico ou isopor a cada cafezinho, adote uma caneca. Beba café o dia inteiro em uma caneca só tua, é até mais gostoso.

2 – Use talheres de verdade

Cada vez mais as pessoas levam o almoço de casa em vez de almoçar fora, certo? Seja por economia ou pra manter a forma. Sem contar as telentregas que nos economizam um tempão. Aproveita essa onda e abandona os talheres descartáveis. Usar garfo e faca reutilizáveis deixam o almoço mais agradável e o planeta agradece.

3 – Utilize guardanapos de tecido

Essa é uma mudança mais radical, mas é tão simples quanto as outras duas e pode ser adotada em casa. Basta substituir os guardanapos de papel por guardanapos de pano. É mais barato, limpa melhor e, no trabalho, ainda serve de toalhinha. “Ah, mas tem que lavar!” E daí? Por acaso tu usas roupas de papel pra não ter que lavar?

E aí, vai aderir? =)

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Sim, é difícil ser ecologicamente correta

Geórgia Santos
2 de abril de 2017

Nesta semana eu sofri a minha primeira derrota ecológica desde que iniciei uma jornada para recobrar a consciência ambiental que eu nunca tive. Não pensei que fosse fácil. Ao contrário, sei da dificuldade que envolve ir contra o fluxo. Ainda assim, acho que é a primeira vez que eu digo: é difícil ser ecologicamente correta. Muito difícil.

“Conforme avanço, deparo com obstáculos cada vez maiores”

 

Não me entendam mal, não pretendo desistir. Inclusive fiz progressos importantes ao longo dos meses, especialmente com a rotina da casa e cosméticos, uma jornada que divido com vocês aos poucos. Mas conforme avanço, deparo com obstáculos cada vez maiores e mais frustrantes.

Este post deveria ser sobre minha transiçãoo para um xampu sólido e natural. Ou seja, um produto que não polui, não agride meu corpo e ainda dispensa embalagem. Uma sequencia dos cuidados capilares que venho mostrando aqui com a hidratação e leave-in. Mas não rolou.

No último mês, testei três produtos diferentes e nenhum me deixou satisfeita. E não, não testei só uma vez, testei várias. Cada um deles. Todos deixaram meu cabelo empapado, oleoso e com aspecto de sujo. Fiquei muito frustrada.

Eu resolvi dividir isso com vocês porque parte da minha frustração vem do fato de que a maioria das blogueiras que escrevem sobre o assunto falam maravilhas desses produtos. É verdade que elas falam da dificuldade, mas nenhuma testou três produtos e os três deram resultados péssimos. O lance é que eu parecia um personagem do Mágico de OZ – e não era nem a Dorothy nem o Homem de Lata.

Eu não vou desistir. Fiquei feliz que o terceiro xampu funcionou melhor do que o segundo. Ou seja, houve uma evolução. Ainda preciso descobrir se o produto é ruim, se eu não estou lavando direito ou se não estou removendo o cosmético adequadamente – por isso não vou falar quais as marcas. Nesse meio tempo, encontrei um produto com o mínimo de química possível e tá tudo bem.

Um dia eu consigo.

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Gel de linhaça – Cachos perfeitos

Geórgia Santos
19 de março de 2017

Nessa vibe de ser ecologicamente correta, a gente enfrenta algumas dificuldades e complicações. É uma vida toda na comodidade de usar os produtinhos que estão na prateleira do supermercado ou da farmácia e era isso. Agora, surge o gel de linhaça.

Não serei ingrata, os cosméticos tradicionais me salvaram a vida. Quando eu era criança e adolescente, não tinha esse lance de creme para pentear, modeladores de cachos e muito menos os leave-in. Fala sério, no máximo um Neutrox amarelinho. Ou seja, se já não tinha finalizador tradicional, imagina se eu ia ter acesso aos que não prejudicam o ambiente e a saúde. Eu nem sabia que existiam. Mas isso mudou.

Há uns meses, descobri o melhor finalizador DA VIDA para os cabelos, especialmente para cabelos ondulados, cacheados ou crespos: o gel de linhaça. Ele deixa o cabelo macio, sedoso e modelado ao mesmo tempo. Os cachos ficam lindos, leves e soltos. E tem INÚMERAS vantagens

É natural;

Fácil de fazer;

Barato;

Saboroso;

Light;

Hein? Mas é de passar no cabelo ou de comer? Os dois!

MODELADOR DE CACHOS – QUE, DE QUEBRA, DÁ PRA COMER

 

Ingredientes

½ xícara de linhaça dourada

2 xícaras de água

folhas de gaze

1 pote de vidro

Modo de fazer

  • Misture a linhaça e a água em uma panela, leve ao fogo e mexa até que forme um gel;

  • Coe o gel com a gaze, espremendo até que o gel saia limpo;
  • Acondicione em um pote de vidro e guarde na geladeira;

Se quiser potencializar o efeito, pode misturar com babosa, especialmente se o seu cabelo for O produto dura cerca de um mês na geladeira, mas além de passar no cabelo, ele pode virar uma geleia light e delicinha. É só misturar o gel com uma xícara de purê de qualquer (prefiro de morangos) fruta e passar no pão. Super nutritivo, docinho, gostoso e light. Nham =)

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Cabelo tonhonhóin, lindo e consciente – como hidratar os cabelos de maneira natural

Geórgia Santos
5 de março de 2017

 

Eu já falei aqui que resolvi encarar o desafio de mudar meus hábitos de consumo e passei a utilizar cosméticos naturais no meu corpo. E comecei pelos cabelos. Saí do comodismo dos cosméticos tradicionais para ser mais consciente – cuidar mais de mim e da terrinha ao evitar petrolatos e sulfatos. Pra mim é especialmente difícil porque meus cabelos são crespos e descoloridos (coisa que não faço mais), duplamente mais difíceis de cuidar (domar) do que fios lisos.

Para fazer essa transição, o indicado é começar de trás pra frente. Ou seja, primeiro substituir as máscaras de hidratação, depois os modeladores, o condicionador e então substituir o xampu químico por um natural – e de preferencia sólido para evitar a embalagem.

De cara, descobri A MELHOR MÁSCARA HIDRATANTE PARA CABELOS CRESPOS do mundo. Adivinha: óleo de oliva.

“Isso mesmo, azeite é melhor do que qualquer produto que eu tenha usado. E acredite, eu já usei muitos, caros e baratos, nacionais e importados”

Na verdade, o de oliva foi o que melhor funcionou para o meu tipo de cabelo, mas a ideia é utilizar óleos vegetais para hidratação capilar no lugar de produtos caros e cheios de química. E, pasmem, funciona inclusive para quem tem cabelo oleoso.

A técnica se chama umectação e consiste, basicamente, em aquecer o óleo e passar nos cabelos. Abaixo, veja como recuperar os seus cabelos de maneira natural, sustentável e cheirosa, sem agredir o meio ambiente e o nosso corpo.

MÁSCARA HIDRATANTE PARA CABELOS

½ xícara de óleo vegetal de sua preferência (só!)

  • Aqueça o óleo em banho maria até que ele esteja morno;
  • Divida o cabelo em mechas e aplique o óleo nas pontas ressecadas. Se o seu cabelo for seco, pode aplicar em todo o comprimento, apenas evite a raiz;
  • Massageie levemente enquanto aplica o óleo, para que o produto penetre nos fios;
  • Cubra com uma touca ou uma toalha morna e deixe agir por uma hora – se tiver tempo, pode deixar até duas, mas tome cuidado para não deixar o cabelo pesado. Melhor não arriscar se o seu cabelo for oleoso;
  • Depois é só lavar e ser linda =)

Há vários tipos de óleo vegetal que podem ser usados para hidratar o cabelo. Abaixo, uma listinha com as propriedade de cada um 😉

ÓLEO DE OLIVA

Ideal para cabelos cacheados. É rico em antioxidantes como vitaminas A e E. Nutre e repara o couro cabeludo, ajuda no combate à caspa e promove o crescimento do cabelo. Também tem propriedades anti-inflamatórias e hidrófilas, que ajudam na formação de uma camada protetora, além de intensa nutrição. Reduz o ressecamento dos cabelos danificados e reduz as pontas duplas e o frizz;

ÓLEO DE COCO

Ideal para cabelos secos e danificados. Rico em vitaminas E e K, além de ácidos graxos. Consegue penetrar profundamente nos fios, combate o ressecamento, pontas duplas e reduz o frizz. Promove restauração capilar e é um bom aliado no combate à caspa e coceiras;

ÓLEO DE JOJOBA

Ideal para cabelos oleosos. Por ter uma composição parecida a do óleo produzido pela pele humana, desintoxica o couro cabeludo e reduz o excesso de sebo. A região fica limpa além de estimular a circulação sanguínea. Mas verifique se óleo é realmente puro antes de usar no couro cabeludo;

 

ÓLEO DE RÍCINO

Ideal para cabelos finos e com intensa queda. Poderoso aliado contra a queda e quebra dos fios. Rico em vitamina E e sais minerais, estimula o crescimento do cabelo ao ser aplicado no couro cabeludo, além de auxiliar no tratamento da calvície. Também previne pontas duplas;

 

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Cabelo comportado é o que não polui – Aprenda a desintoxicar as madeixas

Geórgia Santos
19 de fevereiro de 2017

No post anterior, eu falei sobre empresas de produtos de higiene e beleza que realizam testes em animais. Mas a opção consciente de cosméticos vai além do problema horroroso com os bichinhos. Descobri que cabelo comportado é o que não polui. As nossas escolhas exercem uma série de impactos sobre o meio ambiente, especialmente no que tange à produção de lixo e no despejo de químicos que poluem rios e lençóis freáticos. Isso sem falar no efeito (devastador) à nossa saúde. Há muitos aditivos relacionados a uma lista interminável de doenças, inclusive câncer.

“Custo pra quem e benefício pra quem? Ao escolher à revelia, é benefício pessoal e custo pro planetinha”

Escolher produtos de acordo com a consciência ambiental e que não fazem mal à saúde é uma transição SUPER difícil de fazer, eu reconheço. Normalmente se escolhe um produto de acordo com o efeito e preço, a boa e velha relação custo/benefício. E é aí que a porca torce o rabo. Custo pra quem e benefício pra quem? Ao escolher à revelia, é benefício pessoal e custo pro planetinha.

Eu decidi começar pelos meus esvoaçantes cabelos crespos. Uau, difícil, hein. Comecei pelo xampu (erradamente!) e fui parar direto no site da LUSH, que produz cosméticos com ingredientes naturais e auto conservantes. Comprei dois: o REHAB e o CURLY WURLY, o primeiro é uma espécie de antirresíduos e o outro é específico para o meu tipo de cabelo. Adorei. Eles limpam super bem e deixam o cabelo lindo. Já o condicionador sólido (comprei o Jungle) é horrível. Difícil de usar, espesso e não desembaraça ou hidrata.

Só que eles não são naturais. Tóin!

A LUSH afirma que 71% dos seus produtos são produzidos de maneira natural  e sem conservantes sintéticos. E eles realmente tem muitas alternativas legais. Mas os que eu escolhi não fazem parte desse grupo.

VEJA QUAIS SUBSTÂNCIAS EVITAR NA HORA DE LAVAR OS CABELOS

1. SULFATOS

 A limpeza bonitinha a que estamos acostumados é fruto de um coquetel de surfactants, substâncias que limpam produzem aquela espuma toda. Os mais comuns, são:

  • Sodium Lauryl Sulfate (Lauril Sulfato de Sódio)
  • Sodium Laureth Sulfate (Lauriléter Sulfato de Sódio)
  • Ammonium Lauryl Sulfate (Lauril Sulfato de Amônio)
  • Ammonium Laureth Sulfate (Lauriléter Sulfato de Amônio)

Pesquisas do EWG, que estuda o efeito de substâncias químicas tóxicas, indicam que esses aditivos são responsáveis pela intensa descamação no couro cabeludo e coceira. Eles suspeitam, ainda, que o Lauril Sulfato de Sódio seja um poluente ambiental. Mais do que isso, o JOURNAL OF THE AMERICAN COLLEGE OF TOXICOLOGY alerta para o fato de que essa substância pode desnaturar as proteínas da pele e ser absorvido. Já o Lauriléter Sulfato de Sódio e o Lauril Sulfato de Amônio podem ser contaminados por substâncias tóxicas e cancerígenas como o dioxano e óxido de etileno.

2. AS FRAGRÂNCIAS SINTÉTICAS

 A mais famosa é o tal do PARFUM, esse sim está por tudo. O problema é que essa palavrinha pequena pode esconder mais de 3 MIL SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS. Foi minha perdição por tantos anos, sem falar nos tantos produtos orgânicos que utilizam em suas fórmulas como um sintético seguro. O problema é que podem causar danos ao sistema respiratório e ocasionar alergias em pessoas sensíveis. Há ESTUDOS que ainda indicam que as fragrâncias são tóxicas para o sistema imunológico.

3. SILICONES E DERIVADOS DE PETRÓLEO

Essas substâncias costumam ser responsáveis pela hidratação e pelo brilho nos nossos cabelos:

  • Silicones (dimethicone, simethicone, cyclomethicone, dimethiconol)
  • Parafina (paraffin)
  • Óleo mineral (mineral oil/paraffinum liquidum)
  • Petrolato (petrolatum)

São produtos comuns de se encontrar em rótulos e eles não tratam o cabelo de verdade, só dão a ilusão de um aspecto mais bonito. E eles não são solúveis em água, ou seja, poluem o meio ambiente.

Mas não voltei à estaca zero, os produtos da LUSH são bons para transição. Afinal, não são 100% naturais mas são melhores do que os que a gente costuma utilizar em função das quantidades reduzidas de sintéticos. Resolvi ler mais sobre o assunto e descobri algumas coisas úteis que quero compartilhar com vocês.

No site do UM ANO SEM LIXO, que é um guia incrível pra quem quer mudar os hábitos, tem uma lista maravilhosa de MARCAS DE XAMPUS E SABONETES NATURAIS. Todos para comprar online =)

Mas não é um processo fácil. Usando os cosméticos convencionais, uma troca abrupta para os orgânicos pode ser um grande choque. E o resultado pode não ser bom. Há quem não se adapte ao cheiro, às texturas ou até não limpar como gostaríamos. Para a transição ser mais suave, é importante desintoxicar o cabelo.

COMO DESINTOXICAR O CABELO

  • Comece de trás pra frente. Ou seja, comece substituindo a máscara hidratante, passe para o leave-in, depois o condicionador e depois substitua o xampu;
  • Os produtos da LUSH que eu usei são ótimos para transição, além de feitos à mão, eles são produzidos com ingredientes e naturais e tem quantidades baixas de conservantes sintéticos, bastante inferiores aos produtos convencionais. E eu comprei líquido, mas o ideal é utilizar o sólido, porque além de evitar a embalagem a gente já se acostuma com a lógica de lavar o cabelo com algo que parece um sabonetinho. Só que é caro =/

Nos próximos posts eu vou passar por cada um dos passos, começando pela máscara hidratante, então fica de olho por aqui. É difícil, mas é possível. Um dia a gente chega lá. =)