Raquel Grabauska

Sem palavras

Raquel Grabauska
9 de junho de 2017

Isso foi a coisa mais emocionante que vi nos últimos tempos. Aproveitem!

 

Raquel Grabauska

Programa imperdível pro fim de semana

Raquel Grabauska
2 de junho de 2017

Nesse fim de semana tem dois espetáculos ímpares pra gurizada!

TEM GATO NA TUBA

 

Um cortejo carnavalesco abre o espetáculo em clima de festa. É um ambiente antigo de carnaval dos anos 50/60, com certa ingenuidade no ar. A música Tem Gato na Tuba faz as personagens lembrarem as canções e histórias do compositor João de Barro, o Braguinha. Esta trupe resolve, então, contar as histórias que antigamente fizeram sucesso na colorida coleção Disquinho. Interpretam, cantam e narram três histórias muito divertidas: História da Baratinha, A Festa no Céu e Chapeuzinho Vermelho. Cada história acentua uma linguagem para ganhar vida no palco, passando por teatro de máscaras, mímica, teatro de animação e manipulação de objetos. Tudo entrecortado por marchinhas carnavalescas e famosas canções de Braguinha.

PITOCANDO

Sensível, expressivo e lúdico. Combinação de sons, brincadeiras e cores que a criançada e toda a famílias tem aplaudido e repetido. Uma delícia! Indicado para bebês e crianças de 0 a 8 anos, Pitocando é acústico, com duração de 45 minutos. Resgate de canções, lendas e ditos! Resultado, 16 músicas pinçadas deste rico repertório folclórico, 9 composições que costuram esse passeio musical, 3 lindas vozes e 40 instrumentos de origens das mais variadas (indiana, indígena, africana, portuguesa) dividindo espaço com materiais musicais alternativos (vidrofone, megafone e apito de PET, celofanes, jornal). No palco, as cantoras/instrumentistas dão significado para as canções, com muito afeto. Flautas costuram “Bambalalão” à textura instrumental da tambura com o vidrofone. Caxixis embalam o metalofone em “Saci”. A platéia é convidada a participar com a trupe, tocando clavas coloridas, caxixis, cantando, brincando de adivinhas e se remexendo.

Eu, se fosse vocês, ia nos dois!

 *As informações foram fornecidas pela produção dos espetáculos.
** A arte da máscaras foi feita pelo Benjamin. Segundo ele: “nossa coluna é ilustrada com desenhos, hoje fizemos um exceção e usamos massinha de modelar”.
Glow

Música brasileira para alinhar a vibe

Fernanda Ferrão
9 de fevereiro de 2017

 

A imagem não bate com o que tu esperas do som? AINDA BEM. Hoje o espaço é dedicado a esses três musos da nova música brasileira – Jaloo, Liniker e Johnny Hooker. Estilos bem particulares mas que têm em comum essa “imagem que faz questionar”. Se depois de olhar, ouvir, tu seguires com alguma estranheza, recomendamos uma booooa reflexão. Se não, é só dar o play.

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A nova música brasileira tem um lineup de chorar de tão bom e, graças a Dios, tem levantado questionamentos e bandeiras sobre sexualidade, gênero, racismo e todo preconceito

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Jaloo tem um ímã. Para mim, ele tem um canto de sereia, uma coisa que hipnotiza. Jaime Melo tem 28 anos, veio do Pará, faz as vezes de modelo, é tímido e contou em entrevista ao HuffPost que acabou aprendendo a cantar para acompanhar as batidas que já fazia. Nos dois shows que fui, encontrei um Jaloo calmo, com looks e apresentações marcantes e acompanhado por duas bailarinas. Os clipes do artista e os remixes que circulam por aí (como do BossInDrama) merecem o seu tempo. Uma amiga diz que “o som dele não é fácil de consumir”. E talvez não seja mesmo, mas eu prefiro classificar como “música para dançar e sentir de olhos fechados”.

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Buena onda e lacração! Para mim, isso define o fenômeno Liniker. No dia 15 de outubro de 2015, o canal Liniker fazia o upload do EP ‘Cru’. Três músicas em três vídeos gravados em casa, em uma sala de estar, para passar exatamente a vibe dos músicos. Liniker comanda sua trupe de companheiros, Os Caramelows, com turbante, saia longa, argolas, colares, brincos, delineador, batom e bigode. Sim, bigode e uma voz grave que canta “deixa eu bagunçar você” com uma potência incrível! Hoje, o vídeo tem milhões de views e o cantor contou em mais de uma entrevista que foi surpreendido pela aceitação e sucesso. O show? Você não para um minuto mesmo que não conheça todo o repertório; ‘Zero’ é cantada a plenos pulmões por todos e ainda tem o momento ‘culto’ quando Liniker e as cantoras que o acompanham fazem um verdadeiro louvor ao lacre, ao poder, ao glitter. Dá uma esperança saber que Liniker faz tanto sucesso e, por onde vai, diz que é “bicha e preta”. O cantor lançou um projeto no Catarse para financiar o disco Remonta e você pode ajudar aqui.

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“Esse é pra sangrar!”, me disse uma amiga quando perguntei qual o clima do show do pernambucano Johnny Hooker. E é a melhor definição. Nem sei se podemos chamar apenas de cantor um cara de 28 anos que é também compositor, roteirista, ator e faz performances inesquecíveis. Johnny tem um timbre rasgado, com sotaque, que marca e canta coisas como “eu vou chamar Iansã, Ogum e Oxalá, vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito”. O clipes também são sempre uma obra à parte e contam histórias de amores latinos, sofridos, barrocos, dramáticos. Que tal começar a assistir os seis minutos de “Amor Marginal”?

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Além de produzirem arte de qualidade com sons, batidas, shows, vídeos, poesias, Hooker, Liniker, Jaloo e outros como As Bahias e a Cozinha Mineira, Filipe Catto, Rico Dalassam estão redefinindo padrões (quebrando com os que existem), rompendo barreiras preconceituosas, fazendo todo mundo se questionar e evoluir através da arte.