Inspirada pelas oitavas de final da Copa do Mundo, proponho uma espécie de super trunfo de livros dos países classificados. Essa fase da competição está chegando ao fim, mas a gente segue por aqui. Para a escolha das obras, criei o seguinte critério: escritores contemporâneos e ainda em atividade. Na primeira batalha de hoje, temos o que o público do futebol gosta de chamar de clássico do IDH.
Representante da Suécia . Camilla Läckberg, 43 anos
Minibiografia . Licenciada em Economia, atuou na área até resolver fazer um curso de escrita criativa e lançar romances policiais. Foi muito bem-sucedida em sua mudança de carreira e foi considerada a escritora sueca do ano em 2004 e 2005. Seus livros foram traduzidos para 35 idiomas e vendidos em 50 países.
Livro . A Princesa de Gelo, de 2003, lançado no Brasil em 2010
Motivo da escolha . Romances policiais fazem um sucesso enorme nos países nórdicos europeus, mesmo com índices de criminalidade baixíssimos. Para quem gosta do gênero, a obra vale a pena. O enredo mostra a escritora Erica Falck que retorna à sua cidade natal e acaba envolvendo-se na investigação da morte de uma amiga de infância, um suposto suicídio.
Bônus . A escritora é conhecida como a Rainha Europeia do Crime, sendo considerada a nova Agatha Christie. O livro A Princesa de Gelo foi adaptado para a televisão sueca. A obra integra uma série de diversos em que a escritora é a protagonista.
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Representante da Suíça . Joël Dicker, 33 anos
Minibiografia . Formado em Direito pela Universidade de Genebra, o escritor lançou seu primeiro livro aos 25 anos. Logo alcançou a fama mundial, chegando a ultrapassar nomes como Dan Brown na lista dos mais vendidos. O autor escreve em francês e, por isso, já recebeu alguns prêmios representativos da área nesse país europeu.
Livro . A verdade sobre o caso Harry Quebert, de 2012
Motivo da escolha . O livro é um fenômeno editorial e seu enredo chegou a ser comparado a obras de Truman Capote. O livro é um romance policial e uma história de amor, também misturando ao texto relatórios policiais e trechos de entrevistas. A obra é considerada uma grande crítica aos Estados Unidos.
Bônus . O autor esteve na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 2014. Aqui no Brasil, A verdade sobre o caso Harry Quebert recebeu algumas críticas negativas, como uma publicada na revista Veja. Toda a unanimidade é burra, como diria Nelson Rodrigues. Então, o mais adequado é ler as mais de 500 páginas desse romance e, depois disso, termos nosso próprio veredito.

