Trinta e oito – 38, o número escolhido por Jair Bolsonaro para representar o novo partido da família, o Aliança Pelo Brasil. Mas não o novo partido da família brasileira, e sim o novo partido da família Bolsonaro. Jair será o presidente, o filho mais velho, o Senador Flávio Bolsonaro, será o primeiro vice-presidente, e o filho mais novo, Jair Renan Bolsonaro, será vogal. Não, não é uma letra, é um membro com direito a voto.
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O partido tem sido identificado, pela maioria dos analistas e cientistas políticos, como de extrema-direita e ultranacionalista
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Mas para Bolsonaro é apenas um movimento tradicional e conservador. Para tentar compreender onde o Aliança Pelo Brasil se encaixa na política brasileira, conversamos com o cientista político Rafael Machado Madeira, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS.
No estatuto do Aliança pelo Brasil, espera-se que os filiados sejam contra a descriminalização das drogas e do aborto e combatam ao comunismo, nazifascismo e ao globalismo. Também é esperado que defendam a família, a natureza das crianças, a meritocracia e o porte e posse de armas. Ah, e a democracia, mas aí é só um detalhe, não? De todo modo, o partido ainda não existe oficialmente, embora já tenha milhares de seguidores nas redes sociais.
Participam os jornalistas Geórgia Santos, Igor Natusch e Tércio Saccol. Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.
