Ninho vazio. Não quero nem pensar nisso. Tá, ainda não é hora de pensar, meus filhos têm três e seis anos – mas bem pertinho de quatro e sete. Só um ano a mais, mas parece tanto! Às vezes em conversas hipotéticas sobre o futuro, conversamos sobre onde eles vão morar. O menor continua brincando e nem dá bola. O maior diz com veemência que nunca vai sair de casa, que não quer ficar longe.
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Eu sei que ele vai pro mundo. Mas ainda é bom pensar que não
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A dinda do menor fez aniversário mês passado. Somos muito amigos da família, então fizemos um almoço de comemoração na casa da mãe dela, que foi minha professora, virou orientadora, mãe, conselheira. O mais velho ficou realmente chateado, sem entender o porquê de ela não morar mais na mesma casa que os pais, já que eles são tão legais.
Íamos assim. Até que… semana passada estávamos no carro. A família toda. Esse foi um semestre puxado, de muito trabalho e muita correria, por isso eu comemorei o fato de estarmos juntos sem ter compromisso. Íamos só sair pra brincar. E o maior disse: eu amo fim de semana. Vou sempre ficar com vocês no fim de semana. Passou um tempo (três segundos) e ele:
“Na verdade, não vou conseguir passar todos. Porque vou ser inventor da Lego na Alemanha. Daí eu tenho que pegar um avião, ir lá, trabalhar um dia e falar com meu chefe ou minha chefe (coisa linda) pra ver se posso voltar e passar o fim de semana com vocês. Daí passo o fim de semana com vocês se eles deixarem.”
Tomara que teus chefes deixem, meu filho… tomara!
