Glow

Renomeando minhas “falhas”

Geórgia Santos
6 de setembro de 2018

Li um artigo maravilhoso no Man Repeller que me inspirou a fazer um experimento: renomear aquilo a que chamo de falhas. O título é bastante explicativo: Maybe the Secret to Embracing Your Flaws Is Renaming ThemTalvez o Segredo para Aceitar suas Falhas seja Renomeá-las (tradução livre). Gostei da ideia. E vou começar pelo começo.

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A partir de agora, quando se trata das características do meu corpo, não tenho falhas. Tenho COISINHAS

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Tirar a carga do nome pejorativo é um passo enorme no caminho da aceitação. Há pouco tempo, falei aqui sobre minhas inseguranças e a decisão de aceitar meu corpo e amar meu corpo. E parar de chamar os traços do meu corpo de “falhas” é um passo enorme. Então, vou renomear todas as minhas “coisinhas.”

Adorei algumas das sugestões do texto. Aquele bigodinho chato virou “angel hair“, pêlo ou cabelo de anjo. Gente, pêlo todo mudo tem, algumas mais, outras menos, mas todo mundo tem. Bora largar os pelinhos de mão. Outra ideia boa é o novo nome para as olheiras que agora se chamam “nature´s contouring“, ou contorno de natureza. As rugas são celebrações.

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O meu favorito, no entanto, é o nome novo para os cabelos com frizz:

CABELOS EM FESTA

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Muito mais adequado, não é mesmo. Mas, apesar de gostar dos nomes sugeridos por Amelia Diamond, acho que parte do processo de cura é que cada uma renomeie suas coisinhas. Nossa cara tem que estar nessa atitude. Então arrisquei e agora as coisas estão mais leves por aqui.

Esse foi um começo, um ensaio. Mas há mais inseguranças e muitos outros nomes para inventar. Me ajuda?

Glow

“Hoje eu uso roupas que eu jamais pensei em usar”

Fernanda Ferrão
31 de agosto de 2018

Ontem foi um dia muito massa. Todas lembramos das gurias do Rouge, todas lembramos do sucesso de Asereje. Mas ontem à noite, Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade lançaram o clipe do single Dona da Minha Vida. A música é um berro, um hino do empoderamento feminino que lembra que nós somos donas das nossas vidas e escolhas.

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E eu estou nesse clipe

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É muito louco participar de uma coisa que tem uma repercussão dessas. É muito louco e muito bom, porque nesse processo eu também conheci várias mulheres muito legais. Aliás, nos momentos em que eu participo de alguma coisa assim, mesmo em rodas de conversa ou encontros, a quantidade de mulher foda com história diferente que a gente encontra, é muito legal. Não é surpreendente, mas é muito legal.

É legal porque a gente compartilha experiências. A nossa relação com o corpo está sendo construída todos dias e eu enxergo as mudanças. Eu vejo o quanto aceitar as coisas que sempre foram apontadas pelos outros, e muitas vezes por mim, como defeitos, fez com que  um brilho aparecesse. Mas é um processo.  Eu preciso brigar constantemente com uma pessoinha aqui dentro de mim, que fica dizendo:  “Pára, tá se achando, não é assim.”

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Eu tento não dar ouvidos porque eu me inspirei em outras minas que estavam aparecendo com esse brilho. Foi por ver essas minas assim que eu comecei a me libertar de várias coisas

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Se isso servir pra uma mina botar um top e uma hot pant, ou uma roupa mais curta do que a sociedade diz que ela pode usar, já é muito maravilhoso. Hoje eu uso roupas que eu jamais pensei em usar, eu me porto de uma maneira que  jamais imaginei que poderia e eu ainda acho que tem um absurdo de coisas pra (des)construir.