Voos Literários

Batalha Literária . Suécia x Suíça

Flávia Cunha
3 de julho de 2018

Inspirada pelas oitavas de final da Copa do Mundo, proponho uma espécie de super trunfo de livros dos países classificados. Essa fase da competição está chegando ao fim, mas a gente segue por aqui. Para a escolha das obras, criei o seguinte critério: escritores contemporâneos e ainda em atividade. Na primeira batalha de hoje, temos o que o público do futebol gosta de chamar de clássico do IDH.

Representante da Suécia . Camilla  Läckberg, 43 anos

Minibiografia . Licenciada em Economia, atuou na área até resolver fazer um curso de escrita criativa e lançar romances policiais. Foi muito bem-sucedida em sua mudança de carreira e foi considerada a escritora sueca do ano em 2004 e 2005. Seus livros foram traduzidos para 35 idiomas e vendidos em 50 países.

Livro .  A Princesa de Gelo, de 2003, lançado no Brasil em 2010

Motivo da escolha . Romances policiais fazem um sucesso enorme nos países nórdicos europeus, mesmo com índices de criminalidade baixíssimos. Para quem gosta do gênero, a obra vale a pena. O enredo mostra a escritora Erica Falck que retorna à sua cidade natal e acaba envolvendo-se na investigação da morte de uma amiga de infância, um suposto suicídio.

Bônus . A escritora é conhecida como a Rainha Europeia do Crime, sendo considerada a nova Agatha Christie. O livro A Princesa de Gelo foi adaptado para a televisão sueca. A obra integra uma série de diversos em que a escritora é a protagonista.

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Representante da Suíça . Joël Dicker, 33 anos

Minibiografia . Formado em Direito pela Universidade de Genebra, o escritor lançou seu primeiro livro aos 25 anos. Logo alcançou a fama mundial, chegando a ultrapassar nomes como Dan Brown na lista dos mais vendidos. O autor escreve em francês e, por isso, já recebeu alguns prêmios representativos da área nesse país europeu.

Livro . A verdade sobre o caso Harry Quebert, de 2012

Motivo da escolha . O livro é um fenômeno editorial e seu enredo chegou a ser comparado a obras de Truman Capote. O livro é um romance policial e uma história de amor, também misturando ao texto relatórios policiais e trechos de entrevistas. A obra é considerada uma grande crítica aos Estados Unidos.

Bônus . O autor esteve na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 2014. Aqui no Brasil, A verdade sobre o caso Harry Quebert recebeu algumas críticas negativas, como uma publicada na revista Veja. Toda a unanimidade é burra, como diria Nelson Rodrigues. Então, o mais adequado é ler as mais de 500 páginas desse romance e, depois disso, termos nosso próprio veredito.